
A mineradora Vale interrompeu, temporariamente, as opera��es na Mina de Alegria, em Mariana, na Regi�o Central do estado. Segundo a empresa, an�lises preliminares sobre a estabilidade da estrutura alcan�aram resultados inconclusivos, o que n�o permite garantir a sua seguran�a. Contudo, ainda conforme a gigante do setor, as condi��es s�o est�veis. A informa��o foi veiculada por meio de comunicado publicado no pr�prio site da companhia.
De acordo com a Vale, os estudos ser�o aprofundados para se chegar a uma conclus�o. Caso haja garantia da seguran�a, os trabalhos no local ser�o retomados. Segundo a empresa, o impacto da suspens�o na produ��o � de, aproximadamente, 10 milh�es de toneladas ao ano.
Esta n�o � a primeira vez que a Mina de Alegria aparece no notici�rio. Em dezembro de 2015, pouco mais de um m�s depois do rompimento da Barragem de Fund�o, tamb�m em Mariana, o Estado de Minas noticiou que a Vale despejava rejeitos desta mina na estrutura administrada pela Samarco. A transfer�ncia, contudo, n�o era permitida pela licen�a expedida pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent�vel (Semad).
Segundo o Minist�rio P�blico Federal (MPF), em 2014, 28% dos efluentes l�quidos lan�ados em Fund�o foram fruto da atividade da Vale na Mina da Alegria. O relat�rio mostra que nos �ltimos tr�s anos completos antes da cat�strofe, entre 2012 e 2014, o percentual de rejeitos l�quidos da Vale passou de 11,8% em 2012 para 28% em 2014 em Fund�o. J� com rela��o aos rejeitos s�lidos, em 2012 o percentual da Vale ficou em 24%. No ano seguinte, caiu para 21%, e em 2014 chegou a 36%.
Na �poca, a Vale informou que o �ndice era de apenas 5%, cerca de 700 mil metros c�bicos. A empresa tamb�m ressaltou que detinha licen�a ambiental para fazer o transporte dos rejeitos. O desastre de Mariana deixou 19 pessoas mortas e um dano ambiental imensur�vel em Minas Gerais e Esp�rito Santo.