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Estado de Minas

Outro tatuador da Savassi, em BH, est� na mira da pol�cia

Duas mulheres fizeram den�ncias contra um profissional que tamb�m trabalha na Savassi. Ele foi intimado.


postado em 01/04/2019 17:10 / atualizado em 01/04/2019 17:46

(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press )
(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press )

Um outro tatuador de Belo Horizonte tamb�m est� na mira da Pol�cia Civil. Al�m das investiga��es que resultaram na pris�o de Leandro Caldeira, de 44 anos, um segundo inqu�rito foi aberto na semana passada para apurar den�ncias contra um profissional que tamb�m atua na Savassi, na Regi�o Centro-Sul de BH.

Embora ainda em fase inicial, o homem, que n�o teve a identidade revelada, j� foi intimado e deve prestar depoimento nos pr�ximos dias na Divis�o Especializada em Atendimento a Mulher, ao Idoso e a Pessoa com Defici�ncia e V�timas de Intoler�ncia (Demid). Duas mulheres que denunciaram o tatuador j� foram ouvidas. As v�timas relatam o mesmo: que tiveram de tirar pe�as �ntimas para fazer tatuagens.

Leandro Caldeira foi preso no domingo, em Lagoa Santa(foto: Reprodução/Instagram)
Leandro Caldeira foi preso no domingo, em Lagoa Santa (foto: Reprodu��o/Instagram)

Os casos s�o parecidos com aqueles que levaram � deten��o de Leandro, neste domingo. Ele foi preso num condom�nio em Lagoa Santa, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte e encaminhado ao pres�dio da cidade. A expectativa � de que seja transferido para outra unidade, para ter a integridade f�sica preservada, de acordo com a delegada respons�vel pelo caso, Larissa Mascotte.

Na semana passada, 15 mulheres foram ouvidas. Dessas, duas eram menores de idade na �poca dos acontecimentos. Tr�s outras v�timas marcaram para prestar depoimento nos pr�ximos dias. Segundo Larissa, outras mulheres procuraram a delegacia e tamb�m devem ser ouvidas em breve. Ao todo, h� 40 den�ncias contra o tatuador. O registro mais antigo � de 2008, mas a maioria dos casos ocorreu a partir de 2013.

O suspeito foi indiciado por viola��o sexual mediante fraude (estelionato sexual), previsto no artigo 215 do C�digo Penal. “O crime ocorre quando h� conjun��o carnal ou outro ato libidinoso mediante fraude ou outro meio que dificulte a manifesta��o da v�tima. Isso significa que o acusado usou de manobras para fazer as v�timas acreditarem que atos, posi��o ou toque �ntimo eram necess�rios para a tatuagem. Ou seja, as v�timas foram enganadas, n�o tinham conhecimento do que estava ocorrendo”, explicou Larissa Mascotte.

A primeira den�ncia contra o tatuador remete a janeiro do ano passado. De acordo com a delegada, o caso n�o avan�ou, pois, na �poca, pela legisla��o, o delito era condicionado � representa��o da v�tima. “A pessoa s� registrou o boletim de ocorr�ncia. Foi orientada a comparecer � delegacia para fazer a representa��o criminal, mas n�o voltou. Ano passado, a lei mudou e, hoje, a representa��o n�o � mais necess�ria. Basta um boletim para a pol�cia dar in�cio � investiga��o, mesmo que a v�tima n�o queira”, afirmou a delegada.

As hist�rias vieram � tona depois que a ativista e professora de literatura Duda Salabert, que tamb�m foi candidata ao Senado nas �ltimas elei��es, usou o Instagram para falar sobre sua prefer�ncia em tatuar com profissionais mulheres. Depois da publica��o, recebeu diversas mensagens de mulheres relatando casos de abusos, muitos deles relativos ao mesmo tatuador. Os abusos relatados pelas v�timas teria acontecido de v�rias formas.

A delegada informou que as den�ncias n�o foram feitas antes, pois as mulheres acreditavam n�o ter como provar, caso fossem � pol�cia, tendo, assim, a palavra desacreditada. Al�m disso, muitas n�o tinham conhecimento do ass�dio e achavam que os procedimentos para fazer as tatuagens. “As provas s�o subjetivas e consistem em depoimento de v�timas e testemunhas. As provas s�o suficientes (para o indiciamento), porque esses delitos sexuais ocorrem longe de testemunhas e sem vest�gios.”


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