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Estado de Minas

Pol�cia Federal prende oito em opera��o contra garimpo no Rio Jequitinhonha

Investiga��es mostraram que cerca de 900 garimpeiros atuavam ilegalmente em cinco trechos do rio


postado em 02/04/2019 12:05 / atualizado em 03/04/2019 08:15

Rio Jequitinhonha(foto: Reprodução da internet/Wikipedia)
Rio Jequitinhonha (foto: Reprodu��o da internet/Wikipedia)


A Pol�cia Federal, com o apoio da Pol�cia Militar e da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent�vel (Semad) realizou nesta ter�a-feira uma megaopera��o contra o garimpo ilegal no curso do Rio Jequitinhonha, entre Diamantina e Couto de Magalh�es de Minas, no Vale do Jequitinhonha. Oito pessoas foram presas – e duas estavam foragidas. Al�m disso, com o uso de explosivos, a PF destruiu dragas e tratores para impedir o retorno da atividade ilegal. De acordo com a corpora��o, a Opera��o Salve o Jequitinhonha envolveu cerca de 300 policiais, com a participa��o de cerca de 240 PMs e 12 servidores da Semad. Ainda conforme a PF, seis garimpos investigados na regi�o movimentavam entre R$ 15 milh�es e R$ 20 milh�es por m�s em diamantes ilegais que seriam contrabandeados para o exterior.

As investiga��es foram iniciadas em 2016. A PF apurou que cerca de 900 garimpeiros atuavam ilegalmente em cinco trechos do rio, existindo, por vezes, mais de uma cava de explora��o nos pontos de garimpo. “A explora��o era feita em larga escala, com o emprego de grande n�mero de p�s carregadeiras, tratores e caminh�es, resultando em vasta degrada��o ambiental da regi�o”, informou.

Enquanto a corpora��o divulgou que a opera��o foi realizada com o objetivo de reprimir e colocar fim � explora��o ilegal de diamantes e ouro ao longo do Rio Jequitinhonha, o prefeito de Diamantina, Juscelino Roque (MDB) reagiu duramente contra a a��o, que ele classificou de “uma irresponsabilidade das autoridades estaduais” e disse que o fim do garimpo vai provocar um “caos social” na regi�o.

“Como podem querer acabar com o garimpo, que existe h� 300 anos em Diamantina e munic�pios vizinhos? Foi criada uma cooperativa dos garimpeiros que se preocupa com a preserva��o do meio ambiente. Considero essa opera��o como uma a��o irrespons�vel das autoridades estaduais. Ela vai trazer muitos preju�zos, acabando com as oportunidades de emprego e renda em regi�o, que � carente e sofre com a falta de investimentos do estado”, afirmou Roque. Ele disse que a interrup��o do garimpo na regi�o de Diamantina acaba diretamente com 3 mil postos de trabalho, atingindo indiretamente 10 mil pessoas.

Procurada pela reportagem, a Pol�cia Federal argumentou que n�o iria se manifestar “quanto as declara��es” do prefeito de Diamantina. A PF informou que a Opera��o Salve o Jequitinhonha foi solicitada pela corpora��o e autorizada pela 11ª Vara Criminal da Justi�a Federal. Informou ainda que Semad “atua na esfera administrativa, com poss�vel lavratura de autos de infra��o, dentre outras penalidades”. 

DEN�NCIAS 
O chefe da Divis�o de Repress�o a Crimes contra o Meio Ambiente e Patrim�nio Hist�rico da PF, Luiz Augusto Pessoa Nogueira, disse que chegam den�ncias mensais contra o garimpo ilegal no leito do rio. “No in�cio, era um garimpo pequeno, quase artesanal, mas foram identificados outros pontos, com equipamentos pesados. Ao longo de 2018, isso aumentou de forma absurda porque um garimpeiro encontrou uma gema de R$ 5 milh�es a R$ 10 milh�es, o que aumentou muito a explora��o e a degrada��o no local”, afirmou Luiz Augusto. O Rio Jequitinhonha vem apresentando uma das degrada��es mais acentuadas nos �ltimos anos, segundo o Instituto Mineiro de Gest�o das �guas (Igam).

O secret�rio da Semad Germano Vieira, que acompanhou a opera��o em Areinha, disse que, apesar de centen�ria, a atividade do garimpo se intensificou nos �ltimos anos com o encerramento das atividades da Minera��o Rio Novo. Desde ent�o, informou Vieira, mesmo com as fiscaliza��es e penalidades administrativas, como multas e suspens�es, a extra��o mineral continuou sendo realizada, sem qualquer regularidade ambiental.

Ele explicou que a partir de agora, ap�s a identifica��o dos alvos, ser� exigida, judicialmente, a repara��o integral dos danos ambientais, “bem como a orienta��o para atividades regulares e atua��o na esfera de apoio social por meio dos �rg�os competentes”.


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