
O uso do sistema "siga e pare" – com uma parte da via liberada e a outra fechada – teve in�cio em decorr�ncia da amea�a de rompimento de outra barragem da Vale, a de Vargem Grande, em Nova Lima, tamb�m em Regi�o Metropolitana de BH. Al�m de obrigar a restri��o de tr�fego na rodovia, foi exigida a sa�da de 100 pessoas de suas casas, na �rea chamada zona de autossalvamento em caso de rompimento.
Os moradores de Itabirito est�o muito aflitos e ansiosos. "O ponto mais cr�tico � o sistema de 'siga e pare'. Isso est� nos causando o transtorno gigantesco dentro do munic�pio. Temos problemas com o transporte e com a mercadoria para chegar no munic�pio. Tamb�m temos cerca de 1 mil estudantes que saem da cidade e que perdem a hor�rio da aula, perdem o hor�rio de prova. A Vale n�o faz nada. O nosso munic�pio est� desolado", disse o vereador Rene Americo da Silva (PSDB).

Os oficiais da Defesa Civil declararam ao Estado de Minas em fevereiro deste ano que para definir a libera��o no sistema siga e pare, foram feitas algumas simula��es levando em conta um poss�vel rompimento da Barragem de Vargem Grande, da Vale, em Nova Lima. Se isso acontecer, a lama levaria quatro minutos para alcan�ar a rodovia. Os dois militares explicaram que apesar do tempo curto, h� condi��es suficientes para bloquear o tr�fego imediatamente dentro do sistema que est� funcionando na BR-356.
Em Itabirito, o p�blico estimado pela Defesa Civil era de 4.363 pessoas, com cinco reuni�es de prepara��o. Segundo a corpora��o, Itabirito seria atingida, no pior cen�rio, em 1h36m ap�s o rompimento da barragem Forquilha. O simulado de ontem foi completado em 40 minutos. J� a �ltima pessoa a chegar no ponto de encontrou demorou 1h16m. Os valores s�o bem abaixo do tempo para a lama atingir a primeira casa de Itabirito.
Mesmo ap�s o treinamento, os moradores se queixam da sensa��o de inseguran�a. "N�o tem como explicar. Estamos todos assustados, muito angustiados. N�o conseguimos mais dormir com tranquilidade", disse Elias Costa.