O temor de moradores que vivem pr�ximo ao Aeroporto Carlos Prates, no Bairro Padre Eust�quio, Regi�o Noroeste de Belo Horizonte, deve continuar. O Prefeito Alexandre Kalil (PHS) afirmou, nesta segunda-feira, que n�o v� motivos para fechar o terminal, que abriga o Aeroclube do Estado de Minas Gerais dedicado � forma��o de pilotos, avia��o desportiva, manuten��o, instru��o, constru��o de aeronaves, ultraleves, avia��o geral de pequeno porte, e helic�pteros. No �ltimo s�bado, um avi�o que decolou do local caiu no Bairro Cai�ara e uma pessoa morreu. A aeronave parou a poucos metros de casas.
Em entrevista, concedida nesta tarde, o prefeito afirmou que n�o h� nenhum projeto para o aeroporto e que n�o pretende fech�-lo. “O prefeito � culpado de muita coisa, mas de avi�o cair. Vamos rezar para avi�o n�o cair, mas todo lugar que tem avi�o tem o risco de cair. Foi um acidente a�reo e n�s n�o temos nenhum projeto. O que tinha era para construir pr�dio, para ajudar a construtora l�, eu enterrei. Vamos culpar o prefeito do que ele tem culpa. De avi�o cair, ainda n�o”, disse.
“Voc� j� imaginou Congonhas. Santos Dumont? Ent�o gente, n�o vamos inventar a roda em Belo Horizonte. Se em Congonhas pode, se no Aterro do Flamengo pode, vamos parar com essa ideia de que n�o pode nada. N�s estamos custando a colocar essa cidade do pode, do Carnaval at� aeroporto. Se essa fosse a l�gica n�s n�o ter�amos aeroporto em grandes centros urbanos no mundo inteiro”, completou.
Como o Estado de Minas mostrou na edi��o deste domingo, a queda do avi�o no Bairro Cai�ara aumentou o temor dos moradores vizinhos ao aeroporto. O tr�fego constante de avi�es que decolam e pousam no terminal vizinho, muitas vezes com pilotos sem experi�ncia, sempre tirou o sono de quem vive nas imedia��es. No sentido literal da express�o, devido ao barulho dos aparelhos, que come�am a sobrevoar casas e pontos de com�rcio desde o in�cio da manh�, e tamb�m no figurado, pelo vaiv�m de aeronaves em meio a uma zona urbana densamente ocupada.
Irregularidade
O avi�o Socata ST-10 Diplomate, caiu na Rua Minerva, no Bairro Cai�ara, na tarde de s�bado. A aeronave tinha capacidade para quatro ocupantes. No entanto, s� havia o instrutor de voo, identificado como Franscisco Fabiano Gontijo, no momento do acidente. O avi�o bateu em um poste e arrastou parte da fia��o da Rua Minerva. Segundo uma testemunha, o aparelho desviou de um pr�dio antes de cair, em frente �s casas e diante de um lote vago, que poderia ser o alvo do piloto.
O avi�o estava com a Inspe��o Anual de Manuten��o (IAM) vencida desde janeiro. Expedida pela Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (Anac), a IAM � obrigat�ria para todo equipamento a�reo operar e deve ser renovada a cada 12 meses. Na pr�tica, funciona como os documentos de carros e motos que boa parte da popula��o atualiza todos os anos.