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Estado de Minas

Com�rcio � alvo de seis roubos por dia na Regi�o Metropolitana de BH

Com 538 ocorr�ncias no 1� trimestre, modalidade tira o sono de empres�rios, que podem ter mais tranquilidade ap�s pris�o de quadrilha especializada em assaltos na Grande BH


16/04/2019 06:00 - atualizado 16/04/2019 07:22

Líder do grupo, Antônio Carlos comandava ações de dentro da cadeia e já acumula 24 anos da vida preso(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A PRESS)
L�der do grupo, Ant�nio Carlos comandava a��es de dentro da cadeia e j� acumula 24 anos da vida preso (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A PRESS)
Todos os dias seis estabelecimentos comerciais s�o alvo, em m�dia, da a��o de ladr�es que agem com viol�ncia na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). De janeiro a mar�o deste ano, foram 538 crimes registrados contra diferentes tipos de com�rcios na Grande BH. Apesar de o n�mero estar em queda quando comparado com o primeiro trimestre do ano passado (veja quadro), a quantidade de ocorr�ncias ainda desafia as autoridades da seguran�a p�blica principalmente pelo n�vel de viol�ncia empregado nos crimes de roubo.

A expectativa da Pol�cia Civil � que donos de lojas da regi�o metropolitana tenham um pouco mais de tranquilidade a partir de uma opera��o desencadeada ontem pelo Departamento Estadual de Opera��es Especiais (Deoesp), que tirou de circula��o uma quadrilha formada por pelo menos 10 bandidos, que assaltava shoppings e drogarias da Grande BH. O grupo chegou a planejar, segundo a pol�cia, um assalto a uma joalheria do P�tio Savassi, em plena Zona Sul de BH, que tomaria R$ 3 milh�es em produtos, mas n�o chegou a ser concretizado. Tudo era comandado por um homem de 42 anos, que passou 24 preso. Atualmente, ele articulava as a��es usando um celular de dentro da Penitenci�ria Nelson Hungria, em Contagem.

“A Pol�cia Civil acredita que conseguiu desmantelar uma grande organiza��o criminosa respons�vel por articular e executar v�rios crimes contra o patrim�nio na capital e regi�o metropolitana. Uma pr�xima fase consistir�, como diversos outros inqu�ritos, na apura��o do envolvimento de agentes p�blicos na entrada desses aparelhos celulares na Penitenci�ria Nelson Hungria”, afirma o delegado Marcus Vin�cius Lobo Leite Vieira, que chefiou as investiga��es. Dos 10 alvos da quadrilha, um membro segue foragido, sete foram presos e dois j� estavam no sistema prisional, incluindo o principal l�der do grupo, Ant�nio Carlos de Ara�jo Fonseca, conhecido pelos apelidos de Gord�o ou Paiz�o. “J� s�o v�rios crimes praticados por organiza��es criminosas, que s�o cometidos por detentos da Penitenci�ria Nelson Hungria”, acrescenta o delegado. A ficha policial de Ant�nio tem mais de 50 p�ginas e ele j� passou 24 dos seus 42 anos na pris�o, sendo que na �ltima ocasi�o que foi preso j� est� acautelado h� 13 anos.

(foto: Arte/EM)
(foto: Arte/EM)


Segundo Vieira, durante o curso das investiga��es a Pol�cia Civil prendeu dois membros quando os investigadores descobriram que o grupo pretendia efetuar um roubo de 3 milh�es na joalheria Manoel Bernardes, do P�tio Savassi, Centro-Sul da capital mineira. O crime ocorreria em 6 de outubro do ano passado. Antes disso, a quadrilha cometeu um assalto ao quiosque da loja Central dos Eventos, no shopping Monte Carmo, em Betim, na Grande BH, em 21 de julho. Foi a� que as investiga��es contra o grupo come�aram.

C�meras de seguran�a do centro de compras flagraram a a��o dos bandidos no quiosque da Central dos Eventos, que fica no Monte Carmo Shopping, em Betim. Um vigilante � rendido por um assaltante, seguido de outro bandido que se aproxima de um segundo homem. Frequentadores do shopping percebem o assalto e ficam assustados. Momentos depois, a dupla sai correndo e � flagrada novamente por c�meras quando deixa o shopping pelo estacionamento, onde um motorista aguardava o grupo. Uma mulher dava cobertura dentro do centro de compras, observando a movimenta��o para alertar os comparsas se fosse necess�rio.

Veja imagens do crime no shopping em Betim



No curso do inqu�rito, outro roubo foi atribu�do ao grupo, dessa vez a uma unidade da Droga Raia, em Contagem, em 5 de outubro. Nesse �ltimo crime, funcion�rios e clientes foram feitos ref�ns e trancados em uma sala. Mais uma vez a a��o foi filmada por c�meras internas (veja abaixo).



Um dia depois do roubo � drogaria seria consumado o assalto ao P�tio Savassi. O primeiro assalto, inclusive, teria sido usado como forma de arrecadar fundos para mobilizar o grupo rumo ao crime do centro de compras da Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte. Uma filmagem da loja Manoel Bernardes foi anexada ao inqu�rito, capturada de um dos celulares apreendidos. Para a pol�cia, � um dos ind�cios do planejamento que era desenvolvido. O principal objetivo seriam rel�gios da marca Rolex, de alto valor.

‘ORGANOGRAMA’
As investiga��es apontaram que havia fun��es distintas no grupo. Enquanto Ant�nio Carlos comandava tudo a partir de informa��es de quais seriam os alvos, alguns membros atuavam cometendo os assaltos, e outros agiam como motoristas para dar fuga ao grupo. Normalmente, ve�culos roubados e clonados eram usados para a chegada aos locais assaltados, o que mostra que n�o apenas o com�rcio da Grande BH era alvo do grupo. De acordo com a pol�cia, a ousadia dos bandidos era t�o grande que eles produziram v�deos, divulgados nas redes sociais, que promoviam a quadrilha. Ant�nio era o l�der, mas tamb�m tem uma companheira envolvida no esquema, D�bora Cristina Machado Maciel Pedro, de 21 anos, que segundo a pol�cia est� gr�vida. Outra mulher, Fl�via Paula de Barros, de 42, cuidava da parte financeira do bando, conforme as investiga��es.

Atuavam cometendo assaltos, ainda de acordo com a pol�cia, Aline Augusta da Silva, de 29, Diego Junio de Oliveira, de 27, Roberson Duarte Meira da Silva, de 27, Andr� Luiz Nascimento Teixeira, de 28, e Washington Lana, de 31. Washington j� estava preso, segundo a Pol�cia Civil, e Roberson est� foragido. J� Diego foi preso na cidade de Serra, no Esp�rito Santo. Os �ltimos dois presos s�o Gustavo Henrique Soares dos Santos, de 23, e Victor Augusto dos Santos. Eles s�o irm�os e, segundo a pol�cia, trabalhavam como motoristas de aplicativo, mas davam fuga ao grupo durante os assaltos.


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