
limpavam os cofres, e de lavagem de dinheiro, sendo que na maioria eram usadas contas de esposas dos ladr�es,
As v�timas eram sempre grandes lojas de varejo, como Lojas Americanas, Casas Bahia e Ponto Frio. Est�o confirmadas a��es nas cidades de Belo Horizonte, Divin�polis, Manhua�u, Betim e Curvelo, em Minas Gerais, uma tentativa em Luzi�nia, a a��o foi abortada, e An�polis, em Goi�s. O grupo de bandidos limpava os cofres e lavava dinheiro, usando as contas de suas esposas.
As suspeitas s�o de que a quadrilha agia h� pelo menos 10 meses, no entanto, foi somente a partir de um arrombamento - que sempre eram feitos a partir do telhado -, na cidade de Curvelo, Norte do estado, no �ltimo dia 7 de agosto, que houve a identifica��o dos criminosos, resultando na pris�o de tr�s deles.

“Come�ou com o que poder�amos chamar de caso corriqueiro. Um arrombamento em que os ladr�es roubaram, do cofre da loja de Curvelo, R$ 80 mil em dinheiro. A partir da�, nossos investigadores passaram a levantar casos semelhantes que pudessem ter sido registrados em outras cidades do estado. Chegamos a casos semelhantes em Divin�polis, Manhua�u, Betim e Belo Horizonte. Foi nosso ponto de partida”, diz o delegado Alexandre Viana Corr�a, de Curvelo.
Segundo o delegado,o “modus operandi” da quadrilha se mostrou semelhante ao de outros casos registrados em cidades mineiras. “Foi o que nos chamou a aten��o. Passamos, ent�o, a fazer um levantamento na cidade. Os criminosos agiam como se tivessem a certeza de que n�o seriam presos, ou seja, livremente, como qualquer cidad�o.”
O “modus operandi” dos criminosos consistia em invadir o estabelecimento comercial sempre durante a noite. “Fingiam querer alugar um im�vel, sempre ao lado do alvo, e, assim, faziam a c�pia das chaves. Sorrateiramente, enquanto todos dormiam, eles �am at� o im�vel, e alcan�avam o telhado da loja e entravam”, conta Alexandre.
Curiosamente, sempre que invadiam o estabelecimento, estavam pr�ximos ao cofre, o que levanta a hip�tese de que algu�m ligado ao com�rcio tivesse conex�o com o grupo e tenha passado informa��es. Essa hip�tese, segundo o delegado, ainda est� em investiga��o. No entanto, imagens do interior do estabelecimento comercial foram determinantes para ajudar a identificar os criminosos.
Foi a partir das imagens que os policiais come�aram a investigar, em primeiro lugar, o aluguel de ve�culos. “Eles tinham tanta certeza da impunidade, que alugaram os carros com seus documentos verdadeiros. E tamb�m fizeram as reservas dos hot�is em seus nomes. A �nica preocupa��o que tiveram foi se hospedar em quartos e andares diferentes, pois assim, se um fosse pego, os outros teriam tempo para escapar”, complementa o delegado.
Dessa maneira, a pol�cia conseguiu identificar os criminosos, os tr�s que foram presos. Descobriu tamb�m que eles viajavam, normalmente de avi�o, sempre de Belo Horizonte para o Sul do pa�s, e usando �nibus de viagem.
Veio ent�o a segunda descoberta - a de que o dinheiro roubado era sempre depositado em nome das mulheres dos criminosos. “Eles n�o se preocuparam com esses detalhes, o de colocar, por exemplo, em nome de laranjas. Os dep�sitos eram feitos no dia seguinte ao roubo E lavaram o dinheiro com a compra de im�veis. Esta ser� a segunda fase da nossa opera��o”, diz ele.
O delegado explica que, ao que tudo indica, os bandidos chegavam � cidade, se hospedavam, visitavam as lojas, faziam um levantamento e, depois, partiam para outra cidade, onde faziam o mesmo. Assim, evitavam suspeitas sobre eles. “Depois retornavam e faziam o arrombamento”, diz.
Chegando a Goi�s
Nos levantamentos, os policiais mineiros, que j� haviam feito contato com a Pol�cia Federal, descobriram um caso semelhante, na cidade de An�polis, em Goi�s. Foi quando, ent�o, fizeram contato com a pol�cia daquele estado. E na busca por informa��es, em hot�is, chegaram aos nomes dos tr�s suspeitos, na cidade de Luizi�nia.
Nada aconteceu nessa cidade, mas a suspeita � de que, de alguma forma, os criminisos ficaram sabendo que a pol�cia estaria atr�s deles. Ent�o, eles fugiram para Goi�nia, no entanto, a liberdade estava perto do final.
O delegado Al�cio Moreira de Souza J�nior, do DEIC de Goi�s, conta que t�o logo receberam o pedido de ajuda da pol�cia mineira e da PF, iniciaram investiga��es, e chegaram a um homem, o ga�cho, o primeiro a ser preso. Os outros dois fugiram.
“Acredito que t�o logo tomaram conhecimento da pris�o do comparsa, eles decidiram fugir. S� que cercamos os pontos de sa�da da cidade, aeroporto e rodovi�ria. Os dois foram presos quando tentavam sair, de �nibus, de Goi�nia.”
Os tr�s homens seguem presos na capital de Goi�s, aguardando, apenas, segundo o delegado Al�cio, o mandado de pris�o da Justi�a de Curvelo, para que eles sejam transferidos para a cidade mineira.