
Nova ofensiva contra o aumento de casos de dengue na capital. Como parte do protocolo de crise, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) vai abrir tr�s novas unidades – os centros de atendimento para dengue (CAD) – destinadas a pessoas com suspeita da doen�a causada pelo mosquito Aedes aegypti. O primeiro dever� entrar em funcionamento at� amanh�, no Barreiro, no Complexo de Sa�de localizado na antiga Pra�a da Febem, informou, ontem, o secret�rio municipal de Sa�de, Jackson Machado. A expectativa � atender cerca de 2,3 mil pessoas por semana, adiantou Machado ao lado do prefeito Alexandre Kalil e do secret�rio municipal de Fazenda, Fuad Noman. “Ser� um servi�o de porta aberta”, garantiu o prefeito.
Os demais CADs, ainda sem data para iniciar o servi�o, ser�o igualmente montados em tendas na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Venda Nova e UPA Nordeste. Nos locais, ser� feita uma triagem, podendo o paciente receber soro ou ser encaminhado para unidades com mais recursos m�dicos. Amanh�, para refor�o na campanha municipal de combate � dengue, sete centros de sa�de ficar�o abertos em bairros das regi�es Barreiro, Oeste, Norte, Nordeste, Noroeste, Pampulha e Venda Nova.
Segundo Machado, a n�o abertura de imediato de todos os CADs est� condicionada � falta de recursos humanos: “Precisamos de 80 m�dicos. Aguardamos os curr�culos para contrata��o, mas n�o est�o chegando”. Na capital, h� cerca de 4 mil casos confirmados de dengue e 14 mil em investiga��o, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Sa�de. O Centro de Atendimento para Dengue resgata um servi�o j� concedido anteriormente na cidade, em especial em 2016, quando houve cerca de 150 mil pessoas atingidas.
Durante o encontro com os dois secret�rios, na sede da PBH, Kalil citou os dois �bitos de pacientes com sintomas da doen�a ocorridos recentemente em unidades de sa�de da capital e disse que um deles, no Barreiro, veio do munic�pio vizinho de Ibirit�. “Devido ao servi�o de sa�de prec�rio nas cidades da Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), pela falta de repasse de recursos pelo governo estadual, as pessoas est�o vindo buscar ajuda aqui (na capital), superlotando o atendimento. N�o estou pedindo dinheiro nem vou decretar estado de emerg�ncia. Temos condi��es de manter o atendimento”, afirmou. Ainda est�o sendo realizados testes para confirmar se as mortes foram provocadas pela dengue.
RECURSOS De acordo com Kalil, o estado deve aos munic�pios da RMBH cerca de R$ 1 bilh�o, montante referente � administra��o passada. “No novo governo estadual”, acrescentou, “j� s�o R$ 240 milh�es n�o repassados”. Dessa forma, reiterou o chefe do Executivo, o servi�o de sa�de est� prec�rio nas cidades. Defendendo o trabalho de preven��o em BH, com investimento e campanhas de esclarecimento da popula��o, Kalil recha�ou cr�ticas aos programas e a��es municipais contra a dengue e outras doen�as. “Se forem bater, t�m que bater em quem deu o tiro e n�o em quem est� tentando tirar as balas”. Irritado, ressaltou que “a epidemia de dengue n�o ocorre em Belo Horizonte, mas no Brasil, onde h� 3 mil casos por dia”
Ao lado, Jackson Machado explicou que as cidades da RMBH que mais enviam pacientes para a capital s�o as de maior popula��o, como Ribeir�o das Neves e Contagem. “Mas todas mandam muita gente para c�. Casos aut�ctones, em BH, s�o em n�mero muito pequeno”, acrescentou o secret�rio, ao lado do prefeito. Ele disse ainda que, mensalmente, BH gasta R$ 5 milh�es com a��es educativas de combate ao mosquito e trabalhos de preven��o, totalizando R$ 60 milh�es por ano. De acordo com o �ltimo boletim sobre a dengue publicado pela Secretaria de Estado de Sa�de, 25 dos 34 munic�pios da Grande BH t�m incid�ncia alta ou muito alta da dengue. Nessa �rea h� sete mortes confirmadas, metade das 14 de todo o estado at� 22 de mar�o.
Conforme o secret�rio de Fazenda, BH aplica 25% do or�amento em sa�de, enquanto a lei manda 15%. “N�o est�o faltando recursos, nem faltar�o, para a sa�de p�blica na capital. Desse R$ 1 bilh�o que o estado deve aos munic�pios da RMBH, metade � de Belo Horizonte. Entre as medidas de controle mantidas na cidade est�o as visitas cinco vezes por ano aos im�veis (900 mil), monitoramento de pontos estrat�gicos com armadilhas para os mosquitos (ovitrampas), bloqueio de transmiss�o, mutir�es de limpeza em �reas cr�ticas, programas educativos nas escolas, bloqueio e pente-fino em �reas com transmiss�o de zika, chikungunya e dengue.
BEB� MORRE NO NORTE DE MINAS
Enquanto isso, Minas Gerais registra mais uma morte de paciente com sintomas da dengue, desta vez hemorr�gica. A v�tima � um menino de 8 meses, cujo �bito ocorreu na quarta-feira e foi confirmado ontem pelo pelo Hospital Universit�rio Clemente de Faria, em Montes Claros, onde a v�tima foi atendida. A institui��o, vinculada � Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), informou que encaminhou material para exames laboratoriais na Funda��o Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte, visando � investiga��o. O resultado das an�lises sair� dentro de 30 dias. A crian�a era natural de S�o Jo�o da Ponte, cidade de 30,3 mil habitantes na mesma regi�o. Ontem, foi decretado ponto facultativo nas reparti��es municipais da cidade e luto oficial por tr�s dias, tendo em vista que o menino era filho do contador da prefeitura.
BEB� MORRE NO NORTE DE MINAS
Enquanto isso, Minas Gerais registra mais uma morte de paciente com sintomas da dengue, desta vez hemorr�gica. A v�tima � um menino de 8 meses, cujo �bito ocorreu na quarta-feira e foi confirmado ontem pelo pelo Hospital Universit�rio Clemente de Faria, em Montes Claros, onde a v�tima foi atendida. A institui��o, vinculada � Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), informou que encaminhou material para exames laboratoriais na Funda��o Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte, visando � investiga��o. O resultado das an�lises sair� dentro de 30 dias. A crian�a era natural de S�o Jo�o da Ponte, cidade de 30,3 mil habitantes na mesma regi�o. Ontem, foi decretado ponto facultativo nas reparti��es municipais da cidade e luto oficial por tr�s dias, tendo em vista que o menino era filho do contador da prefeitura.
At� 22 de mar�o, Minas contabilizava 140.754 casos prov�veis de dengue – que englobam diagn�sticos confirmados e suspeitos – e 14 mortes comprovadas causadas pelo v�rus da dengue, al�m de 57 sob investiga��o. O secret�rio de Sa�de de S�o Jo�o da Ponte, Marcos Paulo Campos Costa, disse que as chuvas no in�cio do ano intercaladas com dias de temperaturas altas (caracter�sticas da regi�o) provocaram o aumento da prolifera��o do mosquito Aedes aegypti no munic�pio. Ele disse ainda est� fazendo um balan�o do n�mero de casos notificados da enfermidade na cidade.
O secret�rio informou ainda que o Executivo municipal adotou “todas as provid�ncias”, mobilizando os seus 24 agentes de sa�de para o combate � dengue na cidade. Al�m disso, realizou mutir�o de limpeza e a orienta��o aos moradores para eliminar os focos do mosquito transmissor, com a distribui��o de panfletos e uso de servi�o de som nas ruas. Por outro lado, Marcos Paulo revelou que a Prefeitura de S�o Jo�o da Ponte solicitou da Secretaria de Estado de Sa�de (SES) o envio para a cidade do inseticida Ultrabaixo Volume (UVB), o “fumac�”, para refor�ar as a��es preventivas e de combate � dengue na cidade. No entanto, at� ontem n�o havia recebido o produto.