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Estado de Minas

Pol�cia atira 18 vezes contra carro por engano na Zona da Mata

Corpora��o procurava por um carro roubado com caracter�sticas semelhantes ao alvejado e afirma que o motorista dirigia perigosamente. V�timas, contudo, contaram que os militares n�o deram sinal de parada, por isso os ocupantes suspeitaram de um assalto. Um jovem ficou ferido


postado em 06/05/2019 20:15 / atualizado em 06/05/2019 21:22

 

Um jovem de 25 anos est� internado depois de ser atingido por um tiro disparado por engano pela Pol�cia Militar (PM). O caso aconteceu quando a PM rastreava um carro roubado em Juiz de Fora, na Regi�o da Zona Mata. O ve�culo baleado tinha as mesmas caracter�sticas do procurado.


Segundo os relatos do contador Alexandre Gon�alves, motorista do ve�culo confundido, tr�s pessoas ocupavam o carro. Elas retornavam de Varginha, no Sul do estado, com destino a Ub�, tamb�m na Zona da Mata.


Avistamos atr�s da gente um carro com far�is altos e piscando sem parar. Falei com os meninos: 'nossa, este cara est� com pressa. Vou jogar para direita e deixar ele passar.' Desloquei para a direita e achei que ele iria passar. Foi no momento que escutamos um ou dois disparos”, conta o condutor do ve�culo.


De acordo com Gon�alves, naquela altura, eles pensavam que eram barulhos do cano de descarga. S� depois perceberam que eram tiros, o que causou a suspeita de um assalto e p�nico nos trabalhadores. “No intuito de seguir, eu decidi procurar a Pol�cia Rodovi�ria para buscar ref�gio l�”, comenta Alexandre.

  

Ainda segundo os relatos de Gon�alves, quando ele chegou a um trevo que dava acesso ao posto policial havia um carro parado na faixa de acesso. Com isso, ele seguiu em outro sentido, em dire��o a Ub�, com objetivo de fugir da abordagem.

 

Trevo onde o jovem foi baleado, segundo relatos dos ocupantes do veículo confundido(foto: Reprodução/TV Alterosa)
Trevo onde o jovem foi baleado, segundo relatos dos ocupantes do ve�culo confundido (foto: Reprodu��o/TV Alterosa)
 


Justamente no trevo, a pol�cia, de acordo com Alexandre, disparou mais vezes. Neste momento, o jovem de 25 foi atingido pr�ximo � coluna.


Ele come�ou a espernear e gritar dentro do carro. 'Me acertaram (sic) aqui'. Foi quando passamos no primeiro ou segundo radar e eles ligaram o giroflex e a sirene. Foi quando eu pensei: 'ser� que � pol�cia? Por que os caras v�m atirando desde l� de tr�s e n�o pararam?'”, relata.


Neste momento, o contador afirma que decidiu parar o ve�culo, pois o amigo estava ferido. O empres�rio Rodrigo Souza, passageiro, descreve como foi este momento. “Descemos do carro e eles abordaram a gente no ch�o. Mas Deus � t�o bom que naquele mesmo momento o r�dio deles tocou, dizendo que haviam achado o carro roubado”, diz.

 

Descaso 


O jovem foi levado ao Hospital de Pronto-Socorro Doutor Mozart Geraldo Teixeira, em Juiz de Fora, onde permaneceu at� a �ltima sexta-feira (3). Depois, a equipe m�dica o transferiu para a Santa Casa da cidade, onde passou por cirurgia para retirada da bala no nesse s�bado (4).


Os tr�s policiais n�o me deram aten��o. S� mandaram o Rodrigo e o Alexandre deitarem no ch�o. Eles n�o me deram socorro. S� quando outra viatura chegou que eles me levaram at� um posto de gasolina. Chegando l�, encontramos com um Samu, que tamb�m n�o me deu aten��o necess�ria”, destaca o jovem.


Ele tamb�m reclamou do atendimento do pronto-socorro. “Tamb�m n�o tive um bom atendimento. A �nica coisa que eles estavam fazendo era controlar minha dor. Depois, gra�as a Deus, consegui a transfer�ncia aqui para a Santa Casa”.


Discuss�o


A remo��o do ve�culo baleado tamb�m gera questionamentos �s v�timas. Segundo eles, o carro foi levado a um p�tio credenciado pelo Departamento de Tr�nsito (Detran) sem passar pela per�cia da Pol�cia Civil. Ou seja, n�o houve a preserva��o da cena da ocorr�ncia, obriga��o da PM.


O rapaz do guincho disse assim: 'eu n�o posso tirar n�o. O correto � chamar o guincho particular'. N�o foi feita a per�cia no local. O policial mandou e ele (respons�vel pelo reboque) obedeceu”, descreve Rodrigo Souza, propriet�rio do carro confundido.


Outro lado


De acordo com o Boletim de Ocorr�ncia, os militares dispararam, ao todo, 18 balas. Eles relataram que n�o havia informa��o sobre a placa do ve�culo roubado nas proximidades. Por isso, segundo a corpora��o, os oficiais ligaram as sirenes e as luzes desde o in�cio da abordagem.

 

Novamente, a vers�o � negada por Rodrigo Souza. Segundo ele, seu carro tem placa de Ub�, enquanto o at� ent�o roubado tem placa de Belo Horizonte.


Ainda conforme o documento gerado pelos policiais, o condutor (Alexandre Gon�alves) dirigia de maneira perigosa e colocava outras pessoas em risco. Tal fator motivou os militares de plant�o a atirarem contra o carro, segundo a vers�o da corpora��o.


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