
Desde o in�cio do ano, tr�s pessoas j� foram infectadas com sarampo em Minas Gerais. Segundo a Secretaria de Sa�de do estado, os dois �ltimos casos foram confirmados nos �ltimos 21 dias e tratam-se de um jovem de 25 anos e uma adolescente de 13.
Ambos os rec�m-infectados s�o residentes da Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, sendo o homem de Contagem e a menina da pr�pria capital mineira. No entanto, a suspeita � de que os dois tenham contra�do a doen�a no Nordeste brasileiro.
Apesar da suspeita, ainda conforme o boletim epidemiol�gico divulgado nesta segunda-feira, nenhum caso foi confirmado no Nordeste. O estado com o maior �ndice � o Par�, com 43 confirma��es, seguido de S�o Paulo, com 20.
Al�m dos casos confirmados em Minas, a secretaria j� foi notificada de 109 casos suspeitos em 44 munic�pios s� em 2019. Apesar do alto n�mero, 93 suspeitas foram descartadas, o que equivale a 85% dos casos. Outros 13 ainda est�o sob investiga��o.
O sarampo preocupa por causa do seu alto cont�gio. A transmiss�o da doen�a pode ocorrer de uma pessoa a outra por meio de secre��es expelidas ao tossir, falar, espirrar ou at� na respira��o. O cont�gio pode se dar ainda por dispers�o de got�culas no ar, em ambientes fechados. Por isso, � considerada uma doen�a infecciosa viral extremamente contagiosa.
Os principais sintomas s�o manchas avermelhadas em todo o corpo, febre alta, congest�o nasal, tosse e olhos irritados, al�m de poder causar complica��es graves, como encefalite, diarreia intensa, infec��es de ouvido, pneumonia e at� cegueira, sobretudo em crian�as com problemas de nutri��o e pacientes imunodeprimidos.
Casos
O primeiro caso confirmado do ano foi em fevereiro. Um italiano de 29 anos, que vive em Betim, contraiu a doen�a quando viajava � Cro�cia e � It�lia, em dezembro do ano passado e janeiro de 2019.
De acordo com a Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS), os pa�ses dos continentes europeu e africano s�o os que registraram o maior n�mero de casos da doen�a nos �ltimos anos.
O caso do jovem de 25 anos infectado foi o segundo registrado em Minas Gerais. Residente de Contagem, na Grande BH, ele esteve na cidade de Trindade, em Pernambuco, no final de fevereiro.
Os sintomas da doen�a se manifestaram quando o homem j� tinha voltado para sua cidade. Na �poca, ele foi atendido na Unidade de Pronto Atendimento de Belo Horizonte e hospitalizado com suspeita de dengue, apesar de ter cl�nica compat�vel com sarampo.
Em seu per�odo de transmissibilidade, o jovem trabalhou em um condom�nio fechado da Grande BH, o que pode ter facilitado a transmiss�o da doen�a para outros indiv�duos. At� esta ter�a-feira, nenhum caso de Sarampo teria sido relacionado a este contato.
J� o terceiro caso � envolvendo uma adolescente de 13 anos, moradora de Belo Horizonte. Em janeiro, ela esteve em Porto Seguro, na Bahia e em Almenara, no Vale do Jequitinhonha. Apesar de apresentar carimbo de uma dose de tr�plice viral em seu cart�o de vacina��o, a garota foi diagnosticada com a doen�a depois da realiza��o de exames pela Funda��o Ezequiel Dias (Funed).
Veja abaixo o esquema de vacina��o:
Aos 12 meses de idade, a crian�a dever� receber a primeira dose da vacina tr�plice viral (que protege contra o sarampo, a rub�ola e a caxumba).
Aos 15 meses de idade, a crian�a dever� receber a segunda dose com a vacina tetraviral (contra o sarampo, a rub�ola, a caxumba e a catapora/varicela) ou a vacina tr�plice viral e a de varicela monovalente.
De 02 a 29 anos, caso n�o tenha nenhum registro de dose da vacina tr�plice ou tetraviral, dever�o receber duas doses com intervalo de no m�nimo 30 dias da primeira dose.
De 30 a 49 anos, caso n�o tenha nenhum registro de dose da vacina tr�plice ou tetraviral, dever� receber apenas uma dose. Ap�s 49 anos de idade, n�o � necess�rio a vacina��o porque s�o consideradas imunes.
Profissionais de sa�de (m�dicos, enfermeiros, dentistas e outros), independente da idade, devem ter duas doses v�lidas da vacina tr�plice viral documentadas.
Profissionais de transporte (taxistas, motoristas de aplicativos, motoristas de vans e �nibus), profissionais do turismo (funcion�rios de hot�is, agentes, guias e outros), viajantes e profissionais do sexo devem manter o cart�o de vacina��o atualizado conforme os esquemas vacinais.
*Estagi�rio sob supervis�o da editora Liliane Corr�a