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Estado de Minas

Governador Valadares pede que Vale garanta abastecimento em caso de desastre em Bar�o de Cocais

Inten��o da prefeitura � que a empreendedora do complexo miner�rio de Gongo Soco repasse, preventivamente, pelo menos 30 mil litros de uma subst�ncia usada no tratamento de �gua contaminada


postado em 21/05/2019 20:22 / atualizado em 24/05/2019 12:02

(foto: Leonardo Morais/Prefeitura de Governador Valadares)
(foto: Leonardo Morais/Prefeitura de Governador Valadares)

 

A prefeitura de Governador Valadares, na Regi�o do Vale do Rio Doce, enviou um documento � mineradora Vale para garantir medidas preventivas em caso de rompimento da Barragem Sul Superior, administrada pela companhia em Bar�o de Cocais, na Regi�o Central do estado.


O barramento corre risco de romper quando o talude da Mina de Gongo Soco, onde est� a barragem, desabar. A previs�o � que essa estrutura desmorone at� este s�bado (25) e, consequentemente, cause impactos significativos no complexo miner�rio, que levariam ao vazamento da represa.


Em caso de desastre, o Rio Doce seria contaminado pelos rejeitos de min�rio de ferro. O mesmo manancial arrasado com a trag�dia de Mariana, em 2015.


O curso d'�gua abastece Governador Valadares. Por isso, a prefeitura solicita � Vale ao menos 30 mil litros do pol�mero Tanfloc SG. O produto � ideal para tratamento de �gua com elevada turbidez.

 

 


A prefeitura tamb�m pede a disponibiliza��o de 500 mil litros de �gua mineral. As garrafas seriam distribu�das � popula��o para cada dia que a capta��o e distribui��o da �gua precisar ser interrompida ou comprometida pelo poss�vel desastre de Bar�o de Cocais.


Segundo o Executivo municipal, o of�cio foi enviado ao diretor-presidente (CEO) da Vale Eduardo Bartolomeo.


A for�a-tarefa ganhou o nome de Sistema de Comando de Opera��es (SCO). Fazem parte do n�cleo: prefeitura de Valadares, Servi�o Aut�nomo de �gua e Esgoto (SAAE), Defesa Civil municipal, Pol�cia Militar, Bombeiro Militar, Pol�cia Civil, Pol�cia Rodovi�ria Federal, Minist�rio P�blico, Defensoria P�blica do estado e Tiro de Guerra.

 

A Vale foi procurada para responder se acatar� os pedidos da prefeitura e com que prazo, por volta das 19h de ter�a-feira (21), mas n�o respondeu aos questionamentos. No dia 24, a empresa respondeu que "foi notificada e se manifestar� nos autos do processo". 

Caminho da lama

 

 

 

O Rio Doce est� mais uma vez na rota das barragens em Minas Gerais. Segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent�vel (Semad), uma poss�vel onda de lama passaria por quatro c�rregos antes de alcan�ar o Rio Santa B�rbara, para, em seguida, chegar ao Rio Piracicaba e, por fim, ao Rio Doce, em um ponto distante 195,2 quil�metros da barragem.


A qualidade da �gua desses mananciais poder� ser afetada, “tornando-a impr�pria para consumo humano. Pode ocorrer ainda redu��o do oxig�nio dissolvido, com consequente mortandade de peixes e outras esp�cies aqu�ticas. Os cursos d’�gua podem ter redu��o da vaz�o decorrente do assoreamento da calha principal e deposi��o do rejeito”, segundo a Semad.


A pasta que cuida do meio ambiente do estado tamb�m identificou outros impactos em decorr�ncia de um poss�vel rompimento em Bar�o. A lama suprimiria 383 hectares de remanescentes de floresta da mata atl�ntica e alteraria a composi��o do solo original, afetando a fertilidade.


Al�m disso, causaria impactos energ�ticos, pois chegaria ao reservat�rio da Usina Hidrel�trica de Peti. A estrutura est� localizada a 14 quil�metros de dist�ncia da barragem, entre os munic�pios de Santa Barbara e S�o Gon�alo do Rio Abaixo.


Renova criticada


Em coletiva, o prefeito de Governador Valadares Andr� Merlo tamb�m reclamou das contrapartidas acordadas entre a prefeitura e a Funda��o Renova para reduzir os danos da trag�dia de Mariana.


Segundo ele, as interven��es para capta��o de �gua no Rio Corrente est�o em “andamento abaixo do satisfat�rio e esperado” pela prefeitura. A obra garantiria uma alternativa para o abastecimento da regi�o, j� que o Rio Doce est� contaminado.


Em posicionamento enviado � reportagem, a Funda��o Renova ressaltou que a constru��o da adutora “segue dentro do prazo estipulado”. Segundo a organiza��o, conforme estabelecido no cronograma, o in�cio da obra aconteceu em julho de 2018 e tem previs�o de conclus�o para o primeiro trimestre de 2021.


De acordo com a Renova, “o projeto prev� a implanta��o de uma adutora de 35 quil�metros de extens�o, que levar� a �gua do Rio Corrente Grande at� as Esta��es de Tratamento de �gua (ETA) Central, Vila Isa e Santa Rita”.

 

Com informa��es de Guilherme Paranaiba 



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