
Uma trag�dia que come�ou com um feminic�dio terminou em um massacre em um templo religioso na noite de ontem, em Paracatu, Regi�o Noroeste de Minas. Segundo informa��es da Pol�cia Militar (PM), Rudson Arag�o Guimar�es, de 39 anos, apontado como ex-militar das For�as Armadas, protagonizou a chacina ao matar quatro pessoas.
Ainda de acordo com a corpora��o, o resultado poderia ter sido pior, caso militares n�o tivessem detido o atirador, que foi baleado. Ele portava seis cartuchos intactos calibre .36 usados na arma do crime, uma garrucha com capacidade para uma bala. Cerca de 20 pessoas estavam no templo na hora do atentado. As demais v�timas foram identificadas como Ros�ngela Albernaz, de 50; Marilene Martins de Melo Neves, de 52; e Ant�nio Rama, de 67, pai de Evandro Rama, pastor que celebrava o culto e sofreu uma fratura no p� ao tentar escapar do local. O atentado gerou indigna��o e horror na cidade, onde moradores amea�aram invadir o hospital onde o atirador foi atendido.
Segundo a PM, Rudson foi at� a casa da ex-namorada, onde tamb�m estavam a m�e e a irm� dele. L�, Rudson desferiu uma facada contra o pesco�o da ex-companheira. O Corpo de Bombeiros tentou socorr�-la, mas a mulher morreu a caminho do hospital com uma parada cardiorrespirat�ria. Depois de fazer a primeira v�tima, o atirador correu para o templo religioso. L�, inicialmente, atirou contra dois idosos: uma mulher e um homem. Eles sofreram ferimentos no cr�nio e morreram tamb�m por parada cardiorrespirat�ria.
Instantes depois, Rudson rendeu outra fiel e a manteve sob amea�a. A Pol�cia Militar chegou ao local da ocorr�ncia e tentou negociar com o atirador. Contudo, segundo o registro da ocorr�ncia, o homem n�o deu ouvidos aos PMs e atirou na ref�m, elevando o n�mero de �bitos da trag�dia para quatro. De imediato, com objetivo de deter o autor, militares atirou no homem. Atingido na clav�cula, ele foi socorrido no hospital da cidade. At� o fechamento desta edi��o, estava em estado grave na unidade de tratamento intensivo (UTI). Segundo os bombeiros, Rudson est� entubado.
De acordo com o porta-voz da Pol�cia Militar, major Fl�vio Santiago, policiais que faziam patrulha pr�ximo � igreja evang�lica evitaram um massacre maior. “Temos a informa��o de que ainda havia 20 pessoas no local e ele estava com mais 6 balas intactas. Se a PM n�o tivesse chegado a tempo, a situa��o seria muito pior”, disse.
Segundo a PM, ele j� teve problemas com drogas e teria deixado a igreja por esse motivo. De acordo com relatos de moradores de Paracatu, o homem reclamava de ouvir vozes. “Tudo indica que foi um surto (psic�tico)”, afirmou o tenente-coronel Luiz Magalh�es, do 45ª Batalh�o de Pol�cia Militar de Paracatu.
Em depoimento ao Estado de Minas, um militar que frequentava a igreja informou que Rudson era frequentador do templo. Contudo, s� ia esporadicamente aos cultos. A PM informou que, depois que o atirador foi internado, moradores da cidade, revoltados, tentaram invadir o hospital de Paracatu. Por isso, a pol�cia precisou cercar o local.
Mais crimes contra mulheres
A semana come�ou com crimes graves contra mulheres em Minas. Em Ibirit�, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, um homem foi preso, na tarde de ontem, suspeito de manter a companheira em c�rcere privado durante cinco anos. A v�tima estava desaparecida desde 2014. J� em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, uma jovem de 23 anos foi morta a tiros na segunda-feira. O principal suspeito � o ex-namorado da v�tima.
No crime de Ibirit�, de acordo com a Pol�cia Civil, J�lio C�sar Pereira Jeremias, de 38, foi autuado em flagrante. Segundo as investiga��es, ele teria restringido a liberdade da mulher, de 50 anos, no Bairro Parque Estrela do Sul. A pol�cia chegou ao local ap�s den�ncia an�nima.
O suspeito atendeu os policiais e os deixou entrar. Na casa, eles encontraram a v�tima dentro do quarto. Ela disse que nos �ltimos cinco anos vivia em companhia do rapaz, e que ele n�o permitia que ela sa�sse sem ele. Todos os dias ele sa�a e ela ficava trancada.
Em depoimento, uma testemunha que morava na vizinhan�a, afirmou que em todo esse tempo a v�tima nunca foi vista na rua. “Uma das testemunhas disse ainda ter ouvido gritos de socorro da mulher em outras ocasi�es”, afirmou o delegado Wellington Martins Faria. O homem negou as acusa��es. Segundo ele, trancava o im�vel no intuito de proteger a v�tima, que seria alco�latra.
SEIS TIROS No assassinato em Governador Valadares, um jovem de 18 ex-namorado da v�tima, � o principal suspeito de ter cometido o crime. Ele fugiu e � procurado. Ainda conforme a pol�cia, o corpo da jovem tinha seis marcas de disparos: quatro nas costas e duas no peito. Ela estava acompanhada de uma amiga no momento do ataque. Segundo testemunhaS, o ex-companheiro agiu ao lado de um comparsa. O acusado mora na mesma rua da ocorr�ncia e � apontado pela pol�cia como traficante.