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Estado de Minas

Vag�es do in�cio do s�culo 20 ser�o abertos a visita��o p�blica em BH

Iphan transfere vag�es de madeira para a Casa do Conde. Mesmo em bom estado de conserva��o, eles ser�o restaurados, ganhar�o cobertura de prote��o e jardins ao redor, compondo conjunto com uma locomotiva do s�culo 18, que j� estava no local


postado em 23/05/2019 06:00 / atualizado em 23/05/2019 08:00

Vagão no prédio na Praça Rui Barbosa, datado de 1917: bâneres com paisagem mineira vão fazer com que o visitante se sinta em viagem(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Vag�o no pr�dio na Pra�a Rui Barbosa, datado de 1917: b�neres com paisagem mineira v�o fazer com que o visitante se sinta em viagem (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)


Foi uma opera��o de guerra: dois guindastes, agentes da BHTrans para monitorar o tr�nsito de madrugada e muita expectativa para instalar dois vag�es de madeira no p�tio da Casa do Conde, na Pra�a Rui Barbosa (Esta��o), no Centro de Belo Horizonte. J� na tarde de ontem, a superintendente do Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan), C�lia Corsino, se orgulhava ao ver as partes de composi��es ferrovi�rias diferentes, ambas do in�cio do s�culo passado, sobre os trilhos preparados especialmente para elas.

“Estamos esperando h� tr�s anos para essa transfer�ncia se concretizar, mas valeu a pena. S�o vag�es muito bonitos, cheios de hist�ria e poder�o ser visitados, por todos, no pr�ximo semestre”, disse a superintendente do Iphan, autarquia federal que, com a Funda��o Nacional de Arte (Funarte), ocupa o imponente casar�o do in�cio da constru��o da cidade. O conjunto pertenceu � antiga Estrada de Ferro Central do Brasil (EFCB), depois passou ao dom�nio da Rede Ferrovi�ria Federal (RFFSA), extinta, e, em 2007, foi transferido ao Iphan, que, por lei, � o �rg�o guardi�o de todo o acervo ferrovi�rio brasileiro.

C�lia explicou que os dois vag�es estavam no Bairro Horto, na Regi�o Leste de BH, guardados na unidade da MRS – operadora de log�stica que administra uma malha de trens de carga em 1,6 mil quil�metros em Minas, Rio de Janeiro e S�o Paulo. “As negocia��es demoraram, mas deram tudo certo, pois (os vag�es) j� se encontram incorporados ao patrim�nio do Iphan”, explicou. “Para trazer os vag�es, durante a semana passada, ocorreu mesmo uma opera��o de guerra, pois um dos guindastes era de 30 toneladas”, contou C�lia. 

Sala de reuniões, com mesa, cadeiras e armários e corredor de um dos carros, que estão sujos mas em bom estado de conservação(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Sala de reuni�es, com mesa, cadeiras e arm�rios e corredor de um dos carros, que est�o sujos mas em bom estado de conserva��o (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)


NO TEMPO
Entrar nos vag�es � como fazer uma viagem no tempo, e mesmo quem passa no Viaduto da Floresta pode ver os dois “monumentos” estacionados no p�tio e formando um conjunto que valoriza a Pra�a da Esta��o. A poucos metros dos rec�m-chegados, est� uma m�quina a vapor do s�culo 18, chamando a aten��o pela conserva��o e beleza. “Os vag�es est�o sujos, mas muito bem preservados”, mostrou C�lia com entusiasmo e imaginando futuros projetos.

As pr�ximas etapas, adiantou, v�o envolver a constru��o de coberturas de prote��o, limpeza, restauro e de jardins ao redor. Como se encontram posicionados no fundo de um pr�dio particular |(igreja evang�lica) virado para a Avenida do Contorno, as charmosas refer�ncias ferrovi�rias do in�cio do s�culo 20 v�o ganhar uma “paisagem mineira”. Segundo a superintendente, a ideia � colocar b�neres cobrindo a fachada dos fundos, de forma que os visitantes olhem pela janela e se sintam no trecho.

“Vamos buscar recursos e j� h� uma organiza��o n�o-governamental ligada � preserva��o ferrovi�ria interessada na restaura��o. Entre os concursados que est�o chegando ao Iphan, h� um especialista do setor, o que ser� muito importante neste trabalho”, disse a superintendente convidando a equipe do Estado de Minas a entrar e conhecer um pouco das pe�as do patrim�nio ferrovi�rio. “Vamos fazer um invent�rio e tamb�m um laudo sobre cada um deles.”

No primeiro vag�o, � poss�vel ver os camarotes, a sala de reuni�es, com mesa e cadeiras, arm�rios de madeira trabalhada, banheiro e cozinha. Um dos destaques est� na varanda, na qual, destaca C�lia, muitos pol�ticos, em viagem pelo interior, faziam discursos antes e depois das elei��es. No segundo, pode-se ver a data de 1917, e a indica��o de que pertencia � Officina Norte EFCB. “Sem d�vida, � um conjunto importante para essa regi�o da cidade, que, futuramente, ser� interligada, com passeios, para moradores e visitantes conheceram mais sobre nossa hist�ria”, afirmou.

Em abril, foi inaugurado o espa�o ferrovi�rio com 3,5 mil metros quadrados, que, durante 10 anos, foi alvo de interven��es com recursos federais. Localizado na Rua Janu�ria, o antigo galp�o foi restaurado pelo Iphan e vai sediar o Laborat�rio de Restaura��o de Bens M�veis e Arqueologia, fruto de parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Associa��o Mineira das Cidades Hist�ricas e outras institui��es da �rea cultural.

 

 

Exposi��o vai ao interior


 

A exposi��o Iphan +80 anos, que conta a hist�ria da institui��o federal de prote��o ao patrim�nio e est� em cartaz na Casa do Conde, na Rua Janu�ria, vai dar filhote. A partir de julho, ela ser� itinerante, ficando entre 40 e 50 dias em algumas cidades. O circuito come�ar� por Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, seguindo para Conselheiro Lafaiete, na Regi�o Central de Minas, e depois Delfim Moreira, no Sul do estado. No acervo, h� pe�as, filmes, mesa digital e outros alusivos � trajet�ria do Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional.


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