
Na manh� desta quinta-feira (23/5), o autor do massacre de Paracatu (MG), Rudson Arag�o Guimar�es, 39 anos, tentou tirar a pr�pria vida, segundo disse ao Estado de Minas a delegada respons�vel pelo caso, Thays Regina Silva, da 2ª Delegacia Regional da cidade. Por volta das 6h50, o seguran�a teria feito tr�s corte no pr�prio pesco�o com um bisturi.
De acordo com o hospital, a institui��o e a Pol�cia Civil est�o apurando as circunst�ncias da tentativa de suic�dio, uma vez que o homem estava algemado e preso na maca do quarto e n�o teria acesso f�cil ao bisturi.
Na noite de ter�a-feira, em um intervalo de menos de 15 minutos, ele aterrorizou Paracatu, ao assassinar a ex-namorada e tr�s fi�is reunidos em uma igreja evang�lica da cidade.
Helo�sa Vieira Andrade, 59, havia namorado com Rudson por cerca de sete meses. Ela foi a primeira a ser morta. A v�tima estava em uma casa da fam�lia de Rudson, orando ao lado da m�e e da irm� do homicida, quando recebeu um golpe de canivete no pesco�o, e morreu no sof� da sala de estar do im�vel.
Ant�nio Rama, 67; Marilene Martins de Melo Neves, 52; e Ros�ngela Albernaz, 50, foram assassinadas na Igreja Batista Shalom, que fica a tr�s quadras de dist�ncia da casa da fam�lia de Rudson. Ele arrancou uma barra de ferro do port�o da igreja para invadir o templo e usou uma garrucha de calibre 36 para atirar nas v�timas. S� foi contido ap�s ser alvejado por policiais militares.
Motiva��o
O homem agiu, de acordo com suspeitas da Pol�cia Civil local, movido pela f�ria contra o pastor do templo, Evandro Rama, 37, que havia afastado Rudson da igreja h� cerca de dois meses. O pastor, inclusive, era o alvo inicial do assassino, mas conseguiu escapar da morte pulando um muro da igreja. Revoltado com a fuga, Rudson abriu fogo contra os fi�is. Ant�nio, uma das v�timas, era o pai de Evandro.
As investiga��es est�o a cargo da 2ª Delegacia Regional de Paracatu, que ainda n�o interrogou Rudson. Ele pode ser enquadrado por quatro homic�dios, qualificados por motivo f�til, e uma tentativa de homic�dio. A hip�tese de feminic�dio n�o est� descartada.
"H� v�rios pontos a serem esclarecidos com rela��o � motiva��o que podem revelar novos aspectos do crime. At� o fim desta semana, n�s iremos interrog�-lo. O inqu�rito tem prazo legal de 10 dias para ser conclu�do. Depois de ser liberado do hospital, ele ser� encaminhado ao pres�dio e permanecer� � disposi��o da Justi�a", explicou a delegada Thays Regina Silva.