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Estado de Minas

Imagens mostram degrada��o em pr�dio hist�rico do Instituto de Educa��o

Com a mesma idade de BH, pr�dio est� degradado e institui��o busca ajuda da iniciativa privada para financiar restaura��o or�ada em R$ 25 milh�es. Em 2018, governo do estado repassou apenas R$ 28 mil dos R$ 293 mil previstos para manuten��o. Secretaria diz que reforma depende de an�lise financeira


postado em 25/05/2019 06:00 / atualizado em 25/05/2019 08:42

Janela quebrada em sala da escola, onde há vários espaços interditados por falta de manutenção. (foto: Leandro Couri/EM/DA PRESS)
Janela quebrada em sala da escola, onde h� v�rios espa�os interditados por falta de manuten��o. (foto: Leandro Couri/EM/DA PRESS)

 

Um dos mais belos e imponentes bens patrimoniais de Minas precisa de recursos para que todo o legado arquitet�nico n�o se perca nem parte da hist�ria de Belo Horizonte seja apagada. Com a mesma idade da capital, 121 anos, o Instituto de Educa��o de Minas Gerais (Iemg), no Bairro Funcion�rios, clama por socorro. O estado prec�rio de conserva��o do imponente complexo arquitet�nico � revelado na conversa das estudantes Isabella Gomes e Alexia Caroline, ambas de 16 anos.

O di�logo, flagrado pela reportagem no corredor, revela as faces em contraposi��o do instituto. “Nossa escola � bonita”, diz Isabella, aluna do primeiro ano do ensino m�dio. A colega de turma retruca: “Nossa escola est� horr�vel.” Or�ada em R$ 511 mil, a troca do telhado est� sendo realizada em car�ter emergencial e deve ser conclu�da em julho. Mas ainda h� muito trabalho � frente.
O projeto de restaura��o, enviado ao Instituto Estadual do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico de Minas Gerais (Iepha), est� or�ado em R$ 25 milh�es. O montante ainda est� muito distante dos valores dos cofres p�blicos direcionados ao complexo arquitet�nico. No ano passado, o Instituto teria que receber verba de R$ 293 mil para manuten��o, mas s� foram repassados pelo governo do estado R$ 28 mil, cerca de 10% do total.

Diante da impon�ncia do pr�dio, a diretora Alexandra Aparecida Moraes empreende uma busca por recursos, que inclui a sensibiliza��o do setor privado e deve lan�ar, em breve, a campanha “Abrace o Iemg”. No fim de 2018, foi aprovado pelo Iepha projeto integral de restaura��o de todo o edif�cio.
Com in�cio em 18 de julho de 2018, a obra tem previs�o de t�rmino no fim de julho. A reforma recupera cerca de 4,3 mil metros quadrados de telhado. “Com a reforma do telhado temos como objetivo findar a parte da infiltra��o decorrente do telhado”, afirma o engenheiro respons�vel Cl�udio Giovani, da Petrio Engenharia. A pr�xima etapa da obra deve trocar a cobertura do audit�rio.

Telhado é refeito para evitar mais infiltrações(foto: Leandro Couri/EM/DA PRESS)
Telhado � refeito para evitar mais infiltra��es (foto: Leandro Couri/EM/DA PRESS)

Caminhar pelo Instituto da Educa��o � transportar-se no tempo, revelado pelos tra�os arquitet�nicos que fazem do local um dos bens patrimoniais mais importantes do estado e, ao mesmo tempo, pelas marcas de anos descuido, que demonstram a falta de investimento na conserva��o do pr�dio, que recebe cerca de 4 mil alunos da rede estadual.
Mofo e infiltrações tomam conta das paredes do Instituto de Educação(foto: Leandro Couri/EM/DA PRESS)
Mofo e infiltra��es tomam conta das paredes do Instituto de Educa��o (foto: Leandro Couri/EM/DA PRESS)

O edif�cio, tombado pelo patrim�nio hist�rico, tem arquitetura pujante. No entanto, apesar de passado hist�rico, o instituto sofre com a destrui��o do tempo. Depois de passar por momentos cr�ticos, nos �ltimos dois anos, a institui��o conseguiu fazer a obra emergencial de troca dos telhados. No entanto, ainda s�o muitos os problemas estruturais.

O pr�dio tombado sofre com as infiltra��es, muitas paredes est�o descascando, os tacos dos pisos em algumas salas est�o danificados e soltos. Muitas janelas est�o com vidros quebrados, alguns banheiros n�o funcionam e o audit�rio est� tomado por pombos e com uma s�rie de problemas estruturais que impedem o uso do lugar h� dois anos.
Em algumas salas de aula, tacos dos pisos estão soltos(foto: Leandro Couri/EM/DA PRESS)
Em algumas salas de aula, tacos dos pisos est�o soltos (foto: Leandro Couri/EM/DA PRESS)

A reforma do telhado foi iniciada em agosto do ano passado para dar fim �s cenas que se tornaram comuns na escola em dias de chuvas: muitos pontos de alagamento e outros em que a �gua descia como se fosse uma cachoeira. “Em agosto do ano passado, tivemos s�rios problemas. J� completavam 20 anos sem que o telhado tivesse recebido qualquer reforma. A madeira estava podre, a parte el�trica estava exposta. A perman�ncia dos alunos era invi�vel em algumas salas”, afirma a diretora Alexandra Aparecida Moraes.
O auditório e teatro da escola também pede socorro(foto: Leandro Couri/EM/DA PRESS)
O audit�rio e teatro da escola tamb�m pede socorro (foto: Leandro Couri/EM/DA PRESS)

A dire��o da escola busca apoio na iniciativa privada. Os alunos aguardam projetos de melhoria da escola. “A reforma est� sendo muito gratificante. Chegamos a um estado que t�nhamos que sair das salas. O instituto ficou muitos anos largado. Quando chovia, a escada do pr�dio tombado mais parecia uma cachoeira”, afirma o representante do gr�mio estudantil Igor Gabriel, de 18.

Os alunos esperam que, com a troca do telhado, os corredores e salas da institui��o n�o sejam alagados a cada chuva. As amigas Sophia Pablina Neves Martins, de 14, Nalanda Pereira, de 16, Amanda �lves Costa, de 15, mudaram de sala em decorr�ncia das goteiras que apareciam com a chuva.
Infiltrações nas paredes do Instituto de Educação estão por todo lado(foto: Leandro Couri/EM/DA PRESS)
Infiltra��es nas paredes do Instituto de Educa��o est�o por todo lado (foto: Leandro Couri/EM/DA PRESS)

AN�LISE Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Educa��o (SEE) detalhou que as obras no Iemg consiste nas reformas do telhado e do sistema de capta��o de �guas pluviais; reparos na rede el�trica; impermeabiliza��o de laje do beiral e substitui��o de caixas d’�gua. Segundo o �rg�o, al�m disso existe um projeto de restaura��o arquitet�nica e de instala��es complementares de toda a edifica��o, sob a coordena��o do Departamento de Edifica��es e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DEER-MG), que se encontra paralisado. “No momento, o DEER/MG est� analisando a situa��o de todos os projetos e obras sob a sua responsabilidade que n�o foram iniciados ou conclu�dos pelo governo anterior. O Departamento aguarda a disponibiliza��o de recursos para a retomada de projetos e obras no estado, que dever�o seguir uma ordem de prioriza��o”, diz o texto.

Por dentro do Iemg
(foto: Leandro Couri/EM/DA PRESS)
(foto: Leandro Couri/EM/DA PRESS)

» O edif�cio do Instituto de Educa��o de Minas Gerais (Iemg) foi tombado em 15 de fevereiro de 1982 pelo Instituto Estadual do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico de Minas Gerais (Iepha). O reconhecimento ocorreu tanto pelo valor hist�rico do edif�cio na educa��o no estado quanto pela sua import�ncia art�stica e arquitet�nica.

» Projetado pelo arquiteto Edgar Nascentes Coelho, membro da comiss�o de constru��o da cidade, em estilo ecl�tico, o pr�dio come�ou a ser constru�do em 1897 e foi inaugurado no ano seguinte. O edif�cio foi projetado para para abrigar o Gin�sio Mineiro.

» O pr�dio foi constru�do em dois pavimentos sobre alto embasamento de pedras de m�o e paredes de tijolos. A fachada frontal compunha-se de um corpo central, ladeado por dois outros sim�tricos. Os dois blocos situados nas extremidades apresentavam tr�s janelas e os blocos intermedi�rios continham cinco janelas em cada pavimento.

» Em 1909, o edif�cio passou a abrigar a Escola Normal Modelo. Assim, iniciaram-se, em 1912, as primeiras reformas para readaptar o edif�cio �s depend�ncias de ensino. Foi constru�do novo edif�cio ao lado do existente. A solu��o de construir um anexo voltado para a Rua Para�ba, aos fundos do terreno, eliminaria boa parte dos p�tios internos.

» No bloco central, foi instalado o audit�rio com capacidade para 500 pessoas, em sequ�ncia ao belo e amplo sagu�o. Nesse ambiente destaca-se a escadaria � imperial. No andar superior, o sal�o nobre e seus anexos apresentam decora��o cl�ssica em gesso nas paredes e tetos.
» O pr�dio passou a dispor de 75 depend�ncias, com um total de 42 salas de aulas, salas de administra��o, orienta��o e dire��o, biblioteca, arquivo, sala de professores, al�m de duas cantinas e suficiente n�mero de instala��es sanit�rias.

» Outra reforma no edif�cio ocorreu em 1953, quando um inc�ndio destruiu quase toda a ala direita, atingindo a biblioteca, al�m de arquivos e o laborat�rio. A reconstru��o finalizou-se em 1956, quando o edif�cio ganhou os anexos da Avenida Caranda� e Rua Para�ba, onde passou a funcionar a escola fundamental.

» Em 1994, o pr�dio foi tombado pelo munic�pio no conjunto urbano das Avenidas Caranda�, Alfredo Balena e adjac�ncias. Atualmente considera-se que os valores primordiais, que s�o tanto de ordem f�sica, quanto hist�rica: a monumentalidade da fachada, sua plena visibilidade pelo p�blico, a integridade material do edif�cio, a conserva��o de seu acervo art�stico e mobili�rio.

» Outra reforma no edif�cio ocorreu em 1953, quando um inc�ndio destruiu quase toda a ala direita, atingindo a biblioteca, al�m de arquivos e o laborat�rio. A reconstru��o finalizou-se em 1956, quando o edif�cio ganhou os anexos da Avenida Caranda� e Rua Para�ba, onde passou a funcionar a escola fundamental.

» Em 1994, o pr�dio foi tombado pelo munic�pio no conjunto urbano das Avenidas Caranda�, Alfredo Balena e adjac�ncias. Atualmente considera-se que os valores primordiais, que s�o tanto de ordem f�sica, quanto hist�rica: a monumentalidade da fachada, sua plena visibilidade pelo p�blico, a integridade material do edif�cio, a conserva��o de seu acervo art�stico e mobili�rio.


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