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Estado de Minas

Barragem em Bar�o de Cocais: entenda os tr�s cen�rios poss�veis para o rompimento

Sirenes de emerg�ncia somente ser�o acionadas se queda de talude provocar o rompimento da Barragem Sul Superior


postado em 26/05/2019 06:00 / atualizado em 26/05/2019 09:46

Segundo o capitão Júnior Silvano Alves, da Defesa Civil estadual, aparatos de emergência só serão removidos quando estabilidade for garantida(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Segundo o capit�o J�nior Silvano Alves, da Defesa Civil estadual, aparatos de emerg�ncia s� ser�o removidos quando estabilidade for garantida (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)


Bar�o de Cocais – O prazo para o desabamento do talude de 10 milh�es de metros c�bicos de rochas, que � parte da estrutura da Mina Gongo Soco, em Bar�o de Cocais, e que pode ocasionar o rompimento da Barragem Sul Superior, terminou ontem, mas mobiliza��o das estruturas de defesa civil e a apreens�o da popula��o permanecem. Essa estimativa de que at� ontem a estrutura cederia foi feita pela Vale. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent�vel (Semad) e a Ag�ncia Nacional de Minera��o (ANM) deram prazo at� este domingo. Os trabalhos, agora, seguem tr�s poss�veis cen�rios, sendo que a situa��o de alerta ser� mantida enquanto a estabilidade do barramento n�o for atestada. Ontem, o talude, que se movia num ritmo de 10 cent�metros por dia, chegou a se deslocar 19 cent�metros, superando o ritmo anormal de 10 cent�metros di�rios registrados nesta �ltima semana – um indicativo de eventual ruptura.

Caso o talude n�o caia, a aten��o e toda estrutura de alertas e prontid�o continuam. Se a estrutura ceder e isso n�o ocasionar uma ruptura do reservat�rio, a situa��o tamb�m se mant�m, com os alertas e prontid�es das equipes de resgate da Vale, bombeiros, defesas civil estadual e municipal. Se a barragem se desmantelar as quatro sirenes soam, carros de alertas come�am a circular em Bar�o de Cocais, Santa B�rbara e S�o Gon�alo do Rio Abaixo. Funcion�rios da Vale ser�o enviados aos bairros mais baixos, onde a lama pode soterrar, para ajudar na evacua��o das pessoas at� os pontos seguros. A estimativa � de que a lama e os rejeitos de min�rio de ferro que por ventura venham a escoar do barramento consigam atingir Bar�o de Cocais em cerca de 1 hora e 30 minutos, se movendo a 10 km/h, no m�ximo.

TREINAMENTOS De acordo com o capit�o J�nior Silvano Alves, da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, os dois simulados realizados para treinar a popula��o sobre como proceder em caso de necessidade de evacua��o foram bem-sucedidos. “Em todas as sete zonas de inunda��o a popula��o conseguiu evacuar as �reas em menos de 1 hora, o que nos d� at� uma margem de conforto, caso seja realmente necess�rio”, afirma. O capit�o informa que o aparato de emerg�ncia s� ser� removido quando a barragem voltar a ter sua estabilidade garantida. No momento, a seguran�a da estrutura se encontra em n�vel 3, que � risco iminente de ruptura. “Em n�vel 2, que � necessidade de medidas de emerg�ncia, j� recomendamos a remo��o das pessoas. Apenas em n�vel 1, ou seja, situa��o regular de opera��o, � que a prontid�o e essa estrutura emergencial podem ser desmobilizadas”, detalha.

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)


Enquanto isso, a ang�stia das irm�s Ana Caldeira, de 65 anos, e Aparecida de Almeida Moreira, de 61, continua. “Acabou o sossego de Bar�o de Cocais. Fizemos o simulado e foi bom para saber para que lado est� a nossa salva��o. Mas nada disso devolve a tranquilidade. Se a barragem romper de noite, imagina que confus�o ser�”, diz Aparecida. “Acho que aquela tranquilidade que a gente tinha nunca mais vai voltar. Mas, tamb�m, a gente nunca soube como estavam as condi��es dessas barragens. Agora, sabemos”, comenta Ana

A atendente Rosemeire Angelo, de 48, conta que o movimento diminuiu bastante no com�rcio da cidade. “Antes, a loja nossa aqui no Centro (de Bar�o de Cocais) tinha um movimento muito bom. N�o sei quanto caiu, mas com certeza n�o � mais o que era. As pessoas deixaram de vir, os turistas est�o evitando vir para a cidade”, afirma. “A gente quer uma defini��o. Que digam o que precisa ser feito para termos nossa seguran�a de volta”, cobra a tamb�m atendente Karine Morais, de 22.

SIMULADO EM BH Um treinamento de evacua��o de emerg�ncia realizado ontem nos bairros Maria Tereza e Beija-Flor, nas regi�es Norte e Nordeste de Belo Horizonte, contou com a participa��o de menos de um ter�o dos moradores. Organizado pela Defesa Civil e pela Vale, o procedimento teve como objetivo treinar comunidades que est�o em uma zona de seguran�a secund�ria da Barragem Forquilha I, que fica em Ouro Preto. Apesar de a capital ficar a 120 quil�metros da barragem, em caso de rompimento, os moradores estariam dentro da chamada mancha de inunda��o. Um poss�vel aumento no volume do C�rrego do On�a poderia atingir im�veis das duas comunidades. Desta forma, os rejeitos levariam 11 horas e 24 minutos para atingir a comunidade de Beija-Flor e 13 horas e 17 minutos a comunidade de Maria Tereza.


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