
Uma nova batalha, desta vez contra a febre maculosa. A Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte investiga ao menos 52 notifica��es da doen�a transmitida pelo carrapato-estrela. Na noite de ontem, a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Sa�de, informou que 31 poss�veis casos da enfermidade foram notificados na capital. Contudo, nenhum foi confirmado ainda, j� que o veredicto depende de an�lises laboratoriais. Os diagn�sticos suspeitos de BH se somam aos 21 prov�veis (soma de suspeitos e confirmados) de Contagem, onde duas pessoas j� morreram em decorr�ncia da patologia. Outros dois �bitos ainda s�o investigados na cidade da Grande BH.
Dos 20 casos confirmados, em apenas quatro a infec��o ocorreu em Belo Horizonte, ainda de acordo com a pasta municipal. Nos demais, a contamina��o se deu em outro munic�pio ou n�o foi poss�vel detectar o local de infec��o. O �rg�o acompanha e monitora os casos. A pasta, inclusive, j� emitiu alerta aos profissionais do setor para que fiquem de sobreaviso para atender pacientes com sintomas da doen�a.
O in�cio do tratamento para a febre maculosa � determinante para a cura da doen�a. Havendo suspeita, o combate deve ser iniciado imediatamente, com uso de antibi�ticos, coleta de sangue para exame e notifica��o do caso para investiga��o.
No ano passado, Minas Gerais registrou 58 casos de maculosa, com 22 mortes. Em Belo Horizonte n�o h� casos de transmiss�o desde 2017, segundo a Secretaria Municipal de Sa�de. Naquele ano, foram quatro casos confirmados em moradores da capital e tr�s �bitos. Em todos os casos, a transmiss�o ocorreu fora da capital. Em 2018, foram 11 casos confirmados da doen�a, com quatro �bitos, todos tamb�m com cont�gio externo.
A Secretaria de Sa�de de BH informou ainda, por meio de nota, que s�o feitas a��es sistem�ticas durante todo o ano de vigil�ncia e controle de carrapatos. Nos meses de abril, agosto e novembro, � feito monitoramento ambiental. “As a��es s�o constantemente avaliadas, considerando quest�es entomol�gicas e epidemiol�gicas e, dependendo do resultado do levantamento da vigil�ncia, a Secretaria Municipal de Sa�de recomenda intensifica��o das a��es de preven��o, como capina”, informou.
A DOEN�A A febre maculosa � transmitida pelo carrapato-estrela (Amblyomma cajennense) infectado por uma bact�ria (veja quadro). A contamina��o ocorre quando o carrapato fica pelo menos quatro horas fixado na pele humana.
Outros animais de grande porte, como cavalos, capivaras, bois, c�es, aves e roedores tamb�m podem ser infectados e s�o considerados hospedeiros do carrapato transmissor. A enfermidade tem cura, desde que o tratamento, via antibi�ticos, seja feito nos primeiros tr�s dias da contamina��o. A demora no diagn�stico pode causar complica��es. S�o elas: les�es vasculares graves e comprometimento do sistema nervoso central, dos rins e pulm�es. Se n�o for tratada corretamente, o �ndice de morte chega � faixa de quatro a cada cinco pessoas.
