A primeira miss�o internacional de bombeiros militares brasileiros foi conclu�da com �xito. Ap�s 30 dias de trabalho, a segunda equipe com os mineiros que foram para Mo�ambique em ajuda humanit�ria retornou ao Brasil nesse s�bado. Os cinco militares foram recepcionados com homenagem marcada pelos sentimentos de gratid�o e orgulho do empenho na opera��o no pa�s devastado pelos ciclones Idai e Kenneth, que atingiram o continente africano matando mais de mil pessoas.
Em abril, a primeira equipe, composta por 20 militares, ficou 40 dias no pa�s. O segundo time de bombeiros especialistas em opera��es de busca, salvamento e gest�o do desastre permaneceu por 30 dias. A experi�ncia do Corpo de Bombeiros de Minas em cat�strofes, como em Mariana e Brumadinho, foi o que capacitou os militares e fez com que eles se destacassem na miss�o.
Durante a cerim�nia, os cinco militares receberam diplomas e medalhas pelos trabalhos, que foram desde a desobstru��o de estradas at� a busca e salvamento de v�timas. A entrega foi realizada pelo comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), coronel Edgard Estevo da Silva, e o chefe do Estado-Maior da corpora��o, coronel Erlon do Nascimento Botelho Wender. Os militares da primeira equipe da Opera��o Mo�ambique tamb�m esteve na solenidade, momento que aproveitaram para trocar experi�ncias.
O capit�o Josias Soares, que comandou a segunda equipe, voltou com certeza da import�ncia da miss�o para al�m de Mo�ambique. “Acredito que o Brasil, a partir deste momento, vai ver a miss�o humanit�ria de maneira diferente.”
Crescemos muito, aprendemos bastante”, disse. Ap�s 16 anos de carreira militar, Josias ficou aliviado em ter mais uma sensa��o de dever cumprido. “O povo de Mo�ambique nos ensinou o significado da palavra resili�ncia. Poder contribuir com uma popula��o t�o sofrida, devastada e carente de ajuda foi o mais importante dessa miss�o”, afirmou Josias. Ap�s a cerim�nia, os militares foram recepcionados pelas fam�lias. O sargento Thales Leite foi recebido pela filha, de 8 meses de idade, a esposa, Jessica Prates, de 32 anos, e a m�e, Marilda Leite, de 62, que se apegou � f� para diminuir a preocupa��o com o filho. “Estou dando gra�as a Deus, pois Ele esteve � frente o tempo todo. Agora � s� al�vio e orgulho”, celebrou.
O sargento Leite contou, emocionado, que a corpora��o levou alimento para uma aldeia que estava havia 15 dias sem abastecimento, se alimentando de caramujos. A popula��o os recebeu “como se fosse uma b�n��o”, contou.Thales est� h� nove anos no Corpo de Bombeiros, e, para ele, o aprendizado ultrapassou a experi�ncia profissional. “Foi uma li��o de vida, porque apesar das dificuldades, era um povo feliz. Tivemos um choque de realidade”, disse. A equipe vai ter 10 dias para matar a saudade de casa.
A passagem do Ciclone Idai, em mar�o, matou mil pessoas e deixou centenas de milhares desabrigadas. O Kenneth ocorreu em abril, quando a primeira equipe de bombeiros j� estava no pa�s. Ao menos 38 pessoas morreram.
