
O Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG) manteve a interna��o em hospital de cust�dia de Ezequiel Miranda Silva. Ele � acusado de assassinar a facadas a estudante Isabella Perdig�o Martins Ferreira, de 21 anos. O crime aconteceu em 2017. Em outubro do ano passado, ele foi considerado portador de ''doen�a mental associada a uma perturba��o da sa�de mental”. Diante disso, foi determinada a interna��o por tempo indeterminado. A defesa recorreu pedindo que a medida fosse alterada para tratamento ambulatorial.
O crime aconteceu em abril de 2017. Ezequiel invadiu o pr�dio onde Isabella morava, no Bairro Cora��o Eucar�stico, na Regi�o Noroeste da cidade, e a encontrou na garagem. A jovem esperava os pais para sair do pr�dio. No local, o jovem, que era vizinho da v�tima, desferiu v�rias facadas na estudante, que morreu a caminho do hospital.
O pai da universit�ria, Paulo Cesar Martins Ferreira, tamb�m foi ferido por Ezequiel, ap�s entrar em luta corporal com o vizinho na tentativa de socorrer a filha. Segundo a PM, em seguida Ezequiel subiu para o apartamento da v�tima em persegui��o � m�e e a dois irm�os da estudante. Os familiares se trancaram em c�modos do im�vel para se defenderem.
O homem conseguiu arrombar a porta do banheiro onde a m�e se escondia. Ele amea�ou a mulher, feriu-a e a colocou para fora do apartamento, ainda conforme a pol�cia. Em seguida, o homem jogou �lcool no sof� e ateou fogo. Ele acabou contido pela PM. Os irm�os da estudante foram salvos.
Interna��o
O Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG) classificou Ezequiel como portador de ''doen�a mental associada a uma perturba��o da sa�de mental'' e o considerou como isento de pena. A ju�za sumariante do 2º Tribunal do J�ri da capital, �malin Aziz Sant' Ana, determinou sua interna��o em hospital psiqui�trico por tempo indeterminado, pelo prazo m�nimo de tr�s anos. O r�u recorreu da decis�o, requerendo altera��o da medida de seguran�a de interna��o para medida de tratamento ambulatorial.
O pedido foi negado por unanimidade pelos desembargadores. A relatora do processo, desembargadora Denise Pinho da Costa Val, ressaltou que, ainda que se venha admitindo na doutrina e jurisprud�ncia a possibilidade do tratamento ambulatorial, no presente caso, “a periculosidade do acusado pode ser constatada pela pr�pria gravidade dos delitos praticados, sendo certo (...) que Ezequiel estava interessado nas v�timas Isabella e Christiana e, no dia dos fatos, matou a primeira e tentou matar a segunda, porque n�o se sentiu correspondido”.
Outro fato lembrado pela desembargadora � a pouca ades�o de Ezequiel � medica��o. “O pr�prio apelante informou que j� esteve em hospital psiqui�trico, recebeu alta m�dica com indica��o de uso de alguns medicamentos, contudo n�o os usou”. Acompanharam o voto da relatora os desembargadores Furtado de Mendon�a e M�rcia Milanez.