
Repetidos ataques a ag�ncias banc�rias e dos Correios com armamento pesado mobilizaram as for�as de seguran�a mineiras. Os resultados, pelos n�meros oficiais, apontam redu��o de 50% nesses crimes. Uma das solu��es foi treinar e armar unidades de extrema mobilidade, da Pol�cia Militar Rodovi�ria e PM de Meio Ambiente, capacitando-as a armar cercos para barrar a fuga de quadrilhas. Logo que o ataque de ontem come�ou, o comandante da PM Rodovi�ria, tenente-coronel Paulo Ant�nio de Moraes, enviou grupos para o combate aos assaltantes. Em entrevista ao EM, ele revela que nenhum dos bloqueios armados foi furado.
Quando a PM Rodovi�ria iniciou suas a��es?
Logo quando o ataque ocorreu foi lan�ada mensagem a todas as fra��es lim�trofes e de imediato o plano de chamado das unidades, pelo celular, entrou em a��o, fazendo com que todos os militares, inclusive em folga, deixassem suas casas e chegassem equipados para ir a campo. Os primeiros a iniciar os trabalhos foram os Grupos T�ticos Rodovi�rios (GTR) do Tri�ngulo. Depois vieram os refor�os, alguns de 120 quil�metros de dist�ncia, para bloquear qualquer rota de fuga poss�vel.
Qual o conceito desse cerco? Houve enfrentamento?
Planejamos um cerco no entorno de Uberaba, de forma a dificultar ou reduzir a possibilidade de fuga e a potencializar o emprego da Pol�cia Rodovi�ria e tamb�m das equipes do patrulhamento rural, que tiveram papel fundamental. N�o houve enfrentamento. Os criminosos tiveram de fugir para estradas vicinais para tentar evitar nossos pontos de intercepta��o, onde os policiais se posicionam em pontos estrat�gicos e usam at� mesmo as viaturas como abrigos. At� o momento, pelas rodovias pavimentadas n�o ocorreu nenhuma fuga e os esfor�os para cerco e bloqueio continuam.
Pode-se dizer que desta vez os criminosos encontraram um novo tipo de resist�ncia e de resposta?
A condi��o dos assaltantes vai muito da resposta que podemos dar. Numa cidade menor, eles tendem a ficar mais tempo, por encontrar menos resist�ncia e fazer a��es cinematogr�ficas. A PM investiu muito em treinamento voltado para enfrentar esse tipo de a��o. O resultado p�de ser notado com os policiais partindo para a dissuas�o, enfrentando os ladr�es e progredindo pela via, se protegendo atr�s de forte cobertura, com outros cobrindo a retaguarda. Deu para ver que desta vez os criminosos viram que n�o tinham superioridade. Afinaram e correram para tentar fugir ou se entregar. Para eles, s�o op��es melhores do que morrer sem ganhar nada, at� porque nosso sistema legal permite que voltem a ter nova oportunidade.