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Estado de Minas

'Tra�ado do sorriso' confirma v�tima 160 dias depois da trag�dia de Brumadinho

Preserva��o do cr�nio permitiu compara��o com fotos enviadas pela fam�lia de Carlos, que trabalhava para uma empresa terceirizada da Vale


postado em 05/07/2019 10:06 / atualizado em 05/07/2019 14:53

Thales Bittencourt (centro) falou sobre o processo de identificação do corpo(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS)
Thales Bittencourt (centro) falou sobre o processo de identifica��o do corpo (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS)
O corpo de Carlos Roberto Pereira, de 62 anos, uma das 270 v�timas do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, dever� ser retirado hoje por familiares para o sepultamento, depois de mais de 160 dias da maior trag�dia ambiental e humana no Brasil.

O corpo foi encontrado, praticamente, intacto e a identifica��o foi feita em 11h depois da entrada no IML e a fam�lia foi avisada horas depois da realiza��o de todos os protocolos.

O corpo chegou ao IML �s 21h10 de quarta e a fam�lia foi informada �s 17h de quinta. Em entrevista coletiva na manh� de sexta-feira (5), o superintendente de Pol�cia T�cnico-Cient�fica, o m�dico-legista Thales Bittencourt, explicou que a identifica��o foi feita pelo m�todo da arcada dent�ria. Como o cr�nio estava preservado, foi poss�vel comparar  com fotos enviadas pela fam�lia de Carlos, que trabalhava para uma empresa terceirizada da Vale.

 

O superintendente explicou que n�o foi poss�vel colher a impress�o digital tendo em vista que n�o havia as pontas dos dedos para poder coletar, os falanges. "Passamos para o processo de odontologia legal, que � a an�lise da arcada dent�ria. Foram feitas fotos da arcada dent�ria e comparadas essas fotos pelo m�todo de sobreposi��o no computador com fotos antigas da v�tima e com isso foi poss�vel afirmar com precis�o que se tratava de Carlos Roberto Pereira, 62 anos", diz.

 

Para fazer o tra�ado, os peritos pegam a foto da v�tima em vida e depois a comparam com a foto feita do corpo. "� o tra�ado da linha dos dentes. Voc� compara pega foto de indiv�duo em vida sorrindo e compara essa foto da linha dos dentes com a foto da arcada dent�ria que chegou ao IML", explica o superintendente. 


O superintendente explicou que o corpo estava preservado por ter tido a decomposi��o retardada pelo processo de saponifica��o, que pode ocorrer com corpos soterrados em ambientes  �midos. "A saponifica��o envolve o processo de prolifera��o de bact�rias nas partes moles do corpo, formando material untuoso e quebradi�o que parece um sab�o. Da� o nome de saponifica��o", diz o superintendente.

At� o momento o IML identificou 91,5% dos corpos. Dos 270 desaparecidos, 247 foram identificados. Ainda h� 137 segmentos em an�lise. Desses 30 j� tiveram a primeira identifica��o de DNA e aguardam a segunda, como determina o protocolo legista.

Em outros 30, n�o foi poss�vel obter o DNA com a tecnologia que o instituto disp�e. Est� sendo aguardada a chegada do Ilumina, equipamento importado que faz sequenciamento de DNA de forma mais avan�ada. Os m�dicos legistas dizem que, dificilmente, os segmentos podem ser de algu�m n�o identificado. No caso de serem segmentos de corpos j� identificados, muitas vezes de v�timas sepultadas, fica � escolha das fam�lias serem comunicadas.


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