
O corpo foi encontrado, praticamente, intacto e a identifica��o foi feita em 11h depois da entrada no IML e a fam�lia foi avisada horas depois da realiza��o de todos os protocolos.
O corpo chegou ao IML �s 21h10 de quarta e a fam�lia foi informada �s 17h de quinta. Em entrevista coletiva na manh� de sexta-feira (5), o superintendente de Pol�cia T�cnico-Cient�fica, o m�dico-legista Thales Bittencourt, explicou que a identifica��o foi feita pelo m�todo da arcada dent�ria. Como o cr�nio estava preservado, foi poss�vel comparar com fotos enviadas pela fam�lia de Carlos, que trabalhava para uma empresa terceirizada da Vale.
O superintendente explicou que n�o foi poss�vel colher a impress�o digital tendo em vista que n�o havia as pontas dos dedos para poder coletar, os falanges. "Passamos para o processo de odontologia legal, que � a an�lise da arcada dent�ria. Foram feitas fotos da arcada dent�ria e comparadas essas fotos pelo m�todo de sobreposi��o no computador com fotos antigas da v�tima e com isso foi poss�vel afirmar com precis�o que se tratava de Carlos Roberto Pereira, 62 anos", diz.
Para fazer o tra�ado, os peritos pegam a foto da v�tima em vida e depois a comparam com a foto feita do corpo. "� o tra�ado da linha dos dentes. Voc� compara pega foto de indiv�duo em vida sorrindo e compara essa foto da linha dos dentes com a foto da arcada dent�ria que chegou ao IML", explica o superintendente.
O superintendente explicou que o corpo estava preservado por ter tido a decomposi��o retardada pelo processo de saponifica��o, que pode ocorrer com corpos soterrados em ambientes �midos. "A saponifica��o envolve o processo de prolifera��o de bact�rias nas partes moles do corpo, formando material untuoso e quebradi�o que parece um sab�o. Da� o nome de saponifica��o", diz o superintendente.
At� o momento o IML identificou 91,5% dos corpos. Dos 270 desaparecidos, 247 foram identificados. Ainda h� 137 segmentos em an�lise. Desses 30 j� tiveram a primeira identifica��o de DNA e aguardam a segunda, como determina o protocolo legista.
Em outros 30, n�o foi poss�vel obter o DNA com a tecnologia que o instituto disp�e. Est� sendo aguardada a chegada do Ilumina, equipamento importado que faz sequenciamento de DNA de forma mais avan�ada. Os m�dicos legistas dizem que, dificilmente, os segmentos podem ser de algu�m n�o identificado. No caso de serem segmentos de corpos j� identificados, muitas vezes de v�timas sepultadas, fica � escolha das fam�lias serem comunicadas.