(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Na parada gay, Kalil dispara: 'F...-se' os que pensam o contr�rio

Prefeito encerrou breve discurso com fala que arrancou aplausos da multid�o. Evento chega � 22� edi��o relembrando epis�dio que originou o movimento do orgulho gay


postado em 14/07/2019 14:44 / atualizado em 14/07/2019 20:31

Ver galeria . 51 Fotos Com o tema 'Não aos retrocessos! Revivendo Stonewall', a 22ª Parada do Orgulho LGBT de BH ganhou as ruas do centro da capital na tarde deste domingo. A concentração começou diante do palco na Praça da Estação com discurso do prefeito Alexandre Kalil. De lá, os participantes seguiram atrás dos trios elétricos até a Praça Raul Soares Ramon Lisboa/EM/DA Press
Com o tema 'N�o aos retrocessos! Revivendo Stonewall', a 22� Parada do Orgulho LGBT de BH ganhou as ruas do centro da capital na tarde deste domingo. A concentra��o come�ou diante do palco na Pra�a da Esta��o com discurso do prefeito Alexandre Kalil. De l�, os participantes seguiram atr�s dos trios el�tricos at� a Pra�a Raul Soares (foto: Ramon Lisboa/EM/DA Press )


Diante da multid�o que curtia a programa��o da 22ª Parada do Orgulho LGBT em Belo Horizonte, na tarde deste domingo, o prefeito Alexandre Kalil disparou tr�s conselhos, como mensagem final de seu breve discurso sobre igualdade e ocupa��o da cidade. "Primeiro, (digam mais) 'n�o sei', porque isso � libertador. Depois, virem para quem est� ao seu lado e diga 'eu te amo'. E terceiro: 'F...-se' os que pensam o contr�rio. F...-se eles todos", disse, arrancando aplausos do p�blico. Antes, Kalil havia mencionado que "ningu�m manda nesta cidade a n�o ser o povo de Belo Horizonte". De acordo com a prefeitura, 200 mil pessoas acompanharam o evento.



Para relembrar o surgimento do movimento LGBT+, a comunidade saiu �s ruas da capital mineira neste domingo com o tema “N�o aos retrocessos! Revivendo Stonewall”. A tem�tica retratada tem dois pontos principais: o primeiro � a comemora��o dos 50 anos do levante de Stonewall, que marcou o surgimento do movimento social organizado LGBT e, consequentemente, das paradas no mundo. O segundo � a den�ncia sobre retrocessos nos direitos sociais e fortalecer as lutas do presente.

Prefeito Alexandre Kalil discursou na abertura da parada, na tarde deste domingo(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
Prefeito Alexandre Kalil discursou na abertura da parada, na tarde deste domingo (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)


Origens


Em junho de 1969, o Stonewall Inn, bar no Sul de Manhattan frequentado por gays, l�sbicas e transexuais, foi palco de confrontos entre seu p�blico e a pol�cia. Os dist�rbios come�aram na madrugada de 28 de junho e duraram seis dias, iniciando um movimento organizado de luta pelos direitos dos homossexuais. Isso porque at� no fim dos anos 1960, a homossexualidade era considerada uma doen�a, o sexo homossexual era ilegal nos Estados Unidos e os gays viviam de modo secreto e podiam perder o emprego ou suas casas se fossem descobertos. Nenhuma lei protegia a comunidade. Muitas vezes eram atacados nas ruas ou detidos pela pol�cia por conduta indecente.

Segundo o presidente do Centro de Luta pela Livre Orienta��o Sexual de Minas Gerais (CELLOS/MG), �rg�o organizador da Parada LGBT de Belo Horizonte, a responsabilidade de manter a mem�ria de Stonewall viva � mais que necess�ria. “As pessoas ocuparam as ruas como forma de protesto e desde esse dia estamos lutando por direitos. Isso aconteceu h� 50 anos. Lembrando que um povo sem passado (mem�ria) � um povo sem identidade. Foi relembrar nossa origem e construir pontes com o presente”, disse Azilton Viana. Viana destaca tamb�m os retrocessos vividos nos �mbitos sociais: “estamos num momento pol�tico e social de acirramento social com uma agenda conservadora de costumes com grande incid�ncia sobre as quest�es pol�ticas o que interfere na elabora��o de pol�ticas p�blicas e na supress�o de direitos.”

A primeira parada de Belo Horizonte, em 1997, ent�o conhecida como Parada do Orgulho Gay, foi promovida pela Associa��o L�sbica de Minas (Al�m), em reivindica��o pelo reconhecimento � diversidade sexual de g�nero, al�m do respeito aos direitos humanos. “Sua import�ncia est� ligada diretamente a visibilidade, orgulho e reivindica��o de direitos. Temos orgulho de sermos LGBT e exigimos respeito. A parada aumenta cada ano porque as pessoas se sentem representadas. E esperamos que continue assim”, disse Viana. Em 2018, 150 mil pessoas participaram do evento. A Cellos acredita que cerca de 200 mil pessoas participem.

A programa��o est� marcada para este domingo, na Pra�a da Esta��o, a partir das 11h. Grupos de dan�a e drag queens de Belo Horizonte se apresentam a partir das 11h. �s 16h, o cortejo sai em dire��o � Rua Guaicurus – quarteir�o entre a Avenida Andradas e a Rua da Bahia –, segue pela Rua da Bahia at� o acesso � Avenida Amazonas, atravessa a Pra�a Sete e finaliza na Pra�a Raul Soares. “Buscamos representa��o das identidades e ainda mais a valoriza��o de artistas locais. Defender e divulgar o trabalho daqueles e daquelas que atuam na noite e n�o tem oportunidade de se apresentar para grande p�blico. As pessoas que est�o todos os dias fazendo a diferen�a na cultura LGBT”, explicou. Durante o evento, alguns servi�os municipais estar�o dispon�veis para orienta��es e atendimentos nas �reas da assist�ncia social, cidadania e sa�de, em tendas de atendimento ao p�blico, disponibilizadas pelos organizadores da Parada LGBT.


Dom Walmor e evang�licos


O prefeito Alexandre Kalil disse, em entrevista, que trata o evento LGBT com "a mesma import�ncia de quando sou convidado para reunir com os pastores evang�licos, para ouvir suas reivindica��es, ou receber Dom Walmor". Para ele, "quem n�o tem a sensibilidade que est� governando para todo mundo, ou seja, para quem precisa e todos precisam, � porque est� na contram�o do que est� acontecendo hoje".


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)