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Estado de Minas

Teve o celular roubado? Saiba como bloquear o aparelho de forma f�cil

Plataforma on-line mineira permite a inutiliza��o de telefones celulares furtados, mas ainda � pouco usada


postado em 15/07/2019 06:00 / atualizado em 15/07/2019 16:39

Os celulares se tornaram alvos cobi�ados por criminosos por serem facilmente revendidos. Em tentativa de frear esses crimes, o uso de tecnologias que bloqueiam os aparelhos t�m dificultado a revenda dos telefones em mercados de produtos ilegais. O reflexo de algumas dessas iniciativas tem contribu�do para queda nas estat�sticas de viol�ncia. Em Minas Gerais, as ocorr�ncias de roubo de celulares nos cinco primeiros meses deste ano ca�ram 28% em rela��o ao mesmo per�odo de 2018, segundo dados da Secretaria Estadual de Justi�a e Seguran�a P�blica (Sejusp). O estado conta, h� um ano, com uma plataforma on-line que permite �s v�timas impossibilitar, com apenas alguns cliques, o acesso dos criminosos a informa��es pessoais, como mensagens de texto, caminhos salvos em aplicativos de GPS e contas em redes sociais.

Apesar de operar h� 12 meses, a Central de Bloqueio de Celulares (Cbloc) de Minas Gerais ainda � pouco conhecida pela popula��o. Desde o lan�amento do site do Cbloc, o servi�o permitiu o bloqueio de 15 mil aparelhos celulares. Bastante simples de usar e r�pida, a ferramenta digital une preven��o de furtos e roubos � seguran�a do usu�rio. “� uma estrat�gia de atendimento e enfrentamento ao roubo e furto, atuando dentro do tri�ngulo do crime. Diminuir valor de mercado, facilmente comercializado, com isso inibir o crime”, afirma o superintendente de integra��o da Secretaria de Justi�a e Seguran�a P�blica, Leandro Almeida. Ao usar compara��o com o tri�ngulo, ele se refere �s a��es que podem incidir na autoria, local do crime e no produto. A plataforma recebeu solicita��o de bloqueio provenientes das 19 regi�es de Minas, mas, ainda assim, o superintendente acredita que pode ser ainda mais demandada, tornando o procedimento de registro mais conhecido entre as pessoas.

A estrat�gia tem mostrado resultados nos n�meros relativos a roubos de aparelhos celulares em Minas e em Belo Horizonte. Entre janeiro e maio de 2018, as ocorr�ncias no estado somaram 20.052 registros. Nos primeiros cinco meses deste ano, os casos ca�ram para 14.343, o que representou uma diminui��o de 28,47%, segundo dados da Sejusp. Na capital, a redu��o foi ainda maior. As den�ncias de crimes desse tipo passaram de 7.569 para 5.060 no mesmo tipo de compara��o. A queda neste caso foi de 33,14%

Para o superintendente de Justi�a e Seguran�a P�blica, a inutiliza��o dos aparelhos celulares, sem que haja a possibilidade de ativa��o em nenhuma operadora de telefonia, o dispositivo perde valor no mercado ilegal, o que desestimula a a��o de criminosos. Leandro Almeida refor�a que o bloqueio tem cobertura em todo territ�rio brasileiro e impossibilita tamb�m o uso do aparelho em outros pa�ses.

A facilidade de comercializar os aparelhos celulares em mercados ilegais impulsiona o crescimento nos n�meros de roubos e furtos, que se tornaram crimes comuns. Para barrar esse tipo de crime � preciso fazer com que o celular roubado perca o valor nas transa��es ilegais. Na avalia��o do superintendente, a queda no n�mero de ocorr�ncias se deve ao conjunto de a��es de seguran�a p�blica implementadas, como a atua��o ostensiva da Pol�cia Militar de Minas Gerais, que implementou bases m�veis em locais onde os roubos s�o mais prop�cios, juntamente � medida tecnol�gica. “A redu��o deve-se a todas as a��es de seguran�a, como a atua��o significativa da PM, e soma-se o aparato tecnol�gico, convergindo na redu��o da curva de roubos e furtos”, diz o superintendente.

"Uma semana depois, me ligaram da pol�cia"


A fisioterapeuta Jessica Ribeiro, de 28 anos, teve o celular roubado em 16 de maio, em Nova Serrana. Ela fez o bloqueio na plataforma e, no dia 24, conseguiu recuperar o aparelho. O celular foi entregue por uma pessoa que havia comprado o aparelho ap�s contato com um vendedor em uma rede social e, depois de efetuar o pagamento, descobriu que o aparelho estava bloqueado, por roubo. “Assim que levaram meu telefone, as pessoas que estavam por perto ligaram para a Pol�cia Militar. Eles chegaram rapidamente, pegaram meus dados e disseram que fariam o bloqueio da minha linha”, afirma. J�ssica enviou posteriormente a identifica��o internacional de equipamento m�vel (IMEI).

“Uma semana depois me ligaram da Pol�cia Civil e disseram que tinham encontrado meu telefone. Disseram que uma pessoa anunciou a venda do meu celular em um grupo no Facebook. Na hora, quem comprou n�o viu que estava bloqueado. Por�m, tentaram colocar o chip e n�o deu certo a� levaram na Pol�cia Civil”, afirmou. J�ssica disse que ficou positivamente surpreendida com o servi�o do bloqueio e a rapidez com que recuperou o celular.

Para fazer o bloqueio, a v�tima do roubo precisa registrar o boletim de ocorr�ncia, documento que ser� anexado ao pedido na plataforma do Cbloc. Ap�s a etapa de formalizar o boletim, o pr�ximo passo � realizado na p�gina da plataforma da Secretaria de Estado de Justi�a e Seguran�a P�blica. Al�m de bloquear o aparelho, a a��o contribui para aumentar as chances de o celular ser recuperado. Ter sido identificado e bloqueado facilita no caso de o aparelho ser encontrado pelas autoridades policiais. “O cidad�o regista o boletim de ocorr�ncia, entra na plataforma digital, e, em tr�s cliques, fornece o n�mero do telefone, o que permite que a sistema fa�a o cruzamento. Tamb�m informa alguns dados pessoais, como identidade, que vai constar na ficha pessoal”, explica.

Atualiza��es contra clonagem


Todos os aparelhos celulares t�m n�mero da IMEI, que � o que a plataforma bloqueia. Por�m, para tentar burlar, os criminosos recorrem a diversas estrat�gias para clonar a identifica��o. Fazem uso de aparelhos fabricados na China e na Coreia do Sul, que apagam a identifica��o do aparelho registrado no Cadastro de Esta��es M�veis Impedidas (Cime), da Anatel (Ag�ncia Nacional de Telecomunica��es). A tentativa � burlar o sistema das empresas de telefonia, fazendo com que o aparelho ser reconhecido como v�lido. No entanto, o superintendente afirma que, em Minas, esse recurso n�o foi aplicado pelo fato de o sistema no estado ser constantemente atualizado.


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