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Estado de Minas

Veja detalhes do golpe milion�rio que enganou m�dicos e desembargadores

Conhecido como "golpe do cart�o", bandidos abordam v�timas por telefone. O grupo se passava por operadoras de cart�es de cr�dito


postado em 16/07/2019 16:55 / atualizado em 17/07/2019 08:11

Polícia Civil cumpriu o mandado de prisão preventiva de Frederico Dione Pereira Bittencourt, 27 anos, em Ribeirão das Neves, nesta segunda-feira(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Pol�cia Civil cumpriu o mandado de pris�o preventiva de Frederico Dione Pereira Bittencourt, 27 anos, em Ribeir�o das Neves, nesta segunda-feira (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Foi preso o suspeito de ser um dos l�deres da associa��o criminosa respons�vel por estelionatos praticados atrav�s do “golpe do cart�o” em Minas Gerais. O suspeito, de 27 anos, que deve integrar a quadrilha com outras quatro pessoas, se passava por operadoras de cart�es de cr�dito e ludibriava as v�timas por telefone, fazendo-as acreditar que haviam sido clonados. Depois, iam at� a casa delas, recolhiam o cart�o de cr�dito, com o qual faziam diversas compras. As informa��es foram divulgadas em coletiva de imprensa na tarde desta ter�a-feira. Pol�cia conta que a maioria das v�timas s�o m�dicos, desembargadores e ju�zes. Acredita-se que centenas de pessoas ca�ram no golpe.

As abordagens �s v�timas ocorriam por telefone. Os bandidos tinham os dados dos alvos, o que facilitava a aproxima��o. Com os nomes das pessoas, eles ligavam e se identificavam como da administradora do cart�o de cr�dito. Em seguida, perguntavam se as v�timas tinham feito uma compra de valor alto. Com a negativa, afirmavam que a pessoa teria sido v�tima de um golpe. "De alguma maneira – que n�o ser� divulgada para n�o atrapalhar as investiga��es – os bandidos captam a vitima. Ela � escolhida de acordo com o poder aquisitivo, sobretudo, pessoas com cart�es black, gold ou platinum, que tem um grande poder de compra", explicou o delegado da Pol�cia Civil Jos� Oleg�rio de Oliveira.

As investiga��es apontam que, ap�s o primeiro contato, a v�tima � orientada a desligar e discar o n�mero 0800 que fica atr�s do cart�o – n�mero verdadeiro do banco. Por�m, o que a v�tima n�o sabe � que a liga��o est� grampeada pelos bandidos por meio de um aplicativo. "Ent�o, a v�tima disca o n�mero real, mas a liga��o cai na central dos bandidos. Mais uma vez, os criminosos simulam o atendimento do banco. Eles informam que o cart�o est� sendo bloqueado e a v�tima ser� transferida para o setor de cancelamento", disse o delegado.

Depois de ganhar a confian�a das v�timas, os criminosos pedem que a senha seja digitada no telefone e, em seguida, afirmam que a v�tima ter� uma aten��o especial: pediam para a pessoa escrever uma carta de pr�prio punho dizendo que n�o reconhecia a suposta compra. A carta tinha que ser colocada em um envelope junto com o cart�o de cr�dito, pedido sob o argumento de que ele seria periciado e bloqueado. Tudo deveria ser entregue a um motoboy, que passaria na resid�ncia.

Com os cart�es em m�os, os criminosos faziam v�rias compras nas m�quinas de cart�es de cr�dito, utilizando o c�digo de seguran�a dos cart�es. "No mesmo dia o cart�o come�a a ser utilizado. Eles fazem compras em atacados de R$30 a R$50 mil reais", acrescentou o delegado.

Jos� Oleg�rio acredita que Frederico Dione Pereira Bittencourt, de 27, preso preventivamente em Ribeir�o das Neves, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, � um dos "cabe�as" da quadrilha. Ele j� teria sido preso pelo menos oito vezes pela pr�tica do mesmo crime de estelionato. Investiga��es apontam que ele � suspeito de aplicar golpes desde 2016. N�o foi poss�vel contabilizar o valor total adquirido de forma il�cida.

Foi apreendido: uma impressora,  umcomputador, celulares, diversos cart�es, material de falsifica��o de identidade, diversos videogames, entre outros. O �ltimo golpe dado deve chegar a R$ 30 mil. Outras quatro pessoas est�o sendo investigadas.

Oliveira alerta a popula��o para n�o cair no "golpe do cart�o": "O mais importante � atender a liga��o, desligar e ligar de outro telefone para o n�mero do cart�o. Assim, os bandidos n�o conseguem travar a linha telef�nica."


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