Motoristas abordados por flanelinhas no Bairro Buritis, na Regi�o Oeste de Belo Horizonte, al�m de serem extorquidos podiam ter os ve�culos arrombados pelos homens. � o que revelou a Pol�cia Civil em entrevista coletiva na manh� desta ter�a-feira.
Ontem, seis homens foram presos suspeitos de praticarem o crime. O grupo abordava, principalmente, o p�blico frequentador de casas noturnas da regi�o. Eles atuavam na Avenida M�rio Werneck, onde est� uma das mais frequentadas boates de BH. Ruas no per�metro da avenida tamb�m eram o ganha-p�o dos homens. Outros tr�s est�o foragidos.
As investiga��es come�aram h� dois meses. Conforme o Estado de Minas mostrou ontem, os ped�gios variavam entre R$ 20 e R$ 50. Os motoristas eram for�ados a pagar os valores adiantados. "E o valor dependia da pessoa e do movimento do local. Se era uma mulher, sozinha, eles se aproveitavam da situa��o de vulnerabilidade e cobrava mais caro", disse o delegado Fl�vio Grossi em coletiva de imprensa.
E o que chamou a aten��o dos policiais � fato em que, mesmo ap�s o pagamento, muitos carros eram arrombados. "Essa investiga��o come�ou devido ao grande n�mero de arrombamentos de carros na regi�o (...). Mesmo ap�s o pagamento, se houve-se algo de interessante dentro do carro, eles (flanelinhas) arrombavam o ve�culo ou indicavam para terceiros quais seriam arrombados", disse.

Segundo a pol�cia, Paulo Afonso de Oliveira J�nior, conhecido como Morceg�o, era o l�der da quadrilha. Ele distribu�a os capangas pelas ruas do Buritis. De acordo com o delegado, eles agiam de forma muito organizada. "Inclusive, usavam coletes refletores laranjas, que davam a impress�o que era algo cadastrado pela prefeitura. O colete era usado para enganar", afirmou.
Al�m de Paulo Afonso, o Morceg�o, a pol�cia prendeu Washington Martins Santos, Rodrigo Silva Bortot, Iury �talo Souza Melo, Cristiano Ribeiro da Costa, William Fernando Estevam. Os dois �ltimos, al�m do chefe da quadrilha, j� t�m passagens pelo mesmo crime. De acordo com o delegado, eles atuam na �rea h� cerca de 2 a 3 anos. Eles podem responder por furto, forma��o de quadrilha e extors�o.
O investigador afirma que os guardadores de carro s�o profissionais cadastrados. "Eles n�o podem exigir, de forma alguma, algum valor mesmo sendo cadastrados", acrescentou.