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Estado de Minas TRI�NGULO AMOROSO

Contada pelo EM, hist�ria de amor canino entre Xerife e Ol�via vira livro. Relembre

Aventuras do vira-lata que latia de paix�o por uma cadelinha e a disputava com rival inspiram obra da psic�loga Clara Feldman e das netas Isabella e Ana Clara, que ser� lan�ada no s�bado


postado em 12/09/2019 06:00 / atualizado em 12/09/2019 09:49

A psicóloga Clara Feldman e as netas Ana Clara (E) e Isabella: trio se debruçou sobre coleção de reportagens do Estado de Minas para escrever o livro (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
A psic�loga Clara Feldman e as netas Ana Clara (E) e Isabella: trio se debru�ou sobre cole��o de reportagens do Estado de Minas para escrever o livro (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)


Mais de quatro anos se passaram e o amor est� no ar – agora t�o intenso quanto a emo��o de ler um livro. A hist�ria de um tri�ngulo amoroso, com final que n�o ser� revelado aqui nem por decreto, est� nas p�ginas de Xerife e Ol�via, obra de autoria da psic�loga Clara Feldman e das netas Isabella Feldman, de 11 anos, e Ana Clara Feldman, de 9, com ilustra��es de Rafael Torres. Entre 29 de maio de 2015 e 7 de maio de 2016, o trio residente na capital se debru�ou, com afinco, sobre as mat�rias publicadas no Estado de Minas contando as aventuras do vira-lata que latia de paix�o pela cadelinha pertencente a uma fam�lia do Bairro Prado, na Regi�o Oeste da capital, e rosnava feio para Kurt Cobain, animal de estima��o da casa e tamb�m enamorado de Ol�via. O lan�amento ser� no s�bado, �s 11h, na Livraria da Rua, na Savassi, em Belo Horizonte.

Na tarde de ontem, Clara e as netinhas, que s�o primas, n�o escondiam a alegria pela finaliza��o do livro sobre a trajet�ria dos cachorrinhos que ganharam notoriedade e geraram muita conversa na cidade e at� fora daqui. “Logo na primeira reportagem, fiquei impressionada. Ent�o, guardei o jornal, embora sem saber exatamente o que fazer”, conta Clara Feldman, que colecionou todas as mat�rias publicadas e guarda os recortes numa grande pasta vermelha. Na frente, est� o desenho dos personagens principais da aventura, no instante de um beijinho carinhoso.

Os recortes do jornal alimentaram muitas horas de conversa entre av� e netas – e assim veio a ideia de eternizar a hist�ria. Clara explica: “As meninas sempre passam o fim de semana em minha casa, desde sexta-feira � noite. Ent�o, sentadas no ch�o, recostadas em almofadas, come�amos a falar sobre o tema e discutir alguns pontos. Se surgia uma palavra nova no texto, que as duas n�o conheciam, a exemplo do verbo cruzar, pesquis�vamos, juntas, o significado...o assunto rendia. E dessas conversas nasceu a obra totalmente fundamentada e inspirada nas mat�rias”.

Plateia


“Acompanhamos tudo como se fosse uma novela”
, recorda-se Isabella, que gosta da �rea de ci�ncias e se encanta com o of�cio de escritor. J� Ana Clara decidiu: ser� m�dica pediatra e demonstra o mesmo entusiasmo pela narrativa. Alunas da Escola Theodor Herzl, no Bairro Serra, na Regi�o Centro-Sul de BH, as meninas adiantam que, no fim de outubro, haver� lan�amento do livro editado pela Miguilim, na unidade de ensino. “O interessante � que h� muita gente envolvida desde o in�cio”, ressalta Clara, sobre as reportagens dos jornalistas Gustavo Werneck, M�rcia Maria Cruz, Celina Aquino, Valqu�ria Lopes e Sandra Kiefer, com fotos de Beto Novaes, Gladyston Rodrigues, Alexandre Guzanshe, Ed�sio Ferreira e Paulo Filgueiras e ilustra��es de Marcelo Lelis.

“E teve ainda a primeira pessoa que presenciou o romance no port�o da casa do Prado”, observa a psic�loga. Foi passando por ali, a caminho de casa, que a ent�o estudante de direito e hoje advogada, Clara Furbino Scapolatempore, ficou enternecida. E certa de assistir a um grande momento, no melhor estilo do filme A dama e o vagabundo, relatou a cena ao seu pai, o editor de Pol�tica do Estado de Minas, Renato Scapolatempore. Da� em diante, o romance criou asas e chegou aos leitores pelo jornal impresso e via internet.

"Naquela casa, moravam Ol�via e Kurt. Kurt era apaixonado por Ol�via. Ol�via n�o era apaixonada por Kurt (muita gente sabe o que � amor n�o correspondido... muito triste!). Um dia, quando Ol�via estava no port�o, apareceu um belo c�o preto. Ele morava na rua e deram a ele o nome de Xerife. Ol�via ficou apaixonada por Xerife. Xerife ficou apaixonado por Ol�via. Kurt latia e rosnava para o rival. Xerife passava o dia inteiro deitado no passeio esperando Ol�via aparecer. Depois de uns dias de namoro, aconteceu o primeiro beijo - atrav�s da grade do port�o..."

Trecho do livro Xerife e Ol�via, de Clara Feldman, Isabella Feldman e Ana Clara Feldman



A produ��o do livro incluiu visitas � fam�lia da dentista aposentada Cleuza Azeredo Coutinho Ferreira e da filha, Tatiana, administradora, a fim de colher mais informa��es e conhecer Ol�via bem de pertinho, os filhotes Batman, Charlotte e Clarice, da ninhada de 11 (um morreu no mesmo dia), e Kurt Kobain. A fam�lia teve a maior paci�ncia com as equipes que estiveram v�rias vezes na casa e com a plateia que se formou na porta para conhecer os bichos. Nessas idas e vindas, Clara Feldman confessou que sempre teve medo de cachorro, pois foi mordida por um aos 5 anos de idade – “na testa”. Mas quando a filha Tatiana, hoje veterin�ria ultrassonografista, completou 15 anos, a cadelinha Pipoca foi morar com a fam�lia. “Troquei o p�nico pela paix�o.”

V�deo do EM de 2016 mostra os filhotes de Xerife e Ol�via com 1 ano



A fam�lia de Cleuza � convidada especial do lan�amento do livro e dever� levar Ol�via. Em entrevista ao EM, Tatiana se mostrou feliz com a hist�ria eternizada e que tem um dos v�rtices do tri�ngulo amoroso no c�ozinho Kurt Cobain, xod� da casa, com nome em homenagem ao m�sico norte-americano (1967-1994) da banda Nirvana. O caso tem contornos surpreendentes. Ol�via sempre gostou muito de missa e foi na porta da igreja do Bairro Calafate, onde a fam�lia ia rezar, que foi encontrada. “Ela nos seguia. At� que um dia veio conosco para casa”, diz Cleuza.

Autora de muitos livros nas �reas de rela��es humanas, pois foi professora de Atendimento ao Paciente na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e rela��es amorosas (Sobre-Vivendo � trai��o e De paix�o e de cegueira), Clara est� certa de que “a reportagem mexeu com a cidade, e se tornou uma paix�o coletiva, pois junta lealdade, amizade e desperta muitos sentimentos”. Para Isabella, a li��o que fica � de amor, enquanto a lealdade chamou a aten��o de Ana Clara.



Mem�ria


Longo enredo


A hist�ria de Xerife, de pelo preto, e Ol�via, branquinha, come�ou pouco antes do carnaval de 2015, quando a administradora Tatiana de Azeredo Coutinho Ferreira acolheu a vira-lata Ol�via Palito em casa. “Ela era muito magrinha, da� o nome em homenagem � namorada de Popeye”, contou Tatiana ao EM em 27 de maio. De imediato, a cadelinha recebeu olhares de cobi�a de Kurt Cobain, ent�o com 11 anos, morador antigo e apelidado em homenagem ao guitarrista (1967-1984) da extinta banda Nirvana. Um belo dia, quando estava no cio, Ol�vio Palito fugiu. N�o tardou muito para Xerife aparecer na grade da casa da Rua Turquesa e lan�ar olhares rom�nticos para a cadelinha. Se na rua era Xerife, na casa virou Lord Voldemort, o vil�o da s�rie Harry Potter. Logo depois veio a ninhada de 11 filhotes (um morreu no mesmo dia) e o come�o de uma curiosa hist�ria de amor. 

Servi�o


Lan�amento do livro Xerife e Ol�via

Local: Livraria da Rua, na Rua Ant�nio de Albuquerque, 913, Savassi, em BH
Data: 14 de setembro, �s 11h
Editora: Miguilim 


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