A Pol�cia Civil recuperou, nesta segunda-feira (23), mais de tr�s toneladas de explosivos que haviam sido roubadas em Caet�, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, na manh� do mesmo dia. O material, semelhante a um gel altamente explosivo, seria usado, muito provavelmente, em assaltos a bancos espalhados por Minas Gerais.
No total, a corpora��o apreendeu 136 caixas do produto fabricado pela empresa Enaex Britanite. O conte�do estava distribu�do por dois pontos distintos: um nas imedia��es de Caet� e outro no distrito de Ravena, em Sabar�, tamb�m na Grande BH.
A pol�cia trabalha, agora, para prender os criminosos que executaram o roubo. Tr�s suspeitos j� foram, inclusive, mapeados. Eles t�m passagens por esse mesmo crime e s�o ligados a quadrilhas especializadas nesse tipo de delito.
Outro desdobramento diz respeito � escolta armada do ve�culo que, segundo a pol�cia, era obrigat�ria mesmo se tratando de um transporte de curta dura��o.
A ocorr�ncia
A carga estava num caminh�o-ba� da empresa Enaex. O ve�culo trafegava pelo Km 429 da BR-381, pr�ximo ao trevo de Caet�, em um ponto de subida, onde uma dupla que estava em uma moto amea�ou o motorista com uma arma.

O funcion�rio da companhia de explosivos contou ao Estado de Minas que foi for�ado a dirigir para os assaltantes durante cerca de tr�s horas. Ele disse que n�o foi amea�ado, mas entrou em p�nico durante o crime.
De acordo com o inspetor William Braga, da Delegacia Especializada de Crimes Contra o Patrim�nio (Depatri), o servi�o de intelig�ncia da Pol�cia Civil identificou os locais que as cargas haviam sido depositadas. Os explosivos seriam buscados pelos bandidos depois.
“Com certeza eles retornariam para recuperar o restante do material. Eles estavam dentro de uma Fiorino e a carga n�o cabia nele por inteiro”, explicou William Braga na sede do Depatri, localizada na Rua Lafaiete Brand�o, no Bairro Camargos, na Regi�o Oeste de Belo Horizonte.
A carga, segundo Braga, estava acobertada com folhas e galhos em um local ermo. Tudo isso para dificultar a identifica��o do material por parte das autoridades e moradores pr�ximos.
“Esse tipo de carga � produzido para explos�es em mineradoras e pedreiras, mas, para as pessoas do mal, ela tem outro tipo de utilidade”, contou o inspetor. Ele salientou, contudo, que s�o necess�rios, al�m do gel apreendido, outros complementos para efetuar explos�es de larga escala.
Poss�veis falhas
O ve�culo roubado, al�m de n�o ter escolta armada, tamb�m n�o tinha dispositivo de rastreamento. A pol�cia vai investigar o caso e, se necess�rio, aplicar� san��es � empresa de explosivos.
“Algumas das normas ficam a cargo das pol�cias estaduais e federais, que fazem o monitoramento na rodovia. Por�m, o Ex�rcito j� foi acionado para nos auxiliar na ocorr�ncia. Essa carga com certeza exigia batedores. Isso ser� investigado”, informou o inspetor William Braga.
O motorista, que n�o sofreu ferimentos, disse � reportagem que est� trabalhando na empresa h� 90 dias. Perguntado se deixar� o servi�o depois do susto, ele disse que precisa trabalhar e que tudo n�o passou de um susto.
Ele afirmou, ainda, que os criminosos n�o o amea�aram e deixaram claro, durante todo o assalto, que s� tinham interesse na carga. Al�m do motorista, funcion�rios da Enaex estavam na delegacia ontem, mas n�o quiseram conversar com a reportagem.