postado em 02/10/2019 09:21 / atualizado em 02/10/2019 15:11
Equipes fiscalizam �nibus da linha 3030 na manh� desta quarta-feira (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
Depois do ultimato do prefeito Alexandre Kalil �s empresas de transporte p�blico, que circulavam sem cobradores, a BHTrans iniciou processo de fiscaliza��o para garantir o cumprimento do acordo para contrata��o de 500 agentes de bordo. Na manh� de quarta (2), cinco equipes foram aos pontos finais dos coletivos para averiguar a presen�a dos cobradores. Nos �ltimos meses, usu�rios do transporte p�blico em Belo Horizonte apontam os riscos de o trabalho de recebimento das passagens estar sendo feito pelos motoristas.
"Desde ontem, estamos fazendo a fiscaliza��o mais espec�fica em cima das 500 novas contrata��es de agentes de bordo, que foram protocoladas pelas concession�rias da BHTrans", afirmou S�rgio Carvalho, da BHTrans. Diversas linhas est�o sendo vistoriadas: 4501, 9106, 4031, 1502, 3302A, 3039, 5503A, 341, 618, entre outras.
O sistema de transporte da capital conta com 2,9 mil �nibus coletivos, o que exige cerca de 5 mil cobradores. "A estrat�gia de aloca��o � das concession�rias. As pr�prias, dentro de sua escala, dependendo do tempo de viagem, do n�mero de ve�culos, fazem a aloca��o dos agentes de bordo", disse S�rgio.
De acordo com a legisla��o vigente, as empresas podem operar com presen�a facultativa de cobradores em algumas situa��es: nas linhas BRT/Move, em hor�rios noturnos, aos domingos e feriados e nas linhas executivas. "Fora desses dias e hor�rios previstos em lei, as concession�rias precisam operar com os agentes de bordo", afirma S�rgio.
S�rgio Carvalho, da BHTrans, detalhou a opera��o realizada hoje (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
A Lei de Agente de Bordo foi sancionada em 2012. Desde ent�o, as empresas reduziram a presen�a de cobradores nas viagens. Diante desse quadro que trouxe preju�zos aos usu�rios do transporte p�blico, foi firmado acordo com as concession�rias para a contrata��o de 500 cobradores. "O n�mero � inicialmente suficiente para que a opera��o possa transcorrer sem problemas. A BHTrans continuar� fiscalizando. Se houver indicativo que esse n�mero � insuficiente, novas contrata��es ser�o exigidas pela Prefeitura de Belo Horizonte", garante.
O regulamento atrelado aos contratos de concess�o prev�, no caso de aus�ncia do agente de bordo nas situa��es previstas por lei, multa de R$ 688,51 para cada viagem flagrada sem agente de bordo. Na fiscaliza��o feita na ter�a (1º), foram flagrados coletivos sem cobradores. "As concession�rias alegam que parte dos agentes de um est� em treinamento", informou S�rgio. Desde 2015, s�o 11 mil multas.
A auxiliar administrativa Bruno L�lis, de 24 anos, aprovou a fiscaliza��o. Ela aguardava o 3030 no ponto final no Bairro Olhos D'�gua. "Ficou muito melhor o acesso ao �nibus. Estava muito pesado o trabalho do motorista, que tinha que dirigir, prestar aten��o no tr�nsito e cobrar. Agora est� bem melhor e mais seguro". A pesquisadora de tr�nsito Fabiana Regina Silva, de 45 anos, disse que n�o havia cobrador no �nibus coletivo da linha 8001 no per�odo da manh�, �s 7h30, quando saiu de casa. "� ruim demais essa situa��o. Os motoristas est�o sobrecarregados", afirmou.
SEM PARAR NO PONTO
A pedagoga Maria do Carmo Jorge, de 75, tamb�m aprovou a fiscaliza��o. Ela comemou que, quando pegou o coletivo da linha 9106 pela manh� havia cobrador. No entanto, minutos depois, quando deu sinal para o �nibus no ponto da Avenida Crist�v�o Colombo, na Savassi, o motorista a ignorou. Apesar de ela ter dado sinal com tempo de anteced�ncia, o motorista n�o parou. "Como fazem uma coisa dessa? Estou esperando h� 45 minutos aqui no ponto", queixou-se.