O jovem que foi denunciado por abuso sexual por familiares de estudantes do Col�gio Magnum - Cidade Nova, no Bairro Nova Floresta, Regi�o Nordeste de Belo Horizonte, deve prestar depoimento � Pol�cia Civil nos pr�ximos dias. Em conversa com o Estado de Minas, ele nega as acusa��es, diz que est� vivendo um momento de extrema turbul�ncia com “acusa��es injustas”. Al�m disso, afirma que vem sendo amea�ado nas redes sociais. Imagens de c�meras de seguran�a est�o sendo analisadas.
Ao menos dois casos de abuso est�o sendo investigados. A segunda den�ncia foi levada � pol�cia no domingo � noite e relatada durante reuni�o de pais, nessa segunda-feira de manh�, convocada em car�ter de emerg�ncia. A nova suspeita envolve, assim como no primeiro caso, uma crian�a de 3 anos. Nos dois casos, Hudson Nunes de Freitas, de 22 anos, � apontado como suspeito.
O jovem afirma que est� sendo acusado injustamente. “Estou passando por este momento dif�cil e delicado. Sendo acusado de uma coisa que n�o fiz. E quando isso acontece com pessoas como eu, de classe social baixa, por quest�o de cor e ra�a, gera como��o por parte da sociedade. Estou aqui para dizer que n�o tenho culpa nenhuma. Estou pronto para qualquer tipo de declara��o sobre as investiga��es. Quero s� que esta turbul�ncia passe na minha vida”, contou.
Hudson afirma que durante o est�gio que prestava no col�gio era subordinado a um professor e n�o ficava sozinho com os alunos. “Na escola, era estagi�rio de educa��o f�sica. L�, fazia est�gio remunerado. Minha rela��o com as crian�as era no suporte que eu dava ao professor. N�o tinha autonomia nenhuma para poder tirar qualquer crian�a da aula para poder levar ao banheiro, trocar de roupa ou lev�-las para a sala de aula, ou de l� para o espa�o onde ocorriam as aulas. Antes de fazerem qualquer julgamento, precisam analisar os fatos. Estou com a consci�ncia tranquila."
O jovem n�o trabalha na institui��o de ensino desde a semana passada. Segundo ele, o comunicado do col�gio era que ele seria desligado por motivos financeiros. Por�m, n�o acredita na explica��o e diz que as acusa��es feitas por familiares de estudantes podem ter contribu�do para sua sa�da.
Advogados monitoram amea�as
Hudson deve prestar depoimento nos pr�ximos dias. Ele seria ouvido nesta ter�a-feira, mas a presen�a dele na delegacia foi adiada por causa da oitiva de familiares de estudantes e funcion�rios do col�gio. “N�s procuramos a Policia Civil. Fomos orientados a n�o ir hoje, mas foi remarcada uma nova data”, explicou o advogado Marciano Soares Andrade, que representa o jovem.
Desde que as acusa��es vieram � tona, Hudson diz que est� sendo amea�ado nas redes sociais. Os perfis est�o sendo monitorados pelos advogados. “Pessoas que fazem postagem com julgamentos antecipados podem responder por crime. A defesa est� de olho nisso e medidas ser�o tomadas”, afirmou o advogado Fabiano Lopes. A defesa conta que pais de estudantes do col�gio tamb�m criaram um grupo para apoi�-lo.
C�meras de seguran�a
Os advogados acreditam na inoc�ncia de Hudson. “Em primeiro lugar, a escola � extremamente monitorada. Existem estagi�rias pedagogas que s�o respons�veis por levar as crian�as aos banheiros, para troca de roupa e conduzir at� a sala de aula. Hudson � estagi�rio de educa��o f�sica. Ele � totalmente submisso �s ordens de um professor. N�o tem prerrogativa de tomar qualquer tipo de decis�o nas aulas”, comentou Lopes.
Por meio de nota, a Pol�cia Civil informou que instaurou inqu�rito para investigar o caso. “Os trabalhos est�o sendo realizados com todo rigor e efic�cia para que os fatos sejam esclarecidos o mais breve poss�vel. Familiares das crian�as estiveram na delegacia e receberam toda orienta��o necess�ria. A PC j� recolheu as imagens das c�meras de seguran�a do estabelecimento e ouviu os representantes da escola”, afirmou. J� foram ouvidas 18 pessoas pela equipe respons�vel pelo caso.
Posicionamento do Magnum
Por meio de nota, divulgada nesta ter�a-feira, a escola afirmou que prestou “os esclarecimentos necess�rios � Pol�cia Civil e aguarda a conclus�o das investiga��es, cujo inqu�rito tramita sob sigilo”. Em rela��o ao afastamento de Hudson, informou que “a rescis�o do contrato de est�gio visou preservar a integridade de todos os envolvidos e a transpar�ncia da apura��o do caso”.