Miss�o holandesa avalia barragens de rejeitos da minera��o em Minas
Com experi�ncia em diques, Time de Redu��o de Riscos dos Pa�ses Baixos vai analisar represas em situa��o cr�tica e em bom estado. Agentes p�blicos ser�o treinados
postado em 15/10/2019 06:00 / atualizado em 15/10/2019 08:04
O embaixador Cornelis van Rij e o adido econ�mico da Embaixada do Reino dos Pa�ses Baixos no Brasil, J�rgen Leeuwestein: negocia��es iniciadas h� seis meses (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Duasdas 33 barragens de reten��o de rejeitos de minera��o consideradas em estado cr�tico pelo poder p�blico e uma em bom estado come�am a receber uma an�lise detalhada de especialistas do Time de Redu��o de Riscos dos Pa�ses Baixos (DRRT), em um trabalho que segue at� sexta-feira. O grupo � composto por cinco profissionais da �rea de engenharia e utilizar� a atividade de campo para treinar os agentes e fiscais do Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) de Minas Gerais e da Ag�ncia Nacional de Minera��o (ANM), que sofrem com a falta de pessoal em n�meros e especializa��o para monitorar a grande quantidade de empreendimentos. Os Pa�ses Baixos – reino formado pela Holanda, na Europa Ocidental, al�m de Aruba, Cura�au e S�o Martinho, no Caribe – det�m uma intrincada rede de diques, que permite a vida de milh�es de pessoas e por isso est�o entre os melhores operadores do mundo em termos de barramentos.
No Brasil inteiro, de acordo com a ag�ncia, s�o 54 reservat�rios paralisados por falta de informa��es de estabilidade ou por apresentar �ndices de seguran�a abaixo dos preconizados pela legisla��o. A reportagem do Estado de Minas falou com exclusividade com a miss�o diplom�tica que veio a Minas Gerais para fazer os acertos em �mbitos de governos e do setor de minera��o.
Barragens candidatas a receber o pente-fino dos especialistas do DRRT n�o faltam. S� entre as que j� exigiram a remo��o de popula��es num raio aproximado de 100 quil�metros de Belo Horizonte se destacam as de Forquilha I, II, III e Grupo, do complexo de F�brica (Ouro Preto), B3/B4 da Mina de Mar Azul (Macacos/Nova Lima) e Sul Superior do complexo de Gongo Soco (Congonhas). Os m�todos de an�lise servir�o como exemplo pr�tico para os fiscais e agentes p�blicos replicarem em outras estruturas durante seus trabalhos de averigua��o e de checagem de dados para garantir a estabilidade e a evolu��o das constru��es em reparos.
As barragens devem ser selecionadas com base na disponibilidade de informa��es (geometria, materiais, sequ�ncia de constru��o, dados de monitoramento), sendo uma em situa��o cr�tica, uma a ser descomissionada (retirada de rejeitos e revitaliza��o da �rea) e outra em boas condi��es. As estruturas n�o ser�o divulgadas para que n�o haja p�nico desnecess�rio. O resultado deixar� claro qual barragem � a mais vulner�vel e qual tem prioridade para ser reparada. Al�m do trabalho com as barragens, os profissionais realizar�o workshops para o aperfei�oamento dos agentes e fiscais brasileiros.
“A miss�o foi um pedido feito pelo Minist�rio das Minas e Energia ao Reino dos Pa�ses Baixos, dado o nosso conhecimento no setor. J� enviamos miss�es a v�rias partes do mundo para ajudar e, por isso, esses profissionais est�o no Brasil”, disse o adido econ�mico da Embaixada do Reino dos Pa�ses Baixos no Brasil, J�rgen Leeuwestein. As negocia��es entre os dois governos come�aram h� seis meses.
O embaixador do reino, Cornelis van Rij, destacou que uma das �reas em que o Brasil e os Pa�ses Baixos podem trabalhar juntos � a da seguran�a de barragens, por meio de monitoramentos e checagens de solidez das barragens de diques. “(Na Holanda) N�o temos montanhas como voc�s. Nosso pa�s � muito plano. Mas temos diques que nos protegem constantemente das amea�as das �guas do mar e dos rios. Um ter�o dos Pa�ses Baixos se encontra sob o n�vel do mar. Para ter seguran�a, precisamos desenvolver um moderno sistema de monitoramento dos diques. Quando soubemos das cat�strofes ocorridas aqui, oferecemos a nossa expertise”, disse o diplomata, que considera que tanto os rejeitos das barragens nacionais quanto a �gua se comportam de forma similar e por isso o interc�mbio de t�cnicas e conhecimentos poder� ser �til.
“Os especialistas e as autoridades se reunir�o durante toda a semana com as autoridades locais e far�o visitas �s tr�s barragens a serem escolhidas. L�, averiguar�o as situa��es pelas diferentes formas. Ao final, teremos um workshop com a conclus�o desse trabalho e a troca de experi�ncias para fazer com que nossas solu��es ajudem na realidade encontrada”, afirma o embaixador Cornelis van Rij.