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Estado de Minas VIOL�NCIA

Depois de ataque a m�dica, moradores cobram mais seguran�a no Belvedere

Associa��o pede refor�o do policiamento no bairro, alvo de invas�o de casa em abril. Nessa sexta-feira, a��o foi interrompida pelo pai da v�tima, que atirou quando bandidos tentavam render sua filha. Um criminoso morreu


postado em 02/11/2019 06:00 / atualizado em 02/11/2019 07:50

Chamados para atender ao caso, os policiais chegaram em cinco minutos ao local do assalto. Ladrão baleado foi socorrido, mas terminou morrendo(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Chamados para atender ao caso, os policiais chegaram em cinco minutos ao local do assalto. Ladr�o baleado foi socorrido, mas terminou morrendo (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Mais um caso de viol�ncia no Bairro Belvedere, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, reacende debate sobre inseguran�a na regi�o. Ontem, um assalto terminou com um dos criminosos baleado. O tiro foi disparado pelo pai da v�tima, que viu a a��o da janela de casa e reagiu. O suspeito chegou a ser levado em estado grav�ssimo para o Hospital de Pronto-Socorro Jo�o XXIII, mas n�o resistiu aos ferimentos. A Pol�cia Civil instaurou um inqu�rito para apurar o caso. Moradores temem pela seguran�a no bairro e lembram de casos similares que chocaram a cidade.
"Somos visados pela aparente tranquilidade da regi�o e pelo pouco policiamento nas ruas, tememos pelo aumento da criminalidade no bairro", disse Marco Tullio Braga, presidente da Associa��o dos Moradores do Bairro Belvedere. Segundo ele, a associa��o j� solicitou refor�o do policiamento na regi�o, sem retorno. "A resposta � sempre a mesma, 'temos poucos recursos material e pessoal'", disse. A Pol�cia Militar mant�m uma base comunit�ria m�vel no bairro, no per�odo das 14h at� a meia-noite. "Mesmo assim, quando h� necessidade de atendimentos em outros lugares ou eventos na cidade, retiram o pessoal da base, e ficamos com assist�ncia somente do 190, que quase sempre alega ocorr�ncias mais importantes para atender", afirma Marco Tullio.
 
O crime de ontem ocorreu na Rua Professor Pedro Aleixo. A v�tima � uma m�dica de 35 anos que atua na sa�de da fam�lia e atendimento a v�timas de viol�ncia sexual. Ela estava saindo para trabalhar quando foi abordada pelos assaltantes, que seriam tr�s ou quatro. Assustada e temendo sofrer abuso pelos bandidos, ela gritou por socorro. Uma testemunha contou que o caso ocorreu por volta das 6h10. A m�dica abriu o port�o e nem chegou a sair com o carro da garagem, quando foi abordada por quatro homens. Dois deles a agarraram. “Ela gritava 'pode levar o carro', 'pode levar o carro'. Eles n�o queriam o carro, eles queriam entrar na casa”, contou um homem que presenciou a cena e chamou a pol�cia que, segundo ele, chegou em menos de cinco minutos.
 
O pai da v�tima tem 75 anos e � m�dico aposentado. Ao ver a filha ser atacada na rua e puxada pelos cabelos, pegou um rev�lver .38 e atirou duas vezes na dire��o dos homens. Um deles foi atingido na cabe�a e os demais fugiram em um Prisma preto levando a bolsa e o celular da m�dica. “O pai tem porte de arma. Ele tem a posse do documento legal na sua resid�ncia, est� tudo regular. A Justi�a vai indici�-lo, mas entendemos que se tratou de uma a��o de leg�tima defesa pr�pria e de terceiros”, explicou o tenente Mauro L�cio da Silva Gepar, que atendeu a ocorr�ncia na manh� de ontem. A arma do dono da casa foi recolhida. Entende-se em leg�tima defesa quem, usando moderadamente dos meios necess�rios, repele injusta agress�o, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
 
O idoso prestou os primeiros socorros ao assaltante, ainda n�o identificado, e acionou o Servi�o de Atendimento M�vel de Urg�ncia (Samu). Segundo a PM, o homem foi levado em estado grave para o Jo�o XXIII. Na rua, os policiais apreenderam uma r�plica de pistola e uma garrucha. A per�cia vai analisar se houve troca de tiros. O celular e a bolsa da m�dica foram recuperados no Morro do Papagaio, tamb�m na Regi�o Centro-Sul da capital, mas, at� o fechamento desta edi��o, os criminosos ainda n�o haviam sido localizados.
 
“Conversei com eles e est�o muito abalados. � uma trag�dia”, contou uma vizinha do m�dico. Outro vizinho contou que n�o estava em casa no momento do ocorrido, mas teme pela vida dos seus familiares. “Podia ser meu filho como ref�m, e o desfecho poderia ser pior ainda”, disse o homem, que mora h� muitos anos no bairro. Ele conta que se trata de uma rua tranquila, onde todas os vizinhos se conhecem e muitas crian�as brincam na via pela manh�. “A gente n�o deseja a morte de ningu�m, n�o quer�amos que isso acontecesse. S� queremos paz”, acrescentou. Ele lembrou do caso do morador norte-americano que foi agredido a coronhadas e chegaram apertar a orelha dele com um alicate em rua muito pr�xima de onde ocorreu a tentativa de assalto de ontem.

Outros ataques O vizinho conta que essa � a terceira vez que a casa do m�dico � invadida. Nas outras duas, a invas�o foi feita por bandidos que estavam fugindo da pol�cia. “Esse fato � recorrente, o comando (policial) esconde”, acrescentou. Em abril, um assalto no bairro chocou a popula��o. Tr�s homens fizeram uma mulher – que trabalhava na casa – e um adolescente de 12 anos ref�ns em uma mans�o no Bairro Belvedere, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte. Todos foram trancados em um dos quartos da casa. Suspeitos foram presos e apontados por integrarem uma quadrilha especializada de roubo a resid�ncias. Grupo era conhecido por aterrorizar as v�timas, amarrando os moradores e amea�ando a todo momento de arma em punho.
 
"Ficamos a ver navios, contando com a sorte e ajuda de vizinhos, principalmente em fim de semana e feriados",  afirma Marco Tullio. Ele conta que a Associa��o dos Moradores do Bairro Belvedere, implantou junto com a Pol�cia Militar, a Rede de Vizinhos Protegidos, que funciona como um grupo de comunica��o que une todos os moradores na vigia �s casas e ruas do bairro e tem contato direto com a PM. O projeto, por�m, s� p�de ser implantado em parte das casas do bairro. "Infelizmente n�o tem sido t�o eficiente quanto a promessa feita pela pol�cia. Uma den�ncia de ocorr�ncia por meio da rede, n�o � vista por eles como um pedido de socorro", afirma.
 
A Pol�cia Civil informou que o procedimento foi encerrado na Delegacia de Plant�o da Pol�cia Civil (Deplan 3). O pai da v�tima foi ouvido e, de acordo com a Pol�cia Civil, a conclus�o � de que ele agiu em leg�tima defesa, sendo, ent�o, liberado. Ainda de acordo com a pol�cial, o m�dico tem registro da arma, que foi apreendida e ser� submetida � per�cia. A pol�cia informou ainda que as investiga��es seguem em andamento. At� o fechamento desta edi��o a Pol�cia Militar n�o havia se pronunciado. 


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