
A popula��o de Montes Claros, cidade de 404, 8 mil habitantes no Norte de Minas, volta a enfrentar racionamento de �gua a partir de domingo, devido � falta de chuvas na regi�o. De acordo com a Copasa, o “rod�zio” ser� implementado com intervalos de 24 horas, ou seja: os moradores receber�o �gua em dias alternados. Para isso, a cidade ser� dividida em cinco regi�es.
O superintendente de Opera��o Norte da Copasa, Roberto Botelho, disse que Montes Claros recebe uma demanda de 950 litros de �gua por segundo. Com o rod�zio, a companha vai reduzir a oferta � cidade para 650 litros por segundo. O objetivo do racionamento � “poupar” �gua na barragem do Rio Juramento, de onde s�o retirados, atualmente, 500 litros por segundo. Com a restri��o no abastecimento da popula��o, a capta��o no reservat�rio do Sistema Verde Grande dever� cair para 300 litros por segundo.
A opera��o na barragem ser� reduzida mais ainda ap�s o in�cio das chuvas, quando a Copasa pretende elevar a capta��o no Rio Pacu�, onde tem outorga para a retirada at� 345 litros por segundo – sendo que, atualmente, devido a seca, est� captando 100 litros por segundo.
Roberto disse ainda n�o tem data estipulada para o t�rmino da restri��o no abastecimento. Mas, a previs�o � que o racionamento dever� continuar at� o volume do reservat�rio Rio Juramento ultrapassar 50% da capacidade. Ele disse que a Copasa orienta os moradores a economizarem. “A popula��o precisa se conscientizar da necessidade do uso racional da �gua”. Devido �s sucessivas estiagens prolongadas no Norte de Minas, a popula��o de Montes Claros j� enfrentou a restri��o nas torneiras de suas casas durante quase tr�s anos.
O racionamento foi iniciado na cidade em outubro de 2015, quando o volume da barragem do Rio Juramento, ent�o respons�vel por 65% do abastecimento da cidade, caiu para 15% devido � seca, prosseguindo at� setembro do ano passado. As chuvas dos �ltimos quatro anos n�o foram suficientes para a recupera��o da barragem do Rio Juramento. De acordo com a Copasa, no ano de 2015, foram registrados apenas 468 mil�metros de chuvas na regi�o do manancial, onde o regime pluviom�trico melhorou em 2016 (1.014 mil�metros), mas voltou a cair em 2017 (820 mil�metros). Em 2018, foram registrados 1.092 mil�metros na regi�o, ainda insuficientes para a recupera��o do volume da barragem.
Diante da redu��o no volume da barragem de Juramento, em julho de 2017, a Copasa iniciou a constru��o de uma adutora de uma adutora com 56 quil�metros de tubula��o, or�ada em R$ 135 milh�es, visando evitar o colapso no abastecimento na maior cidade do Norte do estado. A adutora entrou em opera��o em agosto de 2018 e um m�s depois, a Copasa decidiu suspendeu o rod�zio.
Na ocasi�o, por meio das redes sociais, moradores questionaram o fim do racionamento, considerando a continuidade das estiagens prolongadas e o fato de que a barragem de Juramento ainda n�o tinha recuperado o seu volume, al�m do aumento popula��o e a limita��o do Rio Pacu�. Ontem, o superintendente de Opera��o Norte, Roberto Botelho, negou que tenha ocorrido falha ou erro estrat�gico por parte da empresa.
Segundo ele, ao colocar fim no racionamento em Montes Claros no segundo semestre do ano passado, a companhia de saneamento levou em considera��o que entre 1º de outubro e 13 de novembro de 2018 foram registrados 327 mil�metros de chuvas na �rea do reservat�rio de Juramento. A expectativa era que, “dentro da normalidade”, a quantidade de chuvas se repetisse no mesmo per�odo deste ano, o que n�o ocorreu, sendo registrados apenas 47,5 mil�metros na barragem. O atraso nas chuvas obrigou a volta do rod�zio no abastecimento, justificou. Ainda segundo ele, a previs�o � que chuvas intensas na regi�o devem ocorrer mesmo em dezembro e janeiro.