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Estado de Minas

Dengue: novo ciclo de combate come�a e sa�de ainda conta mortos do anterior

Com chegada da chuva, estado relan�a campanha de combate lidando com reflexos do per�odo cr�tico anterior, com 94 mortes em investiga��o


postado em 20/11/2019 06:00 / atualizado em 20/11/2019 08:51

Com o fim da estiagem, combate aos criatórios do mosquito volta a ser intensificado. Desde outubro, número de casos voltou a subir em Minas após quatro meses de queda(foto: Leandro Couri/EM/DA Press - 2/8/19)
Com o fim da estiagem, combate aos criat�rios do mosquito volta a ser intensificado. Desde outubro, n�mero de casos voltou a subir em Minas ap�s quatro meses de queda (foto: Leandro Couri/EM/DA Press - 2/8/19)


A dengue n�o d� tr�gua este ano em Minas Gerais e um novo per�odo chuvoso, prop�cio para a reprodu��o do mosquito Aedes aegypti, come�a com a �rea de sa�de ainda lidando com os reflexos da epidemia iniciada em janeiro. At� segunda-feira o balan�o da doen�a bateu em quase meio milh�o de casos prov�veis. S�o 484.779 pessoas, entre confirma��es e suspeitas, sob a amea�a do v�rus que j� provocou comprovadamente 153 mortes este ano. A Secretaria de Estado de Sa�de (SES) lan�a hoje nova campanha para combater focos do mosquito, enquanto continua a contar v�timas do ciclo anterior: ainda h� 94 �bitos em investiga��o no estado, o que pode levar o n�mero a ultrapassar as 208 vidas perdidas em 2016, quando os mineiros enfrentaram a pior epidemia da virose, com 517 mil registros.

Com a chegada de mais uma temporada de chuva e calor, infectologistas alertam que o v�rus mais agressivo, o sorotipo Denv2, mais comum ao longo do �ltimo ciclo, deve manter sua predomin�ncia. “A minha expectativa n�o � muito boa. Temos ainda o v�rus tipo 2 e milhares de pessoas suscet�veis a ele, o mais agressivo, com casos mais graves”, afirma o infectologista Carlos Starling, um dos diretores da Sociedade Mineira de Infectologia.

A an�lise laboratorial da secretaria constatou que o sorotipo Denv2 da dengue explodiu em 2019 e teve maior preval�ncia. O v�rus mais nocivo foi respons�vel pela epidemia da doen�a. At� �ltima segunda-feira, data da divulga��o do mais recente boletim epidemiol�gico pela secretaria, as 484.779 notifica��es de casos suspeitos e confirmados superam em mais de 16 vezes o n�mero do ano passado, com 29.987 notifica��es e 12 mortes. Os �bitos neste ano chegam a 153, mais de 12 vezes os de 2018. Outro fator de preocupa��o � que o n�mero de registros voltou a subir em outubro, depois de quatro meses de queda.

Starling n�o identifica medidas que fa�am prever a redu��o da incid�ncia no pr�ximo ciclo do mosquito da dengue. “As condi��es de procria��o do Aedes continuam as mesmas e n�o tivemos altera��o significativa de combate. � medida que come�am as chuvas, os ovos do mosquito eclodem. Isso � um ciclo natural”, diz. Em levantamento feito em outubro pela Sa�de estadual, que investigou criadouros do mosquito, o governo identificou que 15 munic�pios mineiros (2%) est�o em situa��o de risco para um surto da dengue e outros 242 (30%) est�o em alerta.

Os focos foram encontrados, principalmente, em dep�sitos de �gua, seguidos de domic�lios e em locais de ac�mulo de lixo. Entre os 39 munic�pios que comp�em a unidade regional de sa�de Belo Horizonte, nove est�o em alerta em rela��o ao surto: Esmeraldas, Brumadinho, S�o Jos� da Lapa, M�rio Campos, Igarap�, Matozinhos, Florestal, Juatuba e Bonfim.

Combate


A Secretaria de Estado da Sa�de anunciou que o lema da nova campanha ser� “Quando voc� culpa o vizinho, o mosquito ganha terreno”. O objetivo � refor�ar a percep��o de que a responsabilidade para acabar com os focos do Aedes aegypti � de todos. Segundo a secretaria, dep�sitos de �gua, pratinhos de plantas, bandejas de geladeira, de umidificadores, aparelhos de ar-condicionado e filtros d'�gua, al�m de garrafas retorn�veis e lixo s�o locais mais frequentes para a prolifera��o do transmissor da dengue, tamb�m respons�vel pela dissemina��o da chikungunya, zika e febre amarela.

A divulga��o da campanha de combate � dengue, cujos detalhes ser�o conhecidos hoje, � aguardada com expectativa. “O combate n�o pode ser apenas no momento em que come�am as chuvas. Tem que acontecer diuturnamente, o ano inteiro. Para que os focos sejam eliminados ainda em fase ovo”, observa o m�dico Carlos Starling.

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)


Professor da universidade Unifenas, o m�dico infectologista Ant�nio Toledo J�nior, cobra mais investimento em novas tecnologias e m�todos de combate � doen�a.“� dif�cil, porque n�o h� uma perspectiva de mudan�a, de novas solu��es e tecnologias. � necess�rio investir em pesquisa”, afirma. Ele tamb�m aposta na continuidade da preval�ncia do tipo mais perigoso da dengue.

“A cada tr�s anos h� um grande surto e isso depende do v�rus em circula��o. No fim do ano passado, houve a reintrodu��o desse sorotipo (Denv2), para o qual muitas pessoas ainda n�o tinham imunidade”, explica. Por causa da grande incid�ncia, ele acredita que, no pr�ximo ciclo, a transmiss�o da doen�a seja um pouco menor.

Minas Gerais registrou quatro grandes epidemias de dengue, em 2010, 2013, 2016 e neste ano. At� o momento, 2016 registrou o pior quadro, com 517.830 casos e 208 mortes (veja arte). Em 2019, o maior n�mero de casos foi registrado no fim de abril e in�cio de maio, per�odo no qual, em anos anteriores, o total de casos estava recuando. Em novembro, foram at� segunda-feira 402 registros.


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