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Estado de Minas

Combate ao Aedes aegypti: 2019 foi o segundo pior ano em casos da dengue

A Secretaria de Estado da Sa�de lan�a campanha 'Quando voc� culpa o vizinho, o mosquito ganha terreno' para mobiliza��o da sociedade


postado em 20/11/2019 11:27 / atualizado em 20/11/2019 15:16

Secretário de saúde Carlos Eduardo Amaral (centro), o secretário adjunto Marcelo Cabral (esquerda) e o subsecretário Dário Brock Ramalho (direita)(foto: Paulo Filgueiras/EM/DA PRESS)
Secret�rio de sa�de Carlos Eduardo Amaral (centro), o secret�rio adjunto Marcelo Cabral (esquerda) e o subsecret�rio D�rio Brock Ramalho (direita) (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA PRESS)
Os n�meros n�o deixam d�vida que 2019 foi um dos piores na incid�ncia da dengue em Minas Gerais, estado com maior casos no pa�s. Diante desse quadro, a Secretaria de Estado da Sa�de quer o apoio da popula��o no combate ao mosquito Aedes aegypti. A mobiliza��o social � uma das principais apostas para controlar a transmiss�o feita pelo mosquito. Diante desse quadro de epidemia, foi lan�ada a campanha  'Quando voc�  culpa o vizinho, o mosquito ganha terreno'

 

A campanha ter� dois focos: t�cnico, de planejamento do combate � dengue nos �mbitos municipais e estadual, e a mobiliza��o social, que busca o engajamento das pessoas. "Vamos lan�ar a campanha nas m�dias tradicionais e sociais, teremos eventos de preven��o da dengue e tentar mobilizar a sociedade. Estamos fazendo reuni�es com v�rios grupos e lideran�as para capilarizar o combate para o interior do estado. Queremos um grupo que lidere para que a gente possa chegar a cada casa e a cada cidad�o para acabar com a dengue", afirma o secret�rio estadual de sa�de, Carlos Eduardo Amaral.

 

At� 18 de novembro, Minas Gerais registrou 484.779 casos prov�veis (casos confirmados e suspeitos) de dengue. Cento e cinquenta e tr�s pessoas morreram em decorr�ncia de complica��es da doen�a em 47 munic�pios mineiros.  Outras 94 mortes est�o sob investiga��o. 

 

O secret�rio acredita que, em 2020, a incid�ncia da doen�a deve ser menor, uma vez que as epidemias t�m sido recorrentes a cada tr�s anos.  "A cada tr�s anos nos temos uma grande epidemia. Isso j� vem sendo notado. Em 2020, esperamos que seja menor, � dif�cil garantir, mas � o que a gente espera. Mas tamb�m sabemos que, daqui a tr�s anos, teremos risco de uma nova grande epidemia", diz. Em fun��o dessa previs�o, o secret�rio destaca que � fundamental a mobiliza��o social da popula��o.

 

O Aedes aegypti est� cada vez mais resistente aos m�todos convencionais de combate, como o uso de inseticidas.  "Para combater temos a��es de longo prazo com tecnologia que ser� incorporada, mas isso demora um pouco, como vacinas e a bact�ria wolbachia que limitar� a tansmiss�o. Associar � sociedade � fundamental n�o s� para a dengue, mas para as outras epidemias que podem vir", diz.

 

O secret�rio destaca que 80% dos focos do Aedes est�o dentro dos im�veis. "Temos muita limita��o para entrar nos im�veis. Temos os agentes comunit�rios de sa�de e agentes de epidemia. Eles v�o, mas n�o d� para ir toda semana. Quem tem que fazer isso toda semana e ter percep��o de cuidado � a sociedade. N�o adianta s� cobrar do outro, do vizinho, tenho que fazer minha parte. Toda semana olhar dentro de casa e ver se tem um foco em casa ou n�o", afirma o secret�rio.

 

O combate ao mosquito s� pode ser eficaz se houve uma parceria com as prefeituras municipais, muitas delas passam por dificuldades econ�micas, dificultando a implementa��o de a��es preventivas. O secret�rio informou que repasasr� recursos aos munic�pios. "J� transferimos R$ 12 milh�es no come�o do ano e ser�o transferidos mais R$ 10 milh�es para a aten��o prim�ria", disse. O secret�rio afirmou que o repasse � para a��es gerais, embora haja uma orienta��o para que parte seja empregada no combate � dengue.

 

 

Mudan�a no controle

 

 "O ano de 2019 foi bastante duro. Foi o segundo pior ano na nossa hist�ria. Tivemos quatro anos, particularmente, duros: 2010, 2013, 2016 e 2019. Isso � provido pela presen�a universal do Aedes aegypti", afirmou o subsecret�rio em vigil�ncia e sa�de, D�rio Brock Ramalho.  O combate n�o � somente � dengue. Ao combater o mosquito tamb�m se faz o controle de outras doena�as. O Aedes transmite quatro v�rus dengue, zika e chikungunya.

 

O mosquito foi erradicado em dois momentos no Brasil, nas d�cadas de 1950 e 1970. No entanto, de l� para c�, o mosquito se fortaleceu. Em 2003, o programa nacional de erradica��o se transformou em programa de controle do inseto. "H� 16 anos, foi reconhecido que n�o temos ferramentas para erradicar o Aedes. Hoje, caminhamos para uma conviv�ncia com o mosquito. Por isso, a �nfase � no sentido da mobiliza��o", diz D�rio.  O subsecret�rio defende que parte da solu��o pode ser o reconhecimento que n�o tem como erradicar o mosquito.

 

Com o uso da wolbachia e com as vacinas contra a dengue pode haver um controle mais efetivo. A wolbachia  � uma bact�ria natural presente em 60% dos insetos. "O Aedes n�o tem a wolbachia. Acreditamos que esse seja um dos motivos que fazem com que o mosquito dissemine as doen�as", diz o subsecret�rio.

 

A tecnologia da wolbachia est� em processo de implanta��o em Minas. A vacina estar� dispon�vel para popula��o em m�dio prazo. J� existem tr�s vacinas. "Se voc� imaginar que podemos ter pessoas imunizadas pelas vacinas em larga escala, mas o mosquito 'imunizado', conseguimos  ter vacina��o de rebanho. Come�a a ter mecanismos de bloqueio. Come�a a bloquear o caminho do v�rus", diz. 

 

 


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