
Uma joia singela e delicada do patrim�nio mineiro foi de novo lapidada, pela restaura��o, para valorizar o patrim�nio do estado. Ap�s um ano, foi conclu�do o trabalho na Capela de Nosso Senhor dos Passos, no distrito colonial de C�rregos, em Concei��o do Mato Dentro, Regi�o Central de Minas Gerais. O trabalho foi acompanhado pelos t�cnicos do Instituto Estadual do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico (Iepha-MG), com investimento de R$ 697,8 mil. De acordo com a institui��o, foram contemplados os elementos art�sticos do altar do templo e a imagem de Nosso Senhor dos Passos.

Em reportagem publicada em dezembro de 2018, o Estado de Minas mostrou a beleza de C�rregos, com montanhas ao fundo, o casario formado por constru��es singelas, espa�o gramado e um clima de paz que une a Capela de Nosso Senhor dos Passos � Igreja Matriz de Nossa Senhora Aparecida, de 1722. Nascido no in�cio do s�culo 18 e distante 24 quil�metros da sede do munic�pio, o distrito come�ava a ser beneficiado pelo programa especial do Iepha. Na �poca, a presidente da institui��o, Michele Arroyo, resumiu: “Vamos preservar a estrutura urbana, que � bem t�pica do per�odo colonial, com caracter�stica local”.
PRECIOSIDADES Considerado o mais antigo povoado de Concei��o do Mato Dentro, C�rregos, com 400 moradores, re�ne “preciosidades hist�ricas que, em cen�rio buc�lico e interiorano, conserva muito da atmosfera dos primeiros tempos dos faiscadores que se debru�avam sobre o Rio Santo Ant�nio em busca dos metais preciosos”, de acordo com pesquisas do Iepha. Entre as heran�as do per�odo colonial, destaca-se a Matriz dedicada a Nossa Senhora Aparecida, reconhecida como patrim�nio cultural de Minas.
O povoado foi fundado no in�cio do s�culo 18 por um grupo de bandeirantes chefiados por Gaspar Soares, Manuel Corr�a de Paiva e Gabriel Ponce de Leon, e o desenvolvimento se deu em fun��o da explora��o mineral, que entre as v�rias t�cnicas de minera��o, usou uma bastante curiosa que empregava o aquecimento das rochas com fogo de lenha: ap�s aquecidas, elas recebiam o choque t�rmico e o impacto das �guas do rio, ent�o represadas. O resfriamento s�bito provocava o rompimento das rochas facilitando o trabalho dos mineradores.
Segundo o Iepha, a matriz constru�da em adobe e madeira � formada pela nave, capela-mor e corredores laterais, seguidos por sacristia. A fachada se assemelha ao modelo adotado em templos com torre sineira �nica central. Um detalhe que chama aten��o est� na ilumina��o natural da capela-mor, proporcionada por duas aberturas envidra�adas, localizadas bem pr�ximas ao altar-mor, em cada uma de suas laterais.