Casal com sintomas de intoxica��o ap�s beber Belorizontina presta depoimento

Um casal de Belo Horizonte est� entre as pessoas que ser�o ouvidas pela Pol�cia Civil nesta quarta-feira em continuidade �s investiga��es do caso da cervejaria Backer. Eles apresentaram sintomas de intoxica��o ap�s ingest�o da cerveja Belorizontina, chegaram a ficar internados, mas hoje continuam o tratamento em casa. No entanto, segundo eles, ainda n�o h� resultado para o exame toxicol�gico que pode comprovar se h� dietilenoglicol no organismo deles. 

A estagi�ria de administra��o Geovana Silva Bastos, de 22 anos, e o namorado dela, o auxiliar administrativo Caio C�sar Moreira do Nascimento, de 18, foram os primeiros a chegar na delegacia da Pol�cia Civil no Bairro Estoril, Regi�o Oeste da capital, na manh� desta quarta-feira. Eles consumiram a cerveja Belorizontina no �ltimo dia 4 em uma boate no mesmo bairro. Os primeiros sintomas surgiram no in�cio da semana seguinte. 

“Ele pegou uma long-neck da Belorizontina, eu dei um gole e ele tomou o resto. No domingo, a gente j� acordou com uma dor bem no pesco�o, que subia e irradiava para a cabe�a”, explicou Geovana. Na segunda-feira, ambos ainda passavam bem. “Na ter�a, meu olho direito j� estava bem turvo, incomodando bastante. � noite, a gente ficou sabendo pelos notici�rios do que estava acontecendo. Mas at� ent�o a gente n�o acreditava que era isso, tanto que na quarta-feira a gente recebeu l� no servi�o, no grupo, muita gente falando que era fake news”, disse.

Na quinta-feira, ela sentiu fraqueza e dor abdominal. No dia seguinte, o namorado n�o conseguiu ir trabalhar e come�ou a vomitar com tra�os de sangue. Foi quando ambos resolveram ir a um hospital e foram internados. O estado de sa�de de Caio era pior que o dela, segundo conta. 

“Ele entrou sexta-feira e saiu domingo, ap�s os exames terem sido repetidos e n�o ter nenhuma altera��o a mais nos exames de sangue, de fun��o renal e hep�tica. A� eles liberaram porque o caso desenvolve mais no prazo de 72 horas e ficamos nesta observa��o”, disse Geovana, completando que eles foram liberados para evitar que contra�ssem infec��es. “E o exame fica pronto em at� 30 dias. Mas eles n�o ficariam com a gente neste prazo sendo que n�o est�vamos mais em fator de risco”, afirma. 

Exames realizados pelo casal no Hospital J�lio Kubitschek deram negativo para outras doen�as como dengue, chikungunya e leptospirose. Eles tamb�m foram procurados por representantes do Minist�rio da Sa�de. “Eles chamaram para a gente fazer o depoimento, para contar como foi o caso, quais os sintomas que a gente teve, pra verificar onde consumiu. Mas essa quest�o de onde consumiu tudo foi notificado j� no hospital”, disse a estagi�ria sobre o depoimento.  

Caio C�sar contou que bebeu apenas uma cerveja de 350 ml para experimentar. "Os sintomas apareceram no mesmo per�odo que as not�cias come�aram a circular. E ainda estou passando mal at� hoje. Preciso de tomar medicamento para as dores abdominais", contou ap�s prestar depoimento nesta manh�. "Eu quero que a justi�a seja feita. Vamos aguardar a confirma��o para pensar quais medidas ser�o tomadas", acrescentou. Ele disse que ficou muito assustado ao saber das quatro mortes suspeitas relacionadas. "Fiquei com muito medo", afirmou. Ele aguarda os pr�ximos passos da investiga��o. Outras duas pessoas devem ser ouvidas na tarde de hoje. 

At� o momento, 22 casos de intoxica��o por dietilenoglicol, subst�ncia t�xica encontrada em alguns lotes de cervejas da Backer, foram notificados. Quatro deles foram confirmados, sendo um de uma pessoa que morreu. Dezoito est�o em investiga��o. Um paciente de Capelinha, no Vale do Jequitinhonha, recebeu alta ap�s ficar internado no Hospital Jo�o XXIII.