
Al�m de conviver com a incerteza de quando voltar para casa em fun��o do risco de desabamento provocado pelas chuvas em �reas de risco na capital, uma fam�lia ainda passou por um grande susto na noite dessa segunda-feira em um abrigo. Segundo uma mulher, o filho dela, de apenas 10 anos, foi v�tima de ass�dio sexual de um homem que estava no local e fugiu.
O caso foi relatado ao Estado de Minas nesta manh� pela m�e da v�tima, que mora no Bairro Jardim Alvorada, Regi�o da Pampulha. Ela pediu para n�o ser identificada para proteger a crian�a. A comunidade foi uma das mais atingidas pela chuva intensa na cidade no �ltimo fim de semana. L�, quatro pessoas morreram em um deslizamento de terra.
A fam�lia da mulher ouvida pela reportagem foi levada para uma hospedagem na Regi�o Leste de Belo Horizonte pouco depois das mortes no bairro. Segundo ela, o local teria sido alugado pela prefeitura para abrigar pessoas que tiveram que sair de casa por seguran�a, mas tamb�m recebe pessoas que v�m do interior em busca de atendimento m�dico, entre outras.
“Ontem fui pegar umas doa��es l� embaixo. Meu filho estava brincando no corredor e o cara o chamou, 'vem c�'. Quando ele entrou, ele estava pelado e o cara falou 'voc� vai ficar comigo'. Meu filho saiu correndo, gritando. Os meninos tentaram bater nele (suspeito). A mo�a da pousada o segurou, mas ele fugiu. Os port�es ficam abertos. Deixou a cueca na escada”, contou a mulher ao EM nesta ter�a-feira.
A fam�lia registrou um boletim de ocorr�ncia na noite passada. Segundo a Pol�cia Militar (PM), consta no documento que a m�e soube do caso por meio da irm� e do cunhado. O menino procurou a tia dizendo que o homem o chamou para entrar em um quarto. Ele confirmou aos policiais que disse isso, e que o homem estava de cueca. A tia da crian�a disse aos policiais que foi at� ele tirar satisfa��es, mas ele n�o conseguia se explicar. Ent�o, ela chamou o companheiro. Foi quando o suspeito saiu correndo.
Segundo a PM, uma outra pessoa que est� abrigada na hospedagem disse que o homem estava no local desde a semana passada, usou drogas l� e seria morador de rua. A representante do local confirmou que tomou conhecimento do caso, mas n�o sabem quem � o homem. Ela disse que as pessoas que entram na unidade s�o cadastradas na portaria e que o im�vel possui c�meras, mas s� o gerente tem acesso �s imagens.
A m�e teme que o homem volte � hospedagem. “Ele saiu, mas a gente n�o sabe se ele pode voltar... Pode entrar qualquer pessoa... Eu creio que ele est� inscrito. E se ele est� inscrito l�, ele pode voltar”, disse a mulher. “Fizemos boletim de ocorr�ncia estamos esperando a foto para levar para a Pol�cia Militar. S� que at� para ir levar para a pol�cia a gente n�o tem dinheiro. Estamos totalmente isolados”, lamentou.
A Pol�cia Civil informou que a Delegacia Especializada de Prote��o � Crian�a e ao Adolescente ser� a respons�vel pelas investiga��es e realiza as primeiras dilig�ncias.
A Pol�cia Civil informou que a Delegacia Especializada de Prote��o � Crian�a e ao Adolescente ser� a respons�vel pelas investiga��es e realiza as primeiras dilig�ncias.
A Prefeitura se pronunciou sobre o caso por meio de nota, informando que a hospedagem foi a medida mais segura encontrada no momento para retirar as fam�lias das �reas de risco e que, no caso da fam�lia que fez a den�ncia, foi ofertada a op��o de transfer�ncia para outra pousada, al�m de atendimento psicossocial. No entanto, a reportagem voltou a entrar em contato com os denunciantes pouco depois do meio-dia e, tanto a tia quanto a m�e da crian�a negaram ter sido procuradas pela prefeitura desde ontem. Leia na �ntegra a nota da PBH:
"A hospedagem � uma medida provis�ria e excepcional para salvar as vidas das pessoas que precisaram deixar emergencialmente as suas casas que est�o em risco devido �s chuvas. A Prefeitura de Belo Horizonte fez essa op��o por considerar que � a medida mais protetiva poss�vel para o momento, evitando a instala��o de abrigos em locais que n�o est�o preparados para essa finalidade, como gin�sios ou escolas. Apenas as fam�lias atingidas e que optaram pelo acolhimento foram levadas para as pousadas.
Imediatamente ap�s a suposta tentativa de viola��o, t�cnicos sociais presentes no local realizaram uma r�pida interven��o para garantir a apura��o dos fatos, na orienta��o � fam�lia e acionamento dos agentes de seguran�a. Buscando garantir a seguran�a da fam�lia, foi ofertada a transfer�ncia para outra pousada, al�m de atendimento psicossocial e orienta��o jur�dica. A Guarda Municipal ir� intensificar a presen�a no local e o controle de entrada de pessoas tamb�m ser� refor�ado (uso de pulseiras). Est�o sendo planejadas a��es de conviv�ncia e socioeduca��o para as fam�lias que permanecem acolhidas e tamb�m a cria��o de assembleias di�rias para informa��es, e media��o de conflitos."