Bab� formada em direito � acusada de dopar crian�as em BH
Pol�cia Civil cumpriu mandado de pris�o tempor�ria na casa da suspeita, onde foram encontrados v�rios medicamentos de uso controlado; Mulher com passagem por furto foi contratada em site gratuito
postado em 20/02/2020 12:08 / atualizado em 20/02/2020 20:52
Let�cia Diz Ramos Queiroz Leoni, de 43 anos, � suspeita de dopar crian�as (foto: Pol�cia Civil/Divulga��o)
Uma bab� bem qualificada foi motivo de desespero para a m�e de duas crian�as em Belo Horizonte. Let�cia Diz Ramos Queiroz Leoni, de 43 anos, bacharel em direito, bil�ngue, cordial e moradora do Bairro S�o Pedro, na Regi�o Centro-Sul da capital. Esse � o perfil que chamou aten��o da empres�ria ao escolher quem cuidaria de seus filhos aos finais de semana. No entanto, a hist�ria acabou no desespero da m�e. A bab� foi presa, nessa quarta-feira, suspeita de tentativa de homic�dio de uma menina de tr�s anos.
A fam�lia que contratou a bab� mora no Bairro Bandeirantes, na Regi�o da Pampulha. A mulher cuidava de duas crian�as, uma de 2 anos e outra de 3, aos s�bados e domingos. A m�e j� havia percebido que elas ficavam sonolentas e indispostas quando estavam com a cuidadora.
Na primeira semana de janeiro, um de seus filhos estava passando mal, foi quando a empres�ria flagrou a mulher colocando medicamento no suco do outro filho. Ela disse que seria um fitoter�pico para acalmar a crian�a. No entanto, a m�e afirma que era clonazepan, princ�pio ativo de ansiol�ticos como Rivotril. Nesse momento, a bab� teria ficado nervosa e fugiu da casa.
Como a filha de tr�s anos j� estava se sentindo mal, a fam�lia, ent�o, acionou o Samu. Ela foi levada para o Hospital Mater Dei, onde a menina ficou internada por dois dias. Segundo as investiga��es, os m�dicos afirmaram que, se a crian�a n�o tivesse chegado a tempo, ela poderia ter morrido. Assim que a menina teve alta do hospital, a m�e procurou a pol�cia para denunciar o caso.
Diversos medicamentos foram encontrados na casa da suspeita (foto: Pol�cia Civil/Divulga��o)
A suspeita foi presa na quarta-feira em cumprimento de mandado de pris�o tempor�ria. Em mandado de busca e apreens�o na casa da bab�, foram encontrados diversos medicamentos tarja preta, de uso controlado, que ela afirmou que seria para uso pessoal.
As investiga��es ainda est�o em curso na Delegacia Especializada de Prote��o � Crian�a e ao Adolescente. Em depoimento, Let�cia negou as acusa��es e explicou ter colocado o fitoter�pico no vidro de rem�dio. Entretanto, segundo a pol�cia, relat�rios do atendimento m�dico comprovaram a intoxica��o da crian�a por clonazepan.
Let�cia tem passagem policial por furtos em supermercados e lojas. Ela foi contratada em uma plataforma online gratuita que n�o faz an�lise dos profissionais. “Solicitamos ao aplicativo que intermediou a contrata��o todos os poss�veis contratos que a investigada possa ter feito com outras fam�lias, e vamos verificar se outras crian�as que estiveram sob os cuidados dela n�o foram intoxicadas tamb�m”, disse a delegada Renata Ribeiro.
“Por isso a import�ncia de divulgar o nome e imagem dessa suspeita, j� que podem existir outras v�timas", acrescentou. Ainda segundo a delegada, a plataforma n�o deve ser responsabilizada pois apenas colocava em contato pais e profissionais. “� diferente de uma ag�ncia de bab�s”, exemplifica.
Delegadas Elenice Batista Ferreira e Renata Ribeiro Fagundes deram detalhes do caso (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A. Press)
A delegada Elenice Cristine Batista Ferreira, tamb�m alerta para contrata��es de profissionais. “Precisamos estar atentos �s pessoas que colocamos dentro das nossas casas; � preciso checar as refer�ncias, pedir atestado de antecedentes criminais, todo o cuidado ao contratar pessoas para cuidar de crian�as”, orienta.
Em depoimento, a mulher alegou que s� trabalhou de bab� para esta fam�lia. J� a m�e das crian�as disse que ela contava que tamb�m trabalhava com outras. A empres�ria acredita que os dois filhos eram dopados, por isto, eles est�o passando por acompanhamento m�dico para saber se o organismo sofreu maiores consequ�ncias.