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Estado de Minas

Prefeito de Itabirito pro�be 'funk que incita a viol�ncia' no carnaval

O veto se estende a outros estilos musicais, mas funk � o �nico citado no documento


postado em 20/02/2020 12:39 / atualizado em 20/02/2020 16:37

Carnaval em Itabirito é um dos mais tradicionais na região metropolitana de BH(foto: Renato Weil/EM/D.A Press)
Carnaval em Itabirito � um dos mais tradicionais na regi�o metropolitana de BH (foto: Renato Weil/EM/D.A Press)

Um decreto do prefeito de Itabirito, Orlando Amorim Caldeira (PPS), p�e o funk no centro de uma pol�mica envolvendo censura no carnaval.

O documento pro�be “m�sicas definidas como funk e, de quaisquer estilos, que incitam a viol�ncia", fa�am apologia a drogas, ao sexo, a inj�rias raciais e que contribuam para a “altera��o do comportamento humano”.

A determina��o, publicada na sexta-feira passada (14/2), � de que esse tipo de m�sica n�o seja tocada em blocos, trios e palcos do munic�pio da regi�o metropolitana de BH.

Apesar de se aplicar a qualquer tipo musical com conte�do violento, o decreto destaca o “funk”, �nico g�nero citado especificamente no documento e que ainda aparece escrito em negrito e it�lico.

A secret�ria de Patrim�nio e Cultura da Prefeitura de Itabirito, Junia Melillo, respons�vel pelo carnaval no munic�pio, n�o detalhou como essa norma ser� cumprida e fiscalizada.

“Isso foi uma decis�o do prefeito, a partir de orienta��o da Pol�cia Militar. A inten��o dele n�o � restringir um estilo, mas as m�sicas que tenham conte�do que incentivem a viol�ncia. Sou contra a restri��o de qualquer estilo musical”, afirma Junia.


O funk e o estigma da viol�ncia

“O funk tem mais de 40 anos de exist�ncia sempre foi atrelado ao estigma da viol�ncia, porque � fruto da favel�a. E, no imagin�rio social e estatal, a favela � um local de viol�ncia”, afirma a doutora em direito Ma�ra Neiva Gomes, do Observat�rio das Quebradas, que organiza o Baile Funk da Serra.

Ela ressalta que, diferentemente da arte branca, que usa abstra��es, a arte negra tende a descrever a realidade que o artista vive.

“Se o sujeito est� inserido no meio violento, ele vai relatar viol�ncia. Como diz a Kika, organizadora do Baile Funk da Serra, se quer mudar as letras do funk, mude a realidade dos jovens”, ressalta Ma�ra Neiva.

O EM tentou contato com o prefeito e a Procuradoria do Munic�pio e n�o teve retorno at� a publica��o desta not�cia.


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