(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas MOTIM

Situa��o no Cear� est� sob controle, diz Moro

Apesar do impasse na greve de policiais militares e do aumento do n�mero de assassinatos no estado, ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica afirma que � hora de ''serenar os �nimos''


postado em 25/02/2020 04:00

O ministro Fernando Azevedo e Silva, o governador Camilo Santana e o ministro Sergio Moro durante entrevista coletiva em Fortaleza (foto: JARBAS OLIVIERA/ESTADÃO CONTEÚDO)
O ministro Fernando Azevedo e Silva, o governador Camilo Santana e o ministro Sergio Moro durante entrevista coletiva em Fortaleza (foto: JARBAS OLIVIERA/ESTAD�O CONTE�DO)
Fortaleza – Mesmo com o impasse nas negocia��es entre o governo do Cear� e policiais militares para encerrar a greve e o aumento do n�mero de homic�dios, o ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica, Sergio Moro, disse que a situa��o “est� sob controle”, que as for�as do governo federal est�o no estado para “serenar os �nimos” e que espera que a paralisa��o dos militares seja resolvida brevemente.

“O governo federal veio para serenar os �nimos, n�o para acirrar. Os policiais do pa�s inteiro, n�o s� do Cear�, s�o profissionais dedicados, que arriscam suas vidas, s�o profissionais que devem ser valorizados. � o momento de servir e proteger, acalmar os �nimos. Serenar � importante, temos que colocar a cabe�a no lugar e pensar o que � preciso para que os policiais possam voltar a realizar o trabalho”, disse.

O motim de policiais militares no Cear� chegou ao s�timo dia ontem. Pelo menos tr�s batalh�es de Fortaleza e da regi�o metropolitana seguem ocupados por grupos de amotinados. Moro foi ao estado acompanhado pelo ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, e o advogado-geral da Uni�o, Andr� Mendon�a, para acompanhar de perto a atua��o das tropas federais que est�o patrulhando as ruas da capital e de cidades da regi�o metropolitana no lugar dos policiais grevistas.  Desde o dia 20, uma opera��o de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) levou para o Cear� 2,5 mil agentes do Ex�rcito e 300 agentes da For�a Nacional que ficar�o no estado por 30 dias para refor�ar a seguran�a.

“N�o � uma situa��o de absoluta desordem nas ruas. As pessoas est�o circulando nas ruas. N�o existem, por exemplo, saques, nem nada disso, a estabelecimentos comerciais. Ent�o, a situa��o est� sob controle. Claro que dentro de um contexto relativamente dif�cil em que parte da pol�cia estadual est� paralisada”, disse. Moro enfatizou ainda que a opera��o, autorizada pelo presidente Jair Bolsonaro, a pedido do governador Camilo Santana (PT), est� no estado para “garantir prote��o da popula��o”.

Questionado se a For�a Nacional pode atuar em caso de reintegra��o de posse dos batalh�es ocupados por policiais militares grevistas, Sergio Moro afirmou que o governo federal est� atuando para permitir que o Cear� resolva a situa��o sem que a popula��o fique desprotegida. “N�o tem nenhuma previs�o at� o momento de reintegra��o. N�o tem nada a se tratar sobre isso”, disse. O secret�rio da Seguran�a P�blica do Cear�, Andr� Costa, tamb�m descartou a possibilidade de solicitar a reintegra��o de posse dos batalh�es. Costa disse que a situa��o deve se normalizar at� sexta-feira.

Os tr�s ministros fizeram sobrevoo de helic�ptero na Regi�o Metropolitana de Fortaleza. Elestamb�m se reuniram no Pal�cio da Aboli��o com o governador, e mais cedo visitaram a 10ª Regi�o Militar, onde receberam informa��es detalhadas das atividades que est�o sendo realizadas pelas For�as Armadas e pelos �rg�os de seguran�a p�blica federal, estadual e municipal.

O governador Camilo Santana agradeceu o apoio federal e lamentou que, apesar de reuni�es feitas com a categoria e de acordo ter sido fechado, os policiais mantiveram a greve. “Sentamos e negociamos com as classes dos policiais, que sa�ram da reuni�o satisfeitos com o que foi fechado, sempre permitimos o di�logo. O que n�o podemos permitir � que grupos da seguran�a fa�am o que est�o fazendo, com carapu�as, balaclavas, com armas que a Constitui��o deu concess�o para protegerem a sociedade e amea�ando a sociedade. Ningu�m est� acima da lei. Sempre aceitamos conversar, mas ningu�m est� acima da lei”, afirmou Santana.

Apesar do refor�o na seguran�a, pelo menos nove cidades cearenses cancelaram a programa��o de carnaval. Segundo a Secretaria de Seguran�a P�blica do estado, apenas no domingo foram registrados 25 assassinatos no estado. Desde a zero hora de quarta-feira, quando come�ou a paralisa��o, o motim de policiais, houve 147 mortes violentas. Os registros incluem homic�dios dolosos, feminic�dios, les�es corporais seguidas de morte e latroc�nios.

O governo do Cear� j� afastou mais 230 policiais grevistas. Eles respondem a processos administrativos disciplinares pela Controladoria Geral de Disciplina (CGD). Al�m disso, 37 policiais foram presos por deser��o no domingo, porque faltaram � chamada para trabalhar na seguran�a em festas de carnaval no interior do estado.

Lula � investigado por cal�nia

Lula está sendo investigado por ter chamado Bolsonaro de miliciano (foto: El País/reprodução de internet)
Lula est� sendo investigado por ter chamado Bolsonaro de miliciano (foto: El Pa�s/reprodu��o de internet)

Bras�lia – O Minist�rio da Justi�a informou ontem que errou na semana passada quando divulgou que foi aberto um inqu�rito por determina��o do ministro da Justi�a, S�rgio Moro, com base na Lei de Seguran�a Nacional, contra o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. O inqu�rito, que tramita em sigilo, investiga o petista por suposto crime de cal�nia ou difama��o contra o presidente Jair Bolsonaro.

Em novembro do ano passado, Lula afirmou que “n�o � poss�vel que um pa�s do tamanho do Brasil tenha o desprazer de ter no governo um miliciano”.  Em nota divulgada ontem, o minist�rio informou que Sergio Moro n�o pediu o enquadramento de Lula com base na Lei de Seguran�a Nacional e que a divulga��o foi feita de forma errada. “A informa��o sobre a LSN (Lei de Seguran�a Nacional) foi repassada de forma equivocada aos jornalistas, devido a um erro interno do Minist�rio da Justi�a e Seguran�a P�blica, pelo qual pedimos desculpas”, diz o texto, que diz ainda que Lula calunia Bolsonaro “atribuindo-lhe falsamente responsabilidade espec�fica por crime de assassinato, al�m de injuri�-lo qualificando-o como “miliciano”.

Lula prestou depoimento � Pol�cia Federal na �ltima quarta-feira. Em nota, a PF informou que “em relat�rio encaminhado ao Poder Judici�rio, ficou demonstrada ‘a inexist�ncia de qualquer conduta praticada, por parte do investigado, que configure crime previsto na Lei de Seguran�a Nacional’”.
 




receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)