
O saldo da seguran�a no
carnaval
foi positivo em
Belo Horizonte
e outras cidades de Minas, avalia a Pol�cia Militar. Dados parciais mostram uma queda nos crimes violentos. Dezoito casos de
importuna��o sexual
foram denunciados este ano, seis a mais do que no ano passado, numa alta que, na avalia��o das autoridades de seguran�a, est� diretamente ligada a uma face positiva da rea��o � viol�ncia: as mulheres est�o cada vez menos propensas a silenciar sobre ataques a elas. De acordo com a pol�cia, o n�mero de den�ncias tende a ser resultado da conscientiza��o e ampla divulga��o da puni��o para crimes sexuais.
Abuso de bebida nas alturas – s� os atendimentos dos bombeiros a ocorr�ncias provocadas por embriaguez no estado chegaram a quase 4 mil – e acidentes nas estradas s�o o ponto mais negativo na contabilidade do carnaval. Nas estradas estaduais, um resultado tr�gico: enquanto houve redu��o de 25% nos acidentes de tr�nsito, o n�mero de mortos nesse tipo de ocorr�ncia aumentou 69%. Ano passado, 13 pessoas morreram nos quatro dias de carnaval. Em 2020, 22 mortes foram registradas at� a ter�a-feira.
“Como neste ano o respeito � integridade sexual da mulher foi uma frente de trabalho, isso pode ter contribu�do para encorajar as v�timas a fazerem o registro”, avalia o policial. Segundo a PM, neste ano foram distribu�dos folhetos com informa��es que fomentam a den�ncia. “As ocorr�ncias n�o s�o n�meros isolados. Dentro do contexto, a gente entende que as mulheres est�o se sentindo cada vez mais empoderadas”.
Crime comum em locais de grande concentra��o de p�blico, o roubo de celulares teve redu��o de 25% em Minas na compara��o com rela��o o ano passado. Os furtos ca�ram 8%. “As nossas principais preocupa��es eram com crimes violentos, que tiveram redu��o de 30%”, disse Cristiano.
De acordo com a PM, n�o foram registrados arrast�es durante o carnaval. Tamb�m n�o houve a necessidade de for�a reativa da pol�cia. “A organiza��o foi muito saud�vel. A din�mica muito bem conduzida. O pr�prio foli�o ajudou, se preparou com doleiras, pochetes e respeitou os hor�rios de dispers�es”, disse Cristiano. Os totens que foram instalados pela Guarda Civil Municipal n�o chegaram a ser acionados durante o per�odo. Os equipamentos, com c�mera, alarme e linha telef�nica seriam para denunciar furtos, roubos e outros crimes.
Exagero no �lcool
Durante os quatro dias de folia no estado, foram atendidas 3.921 ocorr�ncias pelo Corpo de Bombeiros Militar. Em BH, de todas as ocorr�ncias, 73% foram de atendimento pr�-hospitalar relacionadas ao consumo de �lcool ou outras subst�ncias. “O que nos assustou foi o consumo excessivo de �lcool, principalmente em pessoas entre 16 e 25 anos”, explica o capit�o Fellipe Augusto Maciel.
A Secretaria de Sa�de da capital informou que, desde as 19h de sexta-feira, at� as 7h de ontem, foram feitos 1.111 atendimentos relacionados ao carnaval, considerando os tr�s Postos M�dicos Avan�ados e as UPA's. Deste total, 572 casos foram por intoxica��o. Os dados s�o parciais e o consolidado ser� divulgado ap�s o t�rmino oficial do carnaval.
Bombeiros
O n�mero de mortes por afogamento v�m caindo no estado desde 2018, quando 20 pessoas morreram nessas circunst�ncias. No ano passado foram 10 e neste, seis. Neste ano, o Corpo de Bombeiros criou o Batalh�o Carnaval, com mais de 700 militares, que atuou de forma intensa em BH, onde se concentrou o maior p�blico do estado. No interior, mais de 3.400 bombeiros militares foram posicionados em locais de concentra��o de banhistas. “Temos um balan�o extremamente positivo. N�o tivemos casos envolvendo blocos e eventos fechados, nenhuma ocorr�ncia grave”, disse.
Para a libera��o dos cortejos, de 21 a 25 de fevereiro, somente na regi�o metropolitana, a corpora��o fez aproximadamente 100 vistorias em blocos de carnaval. “O sucesso da folia se deve ao planejamento e preven��o. Temos uma instru��o espec�fica para tratar dos blocos de carnaval. Por ser uma manifesta��o popular, � muito dif�cil a gente mensurar os itens de seguran�a, mas de forma antecipada fizemos reuni�es com os organizadores e deu tudo certo”, afirma o capit�o Fellipe.