Funcion�rios dos hospitais da rede da Funda��o Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) decidiram suspender a greve da categoria por 30 dias. A paralisa��o come�ou em janeiro. Um dos fatores considerados pelos trabalhadores na assembleia realizada nessa quarta-feira foi o impacto da pandemia do novo coronav�rus.
Os funcion�rios estavam em greve desde janeiro e a paralisa��o j� durava 64 dias. Eles reivindicam pagamento do 13º sal�rio, incorpora��o de ajuda de custo e melhoria das condi��es de trabalho. Na �ltima ter�a-feira, a Associa��o Sindical dos Trabalhadores da Fhemig (Asthemg) denunciou problemas nos hospitais Infantil Jo�o Paulo II e Jo�o XXIII. A Funda��o rebateu as cr�ticas.
De acordo com a Asthemg, para suspender a greve os funcion�rios levaram em conta um pedido de interven��o da promotora de Justi�a de Defesa da Sa�de do estado, Josely Ramos, que, segundo a entidade, intermediou uma discuss�o com o governo de Minas para garantir que os grevistas "n�o sejam punidos com as amea�as do corte da gratifica��o e ajuda de custo".
Segundo a nota da entidade, h� um compromisso para que o governo elabore em 30 dias uma proposta em rela��o ao sal�rio por meio da incorpora��o da ajuda de custo, e tamb�m a manuten��o do di�logo sobre as condi��es de trabalho e assist�ncia aos pacientes por meio de uma comiss�o de negocia��o.
"Tamb�m foi considerado pelos trabalhadores a situa��o cr�tica da sa�de em fun��o do coronav�rus e a import�ncia dos profissionais que v�o garantir a assist�ncia aos poss�veis pacientes que podem surgir devido ao Covid-19", informou a Asthemg.
Ainda conforme a entidade sindical, os funcion�rios tamb�m pediram uma reuni�o emergencial com a Fhemig e a Secretaria de Estado de Planejamento e Gest�o para discutir a aplica��o dos decretos nº 113/2020 e nº 47.886/2020, que estabelecem situa��o de emerg�ncia em Minas e medidas de preven��o ao coronav�rus, respectivamente, ", estendendo o afastamento de servidores do grupo de risco da Covid-19, bem como a disponibiliza��o de EPIs (equipamentos de prote��o individual) necess�rios para os servidores garantirem atendimento aos pacientes".
"Espera-se que o di�logo, o esp�rito de coopera��o e a gest�o democr�tica estejam presentes nesse momento em que os profissionais da sa�de dedicar�o seu trabalho e sua vida para salvaguardar a sa�de dos mineiros. Garantindo equipamentos de prote��o individual aos trabalhadores, como m�scara, capotes e outros materiais necess�rios, bem como condi��es adequadas de atender os casos de coronav�rus que cheguem as unidades", finaliza a associa��o que representa os funcion�rios.
Al�m do Jo�o XXIII, que � o maior pronto-socorro de Minas Gerais, e do Hospital Infantil Jo�o Paulo II, tamb�m s�o administrados pela Fhemig outras 19 unidades de sa�de no estado, entre elas os hospitais Maria Am�lia Lins, Alberto Cavalcanti, J�lia Kubtschek, Raul Soares, Galva Beloso, Maternidade Odete Valadares, o Hospital Regional de Barbacena, entre outros.