
"N�o saiam e n�o recorram aos pronto-atendimentos". A orienta��o vem da Unimed, uma das maiores operadoras de planos de sa�de de Minas Gerais e do pa�s. Nesta quinta-feira, a empresa concedeu uma coletiva de imprensa para falar sobre as medidas que foram adotadas para atender aos clientes durante a pandemia do COVID-19, doen�a provocada pelo novo coronav�rus. At� a manh� desta quinta-feira, Minas Gerais j� tinha 19 pessoas com diagn�stico confirmado. Destas, 10 em Belo Horizonte.
De acordo com o diretor-presidente da Unimed, Samuel Flam, manter o sistema operante � prioridade. "Todas as medidas tomadas visam manter os hospitais abertos, manter pagamento de funcion�rios, de m�dicos, para que o sistema n�o pare de funcionar", disse.
Flam tamb�m refor�a que o tratamento dos pacientes com infec��o pelo coronav�rus depende do quadro cl�nico, n�o do resultado do exame. "Meu exame deu positivo, eu tenho que ficar na porta do hospital? N�o � isso. Se for positivo, isola. Fiquem quietos em casa. Principalmente para os mais idosos, cujo risco da doen�a � muito maior, principalmente se tiver comorbidade, como doen�as card�acas, diabetes, hipertens�o. A exposi��o na rua, a sa�da aumenta a probabilidade de adquirir o v�rus".
Ele afirma que a empresa tem estudado o que ocorreu na China, na It�lia e outros pa�ses da Europa. Ele tamb�m destaca que � preciso separar, dentro de casa, as pessoas que t�m a doen�a para n�o transmitir ao restante da fam�lia. Flan explica que s� deve procurar o hospital quem tiver piora cl�nica, tanto para n�o sobrecarregar o sistema quanto para evitar o cont�gio.
"N�s, m�dicos de Belo Horizonte, estaremos nos hospitais 24 horas, colocando em risco a n�s, as nossas fam�lia, para atender voc�s. Estaremos no hospital, mas pedindo para que fiquem em casa. Desta maneira, os servi�os de sa�de funcionar�o melhor. Quanto mais preservarmos nossos recursos, melhor atenderemos nossa popula��o. Fiquem em casa, reduzam a velocidade de progress�o da doen�a. S� em extrema necessidade, se dirijam as nossas unidades", enfatiza. "N�o saiam e n�o recorram aos pronto-atendimentos. Normalmente, o maior cont�gio costuma ser na sala de espera de hospital".
Por fim, ele ressalta a import�ncia de se manter longe do conv�vio social neste momento, quando poss�vel. "O isolamento � a �nica coisa que se mostrou certa (para conter a doen�a). � uma luta de todos n�s. De uma popula��o mundial que est� sobre o ataque do coronavirus. Uma pandemia que exige o esfor�o de todos, a colabora��o de todos", pontuou.
"Ficar apavorado n�o vai ajudar ningu�m"
O diretor de Provimento de Sa�de da Unimed, Jos� Augusto Ferreira, destaca que essa � uma situa��o nunca antes enfrentada. "N�o temos como prever qual ser� o impacto na nossa rede operadora e de cooperados. Sabemos que vai ocorrer, e pode se prolongar por oito, 12, 16 semanas", disse na entrevista coletiva.
Ele afirma que a empresa est� atenta ao impacto na rede operadora. "Elaboramos algumas medidas. O impacto ser� diferente em rela��o a cada colaborador. Em alguns casos pode at� aumentar em rela��o aos pacientes que t�m suspeita. Em outros, como cirurgias eletivas, podem ter um impacto muito grande. � preciso dar uma garantia de faturamento m�nimo para m�dicos e cooperados da rede operadora", afirma Ferreira.
O diretor explica que j� existe um protocolo para utiliza��o racional dos recursos, como leitos, respiradores, equipamentos de prote��o individual (EPIs), e tamb�m voltado para m�dicos, enfermeiros e demais funcion�rios. "Na regi�o Leste e Barreiro, casos de dengue. Nas �ltimas semanas, circula��o do v�rus Influenza. Efetivamente, suspeitos de coronav�rus s�o 415 pacientes, em termos de 1,2 milh�es de clientes, n�o � uma parcela muito grande", analisa.
"Estamos percebendo muito mais uma situa��o de ansiedade da popula��o de ter ou n�o o v�rus. J� estamos em uma situa��o de transmiss�o comunit�ria, o v�rus j� est� em nosso meio. Qualquer s�ndrome gripal tem possibilidade de ser coronav�rus. O m�dico te d� um medicamento e orienta��es para evitar contato com outras pessoas. Se tem quadro febril, dificuldade respirat�ria ou outras comorbidades, a� sim essa pessoa deve ir para o hospital", ressaltou, lembrando que no momento da vidada da esta��o, com a chegada do outono, a mudan�a clim�tica pode favorecer a contamina��o pelo v�rus.
Jos� Augusto Ferreira concluiu dizendo que a rede est� preparada para receber os pacientes e pediu calma. " Temos leitos em expans�o, respiradores em n�mero superior � nossa demanda no momento, ofertas de hospitais que colocam mais unidades de interna�ao quando necess�rio, servi�o de ambul�ncia que est� pronto. Estamos preparados para enfrentar essa situa��o. Tenhamos calma. Ficar apavorado, entrar em p�nico, n�o vai ajudar ningu�m", orienta.