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Estado de Minas CORONAV�RUS

Presidente da Fiemg defende medidas menos restritivas para ind�stria e com�rcio

Fl�vio Roscoe enviou comunicado em que diz temer at� mesmo pelas vidas dos trabalhadores


postado em 24/03/2020 17:59 / atualizado em 24/03/2020 18:34

(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A. Press)
(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A. Press)

O presidente da Federa��o das Ind�strias de Minas Gerais (Fiemg), Fl�vio Roscoe, se juntou as outros empres�rios que defendem medidas menos restritivas ao funcionamento de ind�stria e com�rcio em fun��o da pandemia do novo coronav�rus.

Mesmo com o isolamento j� tendo se mostrado eficiente na conten��o da COVID-19, o entendimento da entidade � que para a popula��o ser� bem pior se a economia parar, como temem ocorrer com o atual quadro de quarentena proposto por governadores e prefeitos, respons�veis pelos decretos que regulam o funcionamento de estabelecimentos.

Em �udio enviado aos pares da entidade de classe, ele diz temer at� mesmo pelas vidas dos trabalhadores. “Tenho visto nos �ltimos dias medidas cerceando atividades econ�micas, cerceando as ind�strias, inclusive sendo apoiadas por setores industriais. Infelizmente, entendo que esta � uma posi��o equivocada. Come�arei a defender agora posi��o de que temos de voltar � normalidade. Popula��o at� 50 anos n�o � atingida pelo v�rus. Na China, entre 0 e 10 anos n�o teve uma crian�a sequer que foi a �bito. De 10 a 40 anos, o �ndice � de dois (mortos) para mil. E esses dois provavelmente tinham problemas de sa�de mais graves. O que n�s vamos ter � uma crise de dimens�es nunca antes vista. E que, com certeza, ter�o efeitos sobre a vida das pessoas at� pior que o v�rus, com efeitos cru�is de mortalidade. Porque fome, recess�o e desempego tamb�m matam. Infelizmente, vejo fobia geral da sociedade”, afirma ele.

O mineiro acompanha, assim, o que defendem outros empres�rios brasileiros. O paranaense J�nior Dorski, dono de duas redes de restaurantes especializados em fast-food, disse, durante a semana, que o Brasil n�o pode parar em fun��o da possibilidade de morrerem 6 mil ou 7 mil pessoas por causa da pandemia. “30 (milh�es), 40 milh�es de desempregados. � o que teremos em 2021 se n�o parar este lockdown (paralisa��o da economia) insano. V�o morrer 300 (mil),400 (mil), 500 mil pessoas nos pr�ximos dois anos no Brasil em consequ�ncia do dano econ�mico causado pelo lockdown”, projetou ele ao escrever em uma rede social.

J� o paulista Roberto Justus, do setor de publicidade e comunica��o, afirmou considerar "pouco estatisticamente" a morte de 15 mil pessoas e a contamina��o de 300 mil se for levado em conta que o mundo tem 7 bilh�es de pessoas. E citou muitas outras coisas fatais, incluindo acidentes automotivos, que seriam muito mais letais.

“Se n�s fecharmos a economia por apenas 20 dias, no m�ximo 30, ok. Cortamos o contato e voltamos. Mas as crian�as t�m que voltar para a escola, as pessoas t�m que voltar ao trabalho, a economia tem que rodar, sen�o o drama vai ser infinitamente maior”, afirmou.

O catarinense Luciano Hang, dono de rede varejista Hang, foi outro a defender o fim do isolamento e a reabertura de todo o com�rcio. Afinal, segundo ele, “o que vir� depois da pandemia ser� muito pior”.

Roscoe concorda e alerta para que os pol�ticos n�o tomem medidas que atrapalhem o Brasil. “O que temos de fazer neste momento � isolar os mais velhos e tentar tocar a vida o mais normal poss�vel. Infelizmente, governadores, prefeitos, movidos pela demanda popular e da imprensa, est�o tomando medidas insensatas, medidas que t�m efeito nocivo na economia, que n�o sabemos calcular ou dimensionar. E que, depois do estrago feito, vai ser tarde demais. Sei que � uma posi��o que vai contra muito do que tenho ouvido a�. O isolamento � necess�rio, mas a crise s� passa quando boa parte da popula��o for contagiada. Uma parcela significativa da popula��o tem de ser contagiada de fato. � assim que vai passar a crise do v�rus. E 85% inclusive s�o assintom�ticos. Vai aconteceu como eu, que tive uma tossezinha”, declara ele, que descobriu estar infectado com o novo coronav�rus depois de integrar comitiva do governo brasileiro em visita aos EUA, no m�s passado.

Mais tarde, respondendo a perguntas enviadas pelo Estado de Minas, por meio da assessoria de imprensa da Fiemg, o presidente adotou tom mais conciliador. Ele argumenta que 30 dias de inatividade ser�o mais que suficientes para dar um tombo na economia brasileira (queda de 8% do PIB) e, principalmente, mineira (queda em torno de 10%).

Por isso, defende que a ind�stria e o com�rcio tenham mais liberdade para funcionar, tomando, claro, medidas de seguran�a para n�o colocar em risco funcion�rios e fornecedores. “Estou muito preocupado com a paralisa��o total da sociedade. Precisamos entender que a nossa sociedade precisa de um m�nimo para se alimentar. H� setores que n�o podem parar. A ind�stria do cal, por exemplo, precisa funcionar. Ou n�o teremos tratamento de �gua. E quem pode viver sem �gua? Como vamos tratar pacientes em hospitais sem �gua? (...) A ind�stria de fertilizante n�o pode parar. Ou daqui quatro meses n�o vamos conseguir colher o que plantarmos”, argumentou Roscoe.

Em Bras�lia

O discurso dos empres�rios vai em encontro ao que j� externou v�rias vezes o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que tachou quem defende as medidas de isolamento de alarmistas. “N�o venham me culpar l� na frente pela quantidade de milh�es e milh�es de desempregados”, disse ele, em entrevista � TV Record.

No mesmo domingo � noite, o governo federal chegou a editar medida provis�ria permitindo a empresas cortar integralmente os sal�rios por quatro meses e reduzir jornadas de trabalho em at� 50%, com respectiva redu��o salarial. Por�m, voltou atr�s no dia seguinte, at� pela repercuss�o negativa da iniciativa.

Muitos economistas defendem que o Estado ajude os empres�rios a pagar sal�rios. Assim, a popula��o teria dinheiro para continuar se mantendo n�o s� agora, mas tamb�m quando a crise provocada pelo coronav�rus passar.

Para Roscoe, o entendimento seria o melhor caminho: “A Fiemg recomenda que seja mantida a suspens�o do contrato de trabalho, mas com a Uni�o arcando com um peda�o desse custo, para o trabalhador n�o ficar desamparado. Ent�o, o Estado arca com uma parte, a empresa com outra e o pr�prio funcion�rio com outra. Sem isso, teremos desemprego em massa, talvez dobrar o n�mero de desempregados em 30 dias. O que seria muito pior que a suspens�o. J� estamos conversando e acho que vai ser bom para todo mundo.”
 

O que � o coronav�rus?

Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.

Como a COVID-19 � transmitida?

A transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Como se prevenir?

A recomenda��o � evitar aglomera��es, ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia, tossir com o antebra�o em frente � boca e frequentemente fazer o uso de �gua e sab�o para lavar as m�os ou �lcool em gel ap�s ter contato com superf�cies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.

Quais os sintomas do coronav�rus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas g�stricos
  • Diarreia


Em casos graves, as v�timas apresentam:

  • Pneumonia
  • S�ndrome respirat�ria aguda severa
  • Insufici�ncia renal

Mitos e verdades sobre o v�rus

Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o coronav�rus � transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.

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