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Estado de Minas GERAIS

Coronav�rus: M�sica para acalmar e unir vizinhos confinados

Psicanalista convida vizinhos de andar para sess�o de meia hora no corredor, com cada um na sua porta


postado em 30/03/2020 14:46 / atualizado em 30/03/2020 20:16

A psicanalista Renata Satller usa a música para alegrar os vizinhos em isolamento social.(foto: Elian Guimarães/ EM/ D.A Press)
A psicanalista Renata Satller usa a m�sica para alegrar os vizinhos em isolamento social. (foto: Elian Guimar�es/ EM/ D.A Press)
Uma caixinha de som e uma m�sica no corredor foi a ideia da psicanalista Renata Satller para alegrar o final de tarde de um domingo em isolamento social. A m�sica foi a forma encontrada para chamar para a porta todos que estavam s�s e, ao mesmo tempo, promover um encontro entre vizinhos que mal se veem no dia a dia. O prop�sito era tornar o melanc�lico crep�sculo dos domingos � tarde um momento de encontro e harmonia. A ades�o foi imediata e o projeto vai se repetir todos os dias, rigorosamente das 17 �s 17h30, at� que termine o isolamento.


Renata � moradora do edif�cio JK, um dos maiores e mais antigos condom�nios de Belo Horizonte, onde moram 5 mil pessoas, grande parte delas sozinhas e com grande contingente de idosos. “A m�sica sempre esteve presente na minha vida. Meu pai era m�sico e minha fam�lia tinha momentos de “audi��o” em que sent�vamos todos em torno do toca-discos e ele ia explicando cada acorde, a fun��o dos instrumentos e a hist�ria da composi��o.

Tenho o h�bito de, todos os domingos � tarde, ir ao cinema. Por�m, diante do isolamento social, tenho ficado em casa. Atendo meus pacientes e alunos por v�deo e ou�o muita m�sica. As tardes de domingo me chamam especialmente a aten��o. Pensei em 17h porque � um momento em que, normalmente, ‘cai a ficha’ do final de semana chegando ao fim, um tom melanc�lico. A maioria das pessoas do meu andar mora s� e tive a ideia de fazer um convite para algo que n�o as incomodasse.”

Renata escreveu de pr�prio punho e colocou uma cartinha debaixo da porta de cada apartamento, teve o carinho de chamar um por um e perguntar se n�o haveria inc�modo para os vizinhos.
 
(foto: Divulgação)
(foto: Divulga��o)


“Escolhi m�sica cl�ssica de cinema, de um CD da Orquestra Ouro Preto, coloquei a caixinha na porta e, aos pouco, as pessoas foram saindo. Escolhi meia hora para que n�o se transformasse em uma festa ou ‘au�’ e para que nos v�ssemos e sent�ssemos que, mesmo cada um em seu canto, estamos mais pr�ximos que imaginamos”.

A tradutora argentina Julieta Sueldo Boedo, radicada em BH, disse que ficou comovia com a iniciativa da vizinha.  “Apesar de sermos 30 moradores no mesmo andar, quase nunca nos vemos ou interagimos. Foi um momento simples, t�o lindo, de estarmos ali, juntos, compartilhando nossa presen�a na m�sica naquele espa�o de passagem (corredor). M�gico!"


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