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Estado de Minas PANDEMIA

Supermercados ampliam cuidados contra o coronav�rus

Setor essencial liberado de fechamento refor�a medidas para evitar propaga��o do v�rus, com higieniza��o frequente dos carrinhos de compras e a medi��o de temperatura


postado em 31/03/2020 06:00 / atualizado em 31/03/2020 08:26

Cliente é abordado na entrada dos estabelecimentos para usar álcool em gel e orientado por marcações no piso para manter distância segura(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Cliente � abordado na entrada dos estabelecimentos para usar �lcool em gel e orientado por marca��es no piso para manter dist�ncia segura (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A Press)

�lcool em gel na entrada das lojas, demarca��es nas filas, placas de acr�lico e higieniza��o dos carrinhos de compras. Se nas �ltimas duas semanas voc� fez compras em supermercados de Belo Horizonte, certamente se deparou com essas medidas em alguns estabelecimentos. Para proteger funcion�rios e clientes da contamina��o pelo coronav�rus, as redes supermercadistas v�m adotando uma s�rie de medidas. H� supermercados que, inclusive, j� medem a temperatura dos clientes logo na chegada.

O supermercado EPA, na Avenida Nossa Senhora do Carmo, no Bairro S�o Pedro, adotou cuidados antes mesmo do in�cio das compras dos clientes. Ao entrar, o consumidor se depara com uma funcion�ria que oferece �lcool em gel para higieniza��o das m�os. “Minha m�o j� est� at� derretendo de tanto �lcool em gel, menina!”, brincou ontem um cliente que se recusou a usar o produto.

Tamb�m na entrada do estabelecimento, uma outra funcion�ria que usa luvas e segura desinfetante higieniza os carrinhos de compras a todo momento. “Acho isso �timo. Estava preocupada porque tenho que vir ao supermercado v�rias vezes, estou cuidando de idosos”, ressaltou Maria Regina, de 43 anos, cliente que fazia compras.

Do outro lado da placa de acr�lico que dividia o caixa do cliente, estava Luana Martins, funcion�ria que tamb�m est� gostando das medidas. “� melhor porque a gente tem menos contato com as pessoas. Mas tem vez que isso n�o adianta, porque � muito dif�cil a pessoa n�o sair da �rea que o acr�lico cobre”, adverte. Luana vive em Nova Lima com a m�e diab�tica de 48 anos e com uma filha de 1 ano – a cidade � a segunda que mais registra casos de contamina��o no estado. “N�o tem como eu evitar contato com elas, mas minha m�e est� evitando sair de casa”, conta.

Epa instalou placas de proteção entre os clientes e os caixas(foto: Benny Cohen/EM/DA Press)
Epa instalou placas de prote��o entre os clientes e os caixas (foto: Benny Cohen/EM/DA Press)


Apesar da recomenda��o para que as pessoas evitem transitar pelas ruas, a unidade do EPA tem observado o mesmo fluxo de pessoas na loja em compara��o com os dias anteriores � pandemia. “Houve apenas uma pequena redu��o. Os idosos n�o est�o vindo em hor�rios especiais”, conta o gerente da unidade, Leanderson Lopes. Mesmo com o fluxo quase igual, o profissional conta que foi poss�vel reduzir 10% da equipe habitual.

Alguns quarteir�es mais � frente, o supermercado Super Nosso tamb�m refor�ou medidas de prote��o. Com a recomenda��o de ficar em casa, a empresa tem apostado no incremento do servi�o de entrega a domic�lio. “A demanda est� muito alta”, conta a assistente operacional Marcelina Alves.

Cliente da loja, Carlos Fernando, de 63 anos, elogiou as medidas de higiene no local: “Se n�o tivessem esses cuidados de preven��o, como �lcool em gel, eu nem viria”. A cerca de 3 quil�metros dali, logo na entrada do supermercado Carrefour do Bairro Funcion�rios, na Regi�o Centro-Sul de BH, o cliente se depara com uma funcion�ria oferecendo �lcool em gel para higienizar as m�os. Simultaneamente, um outro funcion�rio se aproxima e mede a temperatura de cliente que chega ao estabelecimento; caso o term�metro registre pontua��o acima de 37,5ºC, � impedido de fazer as compras.

“Estamos medindo a temperatura de todos os funcion�rios e tamb�m dos clientes. H� casos em que entram duas pessoas ao mesmo tempo, a� fica mais dif�cil de medir a de todo mundo. Nessa loja, nunca ocorreu de um cliente n�o poder entrar, mas em outros estabelecimentos da rede j� houve”, explica o gerente da unidade do Bairro Funcion�rios.

Inimigo invis�vel 


A despeito das “barreiras sanit�rias” houve quem 'tentasse fugir' dos controles nas lojas. Enquanto o Estado de Minas conversava com os funcion�rios, um homem que n�o quis se identificar, mas que aparenta ter mais de 60 anos, entrou na loja sem passar pela triagem. Imediatamente, uma funcion�ria o chamou a aten��o e ofereceu o �lcool em gel.

Na unidade, os funcion�rios utilizam m�scaras e luvas, al�m de estarem protegidos por uma placa de acr�lico que os separam dos clientes, no momento de pagar as mercadorias. No setor de padaria, agora o cliente j� n�o pode mais pegar os p�es franceses que antes ficavam expostos em um compartimento. Desde que a pandemia se alastrou pelo pa�s, o produto fica embalado, j� pronto para ser levado ao caixa.

O consumidor Jaime Hosken, de 31 anos, mora com idosos e pessoas que sofrem de bronquite e asma. Justamente por isso, vestia m�scara enquanto passava os produtos pela esteira do caixa. “Acho que todas essas medidas s�o necess�rias porque o inimigo � invis�vel. O mundo n�o pode subestimar e n�o podemos deixar uma brecha para que o v�rus se propague”, defende.

Por seguran�a 


O diretor comercial do grupo DMA, controlador do EPA e do atacarejo Mineir�o, Roberto Gozende, afirma que as 150 lojas das redes est�o sendo modificadas desde meados de mar�o para aumentar a prote��o dos clientes e funcion�rios. Segundo Gozende, os funcion�rios est�o higienizando as m�os e os carrinhos dos clientes assim que eles entram nas lojas.

Al�m disso, foram instalados vidros que separam os operadores de caixas dos clientes, bem como sinais no ch�o que indicam a necessidade de as pessoas manterem dist�ncia recomendada. “S�o medidas para preservar ao m�ximo a sa�de. Sem d�vida, � um diferencial para o cliente. Quando ele chega na loja e v� esse esfor�o, ele se sente mais seguro”, afirma Roberto Gozende.

Segundo o vice-presidente do grupo Super Nosso, Rodolfo Nejm, as medidas de preven��o � COVID-19 foram implementadas desde o in�cio do m�s em todas as 52 lojas da rede, localizadas em Belo Horizonte, Contagem, Nova Lima e Lagoa Santa. O empres�rio explica que o cuidado com a higieniza��o dos caixas foi redobrado, e os funcion�rios foram orientados a seguir as recomenda��es de preven��o.

A rede de supermercados tamb�m reduziu o hor�rio de funcionamento das lojas, al�m de fechar os restaurantes e lanchonetes que funcionam em algumas unidades. Para evitar que os idosos – que s�o do grupo de risco – saiam de casa, o Super Nosso isentou o frete dos pedidos de delivery para pessoas acima de 60 anos. *Estagi�rios sob a supervis�o da subeditora Marta Vieira

Verdemar: �lcool gel a R$27,98


A Associa��o Mineira de Supermercados (Amis) divulgou nota em que considera como “um desafio” o reajuste de pre�o dos fornecedores e alega que o setor � apenas “o elo final” da cadeia de abastecimento entre os fabricantes e consumidores. “Os supermercados apenas repassam o custo dos produtos que adquirem da ind�stria”, afirma a nota. O presidente da associa��o � Alexandre Poni, dono da rede Verdemar Supermercado e Padaria, a mesma que no �ltimo dia 20 pediu desculpas por ter cobrado R$ 27,98 por uma unidade de �lcool gel 500 ml da marca Emfal. “O Verdemar se aproveitou da epidemia para vender �lcool gel a pre�o absurdo”, denunciou um cliente no Twitter. “Os pre�os subiram! Detergente, �gua sanit�ria, hortifrutis, congelados, tudo! N�o � hora de supermercado aumentar lucros!”, criticou outro cliente, tamb�m via Twitter. Em comunicado, a diretoria do Verdemar alegou que o produto foi parar, “de maneira equivocada”, nas prateleiras.


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