
A popula��o de Belo Horizonte tem mais medo de ser v�tima da pandemia de coronav�rus e n�o conseguir tratamento adequado do que das consequ�ncias econ�micas que a crise de sa�de ir� provocar. � o que mostra pesquisa da C�mara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH)/Instituto Quaest.
Segundo o levantamento, 65% dos entrevistados est�o mais preocupados com a doen�a e 35% com a economia. As mulheres e os mais velhos s�o os que mais temem a doen�a. J� entre as classes sociais n�o h� diferen�a significativa de percep��o.
A grande maioria dos belorizontinos aprova as medidas adotadas para conter o avan�o da epidemia:
- fechamento de escolas e universidades (91% de aprova��o);
- obriga��o de ficar em casa (84%);
- fechar totalmente o com�rcio (77%);
- fechar as fronteiras estaduais (75%).
Quanto �s medidas que devem ser tomadas daqui em diante, 41% dos entrevistados defendem manter o isolamento e o com�rcio fechado at� o surto passar. Outros 35% defendem manter o isolamento por entre 10 e 15 dias e da� reabrir o com�rcio. Somente 17% defendem isolar apenas o grupo de risco.
“O resultado da pesquisa mostra a gravidade da crise e como a popula��o est� consciente da necessidade de colaborar para que tudo seja superado da melhor maneira poss�vel”, avalia Marcelo de Souza e Silva, presidente da CDL/BH. “H� as duas faces da crise que precisam ser enfrentadas com seriedade e responsabilidade: a sa�de e a economia”.
Avalia��o dos governantes
A pesquisa tamb�m avaliou o desempenho dos governantes diante da crise. A avalia��o do desempenho de Kalil durante a crise � favor�vel. O governador Romeu Zema (Novo), tem um desempenho regular para positivo. Bolsonaro � quem tem o pior desempenho entre os tr�s.
- Prefeito de BH, Alexandre Kalil: 69% de aprova��o
- Governador de Minas, Romeu Zema: 27% de aprova��o
- Presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro: 22% de aprova��o
Riscos na economia
A pesquisa tamb�m aponta que os moradores de Belo Horizonte est�o pessimistas com as consequ�ncias na economia durante a pandemia de coronav�rus. Pelo levantamento, caiu de 57% para 13% em menos de um m�s aqueles que acham que a capacidade financeira para consumo ir� melhorar nos pr�ximos seis meses.
A capacidade de se manter financeiramente durante a crise preocupa a popula��o. Segundo o estudo, 19% afirmam conseguir se manter por menos de um m�s se ficar sem renda. Outros 15% se sustentam por um m�s, 10% por dois meses e 14% por tr�s meses.
Os que t�m f�lego maior s�o poucos: 15% aguentam de 4 a 6 meses, 11% at� 1 ano e 10% mais de um ano. O problema � maior entre os jovens e de menor renda.
Medo do desemprego
Segundo a pesquisa, 31% da popula��o teme perder o pr�prio emprego ou o de algu�m da fam�lia, enquanto 32% n�o veem esse risco e 37% n�o souberam responder.
Dos entrevistados, 49% disseram j� ter sofrido preju�zo econ�mico com a crise.
Menos consumo
Por conta desse cen�rio, 44% dos belorizontinos admitem j� estar gastando menos do que o de costume, enquanto 21% gastam da mesma forma e 35% tiveram que consumir mais.
Dos entrevistados, 22% j� cancelaram algum contrato ou pagamento de servi�o e 42% pretendem cancelar se o surto perdurar.
Compras online
A pesquisa tamb�m aferiu os h�bitos de compras online, que ganhou import�ncia durante a crise como alternativa �s lojas fechadas. O resultado aponta que 27% dos pesquisados afirmam ter comprado mais do que de costume para entregas em casa. Outros 28% compraram a mesma quantidade de sempre e 14% compraram menos do que de costume. H� ainda 31% que jamais compraram dessa maneira.
A pesquisa ouviu 600 pessoas entre os dias 28 e 31 de mar�o e tem margem de erro de 4,2 pontos percentuais.