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Estado de Minas CORONAV�RUS

De volta para casa, casal mineiro relembra apuros na �frica do Sul

Advogados desembarcaram em Confins ap�s dificuldades para voltar ao Brasil em meio � crise do coronav�rus. Agora, far�o quarentena


postado em 07/04/2020 18:45 / atualizado em 07/04/2020 22:08

Comissários de bordo no voo para Guarulhos usam equipamentos de proteção(foto: Arquivo pessoal)
Comiss�rios de bordo no voo para Guarulhos usam equipamentos de prote��o (foto: Arquivo pessoal)
Aliviada, mas ainda tensa por tudo o que passou. Assim se sentia a advogada Marina Machado, de 27 anos, que foi repatriada junto com seu noivo, Israel Gatezani, de 29, tamb�m advogado, da �frica do Sul, na segunda-feira. O casal desembarcou no Aeroporto de Confins na manh� desta ter�a-feira (7), depois de passar a noite em claro no Aeroporto de Guarulhos, em S�o Paulo.
 
“O mart�rio n�o acabou”, conta Marina, sobre a chegada ao Brasil. “Olha, ainda na Cidade do Cabo, foram 10 horas de espera para ter a certeza de que viajar�amos de volta ao Brasil. A ida para o consulado, para o est�dio, passar por exame de temperatura para certificar que n�o est�vamos infectados, a espera dentro do �nibus... Somente quando entramos na fila do embarque � que tivemos a certeza de que ir�amos voar".

No voo, eles anda viveram momentos de tens�o por causa da fome, segundo ela. “Tomamos caf� da manh�, sa�mos do hotel, fizemos apenas um lanche, em que nos deram um sanduichinho e uma fruta. No aeroporto da Cidade do Cabo, n�o comemos nada. Estava tudo fechado. Depois de levantar voo, anunciaram um lanche. Ter�amos que optar, carne de boi ou frango ou um prato vegetariano. Essas eram as op��es”.
 
Israel Gatezani, de 29 anos, teve problemas com o seguro de saúde durante férias na África do SUl(foto: Arquivo pessoal)
Israel Gatezani, de 29 anos, teve problemas com o seguro de sa�de durante f�rias na �frica do SUl (foto: Arquivo pessoal)

A necessidade de reposi��o de energia, segundo Marina, era grande. “Estava varada de fome. Quando foram nos servir, disseram que n�o tinham mais carne de boi e nem de frango. S� o vegetariano. O Israel comeu, mas eu n�o. Aquilo n�o iria me sustentar. Precisava de prote�na”.

Marina esperou que as luzes se apagassem. Decidiu arriscar. Levantou-se e foi at� uma aeromo�a, contando que n�o comia desde cedo. “Acho que ela ficou com d� de mim e n�o � que me deu um prato com frango. Nossa, que al�vio!”.

Na chegada a S�o Paulo, no come�o da madrugada, foram direto para o guich� da Latam para providenciar o voo para Belo Horizonte. Seus pais haviam comprado duas passagens. O voo sairia �s 7h. 
 
“Pensamos em ir para um hotel, mas o que olhamos custaria R$ 160 e com banheiro no corredor. A�, resolvemos ficar no aeroporto mesmo. Havia muitas pessoas que regressaram da �frica do Sul no mesmo voo que a gente. Eram passageiros para BH e Porto Alegre. Ficamos ali conversando at� chegar a hora do embarque. Com o check-in marcado para as 5h, tamb�m n�o daria para arriscar ir para um hotel”, diz.

E, �s 7h, o avi�o levantou voo. Chegaram a BH antes das 9h, tomaram um t�xi e foram para um apartamento, emprestado por um tio dela, no Bairro Bandeirantes, Regi�o da Pampulha. V�o fazer quarentena.
 
Israel disse estar aliviado. “Eu tomo rem�dio controlado e s� daria at� a pr�xima sexta-feira. Fiquei muito preocupado. Mas agora estou em casa e j� falei com o m�dico. Tudo resolvido”.

E Marina j� voltou � sua rotina, ainda que virtualmente. “Cheguei e avisei meu chefe. Ele j� me passou dois processos que precisavam ser analisados ainda hoje. Olha, cheguei cansada, mas n�o tem import�ncia, pois sei que estou empregada. Numa �poca como essa, � muito importante ter essa situa��o”, conta ela, depois de ter dormido a manh� toda e parte da tarde.

LEMBRAN�AS

Mas Marina conta que acordou pensando na �frica do Sul. “Acho que nunca mais vou esquecer. Quando fomos pra l�, a inten��o, al�m de estudar ingl�s, era passear, conhecer lugares, parques, praias. Mas nada disso aconteceu. Nem mesmo o curso foi at� o final”, lamenta.

E vieram os momentos de tens�o. “Ao inv�s de aproveitarmos, vivemos d�vidas, incerteza, medo. Primeiro, n�o sab�amos como sair de l�. Depois, ficamos desamparados e tivemos que bancar as despesas de hospedagem e alimenta��o, o que n�o estava previsto na sa�da do Brasil. E ainda teve o problema do seguro de sa�de, que tivemos de renovar de l�. N�o t�nhamos a certeza se conseguir�amos. Pessoas que estavam com a gente diziam que n�o conseguiam fazer a renova��o. Mas no �ltimo dia, conseguimos. Foi o primeiro grande al�vio. J� pensou ficar doente l� e sem um seguro? Esse o medo maior”, descreve Marina.

“Mas o bom foi ter voltado para casa. A vontade de voltar era poder ter a fam�lia perto, o conforto de casa, os amigos. Mesmo que a gente n�o v� se encontrar, mas a gente se fala e sabe que est�o pr�ximos. Isso � o que vale”, diz Marina, aliviada.


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