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Estado de Minas CORONAV�RUS EM BH

''O risco de acontecer em BH o que aconteceu com Mil�o � muito grande'', diz infectologista

BH tem 80% dos leitos de CTI ocupados devido ao novo coronav�rus. Integrante do comit� da PBH de combate � pandemia defende medidas de isolamento


postado em 09/04/2020 16:47 / atualizado em 10/04/2020 22:11

O infectologista Carlos Starling defendeu as medidas restritivas para evitar mortes na capital(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
O infectologista Carlos Starling defendeu as medidas restritivas para evitar mortes na capital (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

Em meio � pandemia do novo coronav�rus, Belo Horizonte tem 80% dos leitos de centro de terapia intensiva (CTI) ocupados. Al�m disso, a capital mineira tem 21 pessoas internadas com COVID-19 e outras 126 aguardando interna��o em enfermaria. Os dados foram repassados pelo secret�rio municipal de Sa�de, Jackson Machado Pinto, na tarde desta quinta-feira (9/4). BH tem 570 leitos de CTI do Sistema �nico de Sa�de (SUS) e pretende expandir para mais 136. A capital ainda tem 10,1 mil leitos hospitalares, sendo que cerca de 6 mil s�o do SUS. 

Geralmente, conforme informado pela Secretaria de Sa�de, a taxa de ocupa��o dos leitos nos hospitais de BH � de 86%. No entanto, a pasta ressalta que as cirurgias eletivas est�o suspensas atualmente e, portanto, grande parte leitos ocupados hoje s�o de casos urgentes, inclusive relacionados � Covid-19.

“Se vier um pico grande e a gente resolver junto acabar com o isolamento social agora, vamos ocupar todos os leitos de CTI e vamos precisar de mais 2 mil. A� vai morrer muita gente”, afirmou o secret�rio ao defender as medidas de restri��o na capital.

O infectologista e integrante do Comit� de Combate � Pandemia de Coronav�rus da Prefeitura de Belo Horizonte, Carlos Starling, refor�ou a necessidade de a popula��o se reter dentro de casa nos pr�ximos dias. “Estamos com a epidemia em andamento em Belo Horizonte. N�o podemos, em hip�tese nenhuma, acabar com o isolamento”, ressaltou.

Para n�o virar outra Mil�o

O m�dico ainda frisou que, caso haja uma quebra da determina��o de isolamento, a capital mineira corre o risco de sofrer que nem Mil�o, cidade italiana que ignorou o isolamento no in�cio da pandemia e hoje � uma das mais afetadas pelo v�rus. “O risco de acontecer o que aconteceu com Mil�o aqui � muito grande, n�s n�o queremos que isso aconte�a aqui com a gente”.

O infectologista garantiu que, se n�o fosse o isolamento em pr�tica na capital, BH j� teria registrado mais 2 mil interna��es e mais 60 mortes.



“As pessoas relaxaram um pouquinho. N�s n�o podemos voltar para a vida normal, porque o v�rus est� circulando ainda e isso pode implicar um aumento abrupto de casos. N�s estamos lidando com um problema de crescimento exponencial ent�o se hoje est� muito bem, daqui 72 horas pode n�o estar”, frisou.

Starling ainda destacou a import�ncia de evitar sair nas ruas, mesmo se para correr, pedalar e fazer outros exerc�cios f�sicos.

“N�s estamos vendo uma press�o das pessoas querendo usar as pra�as, para correr etc. Tem trabalhos cient�ficos sobre isso, que mostram que pessoas correndo em um determinado espa�o, em uma pra�a por exemplo, se elas ficam em um distanciamento social de dois metros, que n�s usamos no nosso conv�vio,  n�o � suficiente pra quem est� correndo. Tosse, espirra, elimina suor, respira de forma ofegante, voc� elimina  muito mais perdigoto (got�culas contaminadas) para quem est� atr�s de voc� ou do seu lado”, explicou.

De acordo com ele, para conseguir correr e pedalar sem contaminar ningu�m, as pessoas deveriam ficar entre 10 e 20 metros de dist�ncia das outras, o que seria invi�vel. “Se as pessoas todas quiserem ir para l� praticar esporte ao mesmo tempo, n�o vai dar certo, vai ter transmiss�o ali naquele espa�o. Por mais bem preparadas e condicionadas fisicamente que as pessoas estejam , elas podem sim transmitir (o v�rus)”, ponderou.

A equipe da administra��o municipal evitou cravar quando haveria uma explos�o de casos de Covid-19 em BH, mas ressaltou que o fen�meno, provavelmente, ocorrer� entre os dias 5 e 21 de maio. 

“A nossa sugest�o foi de que n�o houvesse uma data espec�fica porque isso gera uma expectativa da popula��o, que eventualmente pode n�o se cumprir. Temos que nos basear em dados epidemiol�gicos e n�s temos que acompanhar esses dados. As interven��es est�o sendo feitas em fun��o da informa��o epidemiol�gica, n�o podemos estabelecer dia X ou Y para relaxar”,  finaizou infectologista.

Atualizamos: inicialmente, foi informado que 80% dos leitos hospitalares estavam ocupados. No entanto, ap�s uma nova interpreta��o da fala do secret�rio Jackson Machado, confirmou-se que a taxa de ocupa��o � referente aos leitos de CTI. 

*estagi�rio sob supervis�o do subeditor Rafael Alves


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