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Estado de Minas COVID-19

Mineiro se diz abandonado na Venezuela e teme perder o emprego por n�o conseguir retornar ao Brasil

Tawler Andrade dos Santos estava de f�rias e tem at� segunda-feira para retornar a Ponte Nova, mas denuncia abandono por parte do Governo brasileiro


postado em 10/04/2020 18:58 / atualizado em 10/04/2020 21:54

Retido na Venezuela, Tawler tem até segunda-feira para retornar ao Brasil e assumir posto em empresa(foto: Arquivo Pessoal)
Retido na Venezuela, Tawler tem at� segunda-feira para retornar ao Brasil e assumir posto em empresa (foto: Arquivo Pessoal)
Cerca de 46 brasileiros est�o retidos em Caracas, na Venezuela, sem saber como voltar ao Brasil. Um deles � o mineiro Tawler Andrade dos Santos, de 31 anos, analista de sistemas, que vive em Ponte Nova, na Zona da Mata mineira, que denuncia descaso por parte da embaixada brasileira, que est� fechada desde 27 de mar�o. Tawler estava de f�rias e foi ao pa�s vizinho rever amigos, mas agora teme perder o emprego.

“Est�vamos indo � embaixada, mas ela fechou. Passaram-nos um contato, da embaixada. A gente liga e s� mandam a gente esperar. N�o falam mais nada. Mas estamos sabendo que vir�, do Brasil, um avi�o para buscar os funcion�rios da embaixada. E n�s? Como vamos fazer? V�o nos abandonar aqui?”, indagou.

“A quarentena aqui, acabou. Pensamos, ent�o, em ir de carro at� a fronteira de Roraima e atravessar. Mas o problema � que aqui n�o tem gasolina, em nenhum deles. N�o tem jeito. Temos de fazer tudo a p�.”

Tawler conta ainda que tentaram, junto ao governo venezuelano, um salvo conduto, para fazer a viagem de carro, mas que isso foi tamb�m negado. “A gente nem sabe como est� a situa��o em Roraima. N�o sabemos, por exemplo, como est� a situa��o l�”, disse.

Sua maior preocupa��o � que suas f�rias j� terminaram. “Foi no �ltimo dia 5. Liguei e pedi para usarem o banco de horas. Fizeram isso, mas me avisaram que tenho de estar de volta no dia 13. Isso � na segunda-feira. Estou desesperado. N�o sei o que fazer, pois n�o existem voos. Seria preciso que o governo brasileiro nos resgatasse, at� domingo. Mas n�o falam nada. Parece que nos abandonaram.”

Em d�lar

A vida em Caracas � muito cara, segundo ele conta. Para se ter uma ideia, um d�lar vale 50.906 bolivares soberanos. O d�lar � a moeda corrente no pa�s.

“Tenho de fazer compra de comida, em supermercado. O problema � o troco. Voc� paga em d�lar e o troco vem aquele monte de dinheiro. N�o d�. N�o cabe no bolso. Precisaria de uma mala ou um carinho para transportas o dinheiro. Por isso, sou obrigado a comprar de 20 em 20 d�lares”, conta Tawler.

O fato de ser Semana Santa deixa Tawler desanimado. Segundo conta, todo o contato com a embaixada brasileira � feito atrav�s de contato por WhatsApp e e-mail.

“Voc� faz um contato, por WhatsApp, e eles mandam um formul�rio para preencher. Toda vez � isso. Respondo preenchido. Mas se mandamos mensagem por e-mail, nem resposta vem. Estou com medo de ser abandonado aqui e de perder meu emprego.”

Contatado pela reportagem, o Itamaraty n�o responde at� o fechamento desta mat�ria.


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